Madara Uchiha

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Meus pés estão inquietos, essa reunião já se prolongou demais. Todos os líderes, conselheiros, Tobirama, Hashirama e eu estamos em reunião. Decidindo os próximos passos da vila, dos ninjas e afins.

Odeio essas reuniões. Um bando de puxa sacos dos Senju. Onde será que Akemi está? O que está fazendo? Certamente está com Haruki.

Aos poucos, Haruki vem se tornando alguém próximo a mim, cada vez mais. Vejo nele o irmão que perdi. Aliás, Izuna tinha uma personalidade parecida com a dele. Às vezes, gostaria de voltar no tempo, nas horas em que eu brincava com meus irmãos, sem me preocupar com as guerras ou os treinamentos.

Era tudo tão bom... Sinto falta da minha família.

Hashirama: E quanto aos membros do seu clã? Há quantos para adentrar na elite ninja? - Ouvi ele me perguntar.

Madara: 30 ninjas. - Voltei meus olhos para as pessoas a minha frente.

Hashirama: Isso é bom. E quanto a Haruki? Ele pretende fazer parte da nossa elite?

Madara: Sim. Porém só quando estiver forte o suficiente.

Hashirama assentiu e mais nada foi dito por mim. A reunião encerrou e todos saíram enquanto eu e Hashirama nos mantivemos sentados um ao lado do outro, na cabeceira da mesa.

Hashirama: Você está bem?

Madara: Uhum. - Me sinto estranho hoje.

Hashirama: Você tem se afastado.

Madara: E como queria que eu me mantivesse próximo depois de tudo? - As coisas estão mudando, ele sente, ele vê.

Hashirama: Eu já pedi desculpa.

Madara: E eu desculpei. Mas não esqueci. - Hashirama suspirou.

Hashirama: No próximo sábado haverá uma comemoração, vamos homenagear mais um ano da junção do clã.

Madara: Estarei lá. - Me levantei e sem olha-lo me retirei. Me sinto agoniado, vazio, sinto que tudo isso não faz diferença.

O céu está nublado, as nuvens carregadas anunciam a chuva intensa que cairá. Há uma brisa fria na rua. Sinto uma presença próxima a mim, sei quem é. Ou melhor, o que é. Aquela coisa preta, Zetsu. Ele me observa e faz questão de mostrar que está por perto, me observando.

Finjo que não o vejo e continuo minha caminhada pela rua deserta. Pretendia ir pra casa de Akemi, mas não quero levar para ela a minha energia baixa. Ela tem estado feliz, e eu me vejo bobo com essa felicidade dela.

Se Akemi está feliz, obviamente eu também estou. Essa ameba preta que veio até mim sugeriu uma forma de mudar a realidade em que vivemos, mas que sentido há nisso? Por que eu mudaria minha realidade, se nesse momento, ela está ótima? Apesar de toda a situação com os Senju, eu tenho Akemi, e ela está feliz, isso já basta pra mim.

Chego em casa e vou para o banho. Assim que saio vejo um pássaro enorme próximo a minha janela. É uma águia preta, Kuts. A invocação de Akemi. Fui até lá e abri a janela. Céus, como é gigante esse bicho.

Kuts: Madara-sama, Akemi me mandou dar um recado a você.

Madara: Qual recado?

Kuts: Ela quer vê-lo. Procurou por você, mas disseram que o senhor estava em reunião.

Madara: Aconteceu algo? - Alarmado.

Kuts: Não. Nada de ruim.

Madara: Eu vou até ela então.

Tsukuyomi InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora