Depois de anos abandonado, o Motel Conti volta a funcionar atraindo a atenção de todos na pequena cidade do Arizona.
Victor Conti decidi retomar os negócios dos seus pais trazendo consigo segredos que essa cidade insiste tanto em esconder.
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Bárbara Backer — ponto de vista Cave Creek — AZ
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maratona 2/10
Cinquenta minutos havia se passado e a cada segundo continuar ali era quase como uma tortura, lenta e dolorosa sem que eu ao menos tivesse uma chance de gritar.
Todos ao meu redor me olhavam curiosos e até mesmo surpresos de eu estar ali. Boatos sobre mim rolavam de boca em boca enquanto comentários ridículos eram criados. E como se não bastasse, o motel do meu namorado era alvo constante de seus insultos.
Até parece que a falta de movimentação foi algo realmente preocupante para ele.
Atravessei o corredor seguindo para meu armário, assim que me aproximei reparei nas letras, em uma caligrafia vergonhosa para qualquer aluno do último ano, pichadas na porta.
"Vadia do Conti"
Todos à minha volta me olhavam com atenção enquanto eu tentava a todo custo segurar o choro que lutava para sair.
– Nossa! Isso foi realmente hilário. – Bati palmas enquanto me virava, minha voz pingava ironia enquanto as pessoas se amontoavam para me ver. – Realmente vocês se superaram na infantilidade.
A maioria continuava com aquele sorrisinho debochado enquanto outros cochichavam entre si. Sai em passos largos sem me importar em esbarrar em qualquer pessoa que estava no caminho.
– Para que toda essa pressa Babizinha? – Mason parou na minha frente com um sorriso debochado que só aumentou ainda mais minha raiva.
– Sai da minha frente!
– Você precisa levar as coisas mais na brincadeira. – Ele deu um passo para que eu passasse. Podendo ver Nina e os seus outros cachorrinhos logo atrás.
Antes que eu pudesse de fato sair ele me chamou novamente.
– Mande um oi para o Conti. – Ele falou colocando a mão na boca em seguida. – Claro isso se ele ainda estiver com você.
– Idiota.
Voltei a andar ignorando tudo à minha volta, eu sentia vontade de esfregar a cara do Mason naquele armário até que toda a porcaria daquela tinta saísse.
Quando finalmente estava perto da entrada a voz do diretor fez com que eu parasse.
– Senhorita Backer, onde pensa que vai?
– Eu vou embora depois da palhaçada que fizeram no meu armário. – Tentei ao máximo controlar a minha voz, tudo que eu precisava era dele falando no meu ouvido.
