10 | me conte a verdade

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Bárbara Backer — ponto de vistaCave Creek — AZ

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Bárbara Backerponto de vista
Cave CreekAZ

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O único barulho que se podia ouvir era dos meus saltos contra o piso, o relógio atrás de mim marcava pouco mais das quatro da manhã. A sala de espera estava praticamente vazia a não ser por um senhor no canto e a recepcionista. Meu cabelo já havia desmanchado ficando com os fios soltos, a maquiagem já havia saído por completo, meu estado era tão caótico possível.

Me sentei por uns minutos encarando a porta vendo a última pessoa que eu esperava ali.

– Creio que esteja aqui por causa do Victor? – Delegado Robert falou.

– E o que o senhor faz aqui?

– O hospital me chamou. – Disse sem prolongar o assunto. – Seus pais sabem que você está aqui Bárbara?

– Não senhor. – Disse baixo na esperança que ele não tivesse ouvido.

– Eu sinto muito Bárbara, mas tenho que leva-la para casa.

– Você não pode fazer isso! – Me levantei ficando cara a cara com ele.

– Você é menor de idade, são quatro e meia da manhã e tenho certeza que seus pais não fazem ideia de onde você está agora.

– Eu não posso ir! – Eu quase gritava com ele que se mantinha sério a todo momento.

– Bárbara qual é a sua relação com esse garoto? – Delegado Robert perguntou cruzando os braços na altura do peito com a intenção de me intimidar.

– Te garanto que qualquer que seja não é da sua conta. – Dei as costas a ele me afastando mais.

Ele iria falar algo quando foi interrompido pelo Doutor.

– Acompanhante do senhor Conti?

Aproximei-me rapidamente. Sentia o olhar do delegado acompanhar cada ação minha.

– Como ele está?

– Ele ficará bem, por sorte não fraturou nada, mas irá sentir algumas dores pela pancada. Vou recomendar alguns analgésicos enquanto ele fica mais um dia aqui em observação. – Ele disse calmo.

– Posso vê-lo?

– Ele acabou de ser medicado você tem alguns minutos apenas. – Antes que ele terminasse passei pelas portas que davam aos quartos rapidamente.– Quarto 302. – O doutor gritou enquanto eu corria escadas acima até o segundo piso. Minhas mãos tremiam e meu coração batia rápido.

Parei em frente à porta do seu quarto abrindo lentamente. Assim que me viu abriu um sorriso de lado acompanhando cada movimento meu, parei em frente a sua cama observando as marcas no seu rosto, havia um corte nos seus lábios e outro acima da sua sobrancelha, seu olho direito estava roxo fazendo com que eu sentisse dor apenas de olhar.

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