Depois de anos abandonado, o Motel Conti volta a funcionar atraindo a atenção de todos na pequena cidade do Arizona.
Victor Conti decidi retomar os negócios dos seus pais trazendo consigo segredos que essa cidade insiste tanto em esconder.
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Victor Conti — ponto de vista Cave Creek — AZ
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Observei o carro da Bárbara se afastar aos pouco até perder de vista, voltei para o meu carro seguindo para o motel. Meu sorriso não poderia ser maior a minha primeira hospede era nada mais e nada menos que a queridinha da cidade, minha mãe estaria orgulhosa de mim agora.
A primeira moradora dessa estúpida cidade a vir ao meu motel. Isso soava até como uma piada comparada ao quanto eles tinha medo de mim e desse lugar.
Não é para menos, a lenda fazia jus e isso é o que mais nos deixávamos orgulhosos.
A lenda do Motel Conti.
A lenda da família Conti.
A lenda que nós éramos e sempre seriamos.
Mas ela não pareceu se importar com nada disso, com a reputação desse lugar e o que aconteceu ali. Ela não se importava com nada e não posso deixar de comentar que isso me deixou impressionado.
Bárbara Backer a namoradinha de infância de Mason Scott o sobrinho do delegado e o filhinho de papai mais insuportável que poderia existir.
Confesso que estava curioso em saber se eles ainda tinham alguma coisa e se tivessem não seria nada mal ver o que aquele babaca ia achar de ver a "sua" garota com as minhas roupas e dormindo no meu motel.
Isso só fazia com que a minha vontade de mostrar a todos daquela cidade que eu estava de volta, mas eu não poderia botar tudo a perder agora, eu tinha que agir com cautela como se não quisesse nada.
Como se não quisesse ela.
Eu não conseguia parar de pensar em como foi fácil, eu não precisei procurar, não precisei esperar sabe-se lá quanto tempo até que qualquer carro passasse por aqui já que isso não acontecia muito graças ao maldito desvio que construíram a uns dois anos, tirando todo o tráfego que passava por aqui e dando em uma estrada que levava direto ao centro acabando com todos os hospedes do motel.
Mas eu não precisei fazer nada, ela simplesmente bateu na minha porta.
Quando me dei conta já havia chego, estacionei meu carro em frente à escadaria que levava até a minha casa. Subia calmamente aproveitando os poucos raios de sol que batia em minha pele.
Minha cabeça martelava as mil possibilidades que eu tinha para fazer Bárbara confiar em mim, o principal eu já tinha conseguido que era impressiona-la, agora eu precisava atraí-la para cá novamente até chegar o ponto dela não querer mais ir embora e ela mesma fará o resto.
