Depois de anos abandonado, o Motel Conti volta a funcionar atraindo a atenção de todos na pequena cidade do Arizona.
Victor Conti decidi retomar os negócios dos seus pais trazendo consigo segredos que essa cidade insiste tanto em esconder.
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Bárbara Backer — ponto de vista Cave Creek — AZ
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maratona 6/10
Falei sem pensar e acabei me arrependendo no minuto seguinte. Não era para ter sido assim. Não era para ele saber agora. Fechei os olhos com medo de ver a sua reação enquanto o silêncio tomava conta do ambiente.
– Você não está brincando? – Victor falou atraindo a minha atenção.
– E por que eu brincaria com uma coisa dessa? – Falei alto vendo um sorriso brotar em seus lábios.
– Bárbara isso é maravilhoso. – Disse dando um passo em minha direção.
– Para! – Victor me olhou sem intender.
Eu só queria que ele parasse de falar. Como se aquela situação não fosse ruim o bastante ele ainda tem que fingir esse entusiasmo. Minha cabeça doía e eu já começava a ficar cansada de toda aquela situação. As lágrimas caiam de forma involuntária me deixando ainda pior.
– Bárbara eu não estou entendendo. – Sua voz saiu baixa quase como um sussurro.
– Pelo amor de Deus Victor o que você não é capaz de entender? – Acabei gritando som paciência alguma. – Eu estou grávida com dezoito anos, não tenho trabalho nem casa e meu pais te odeiam a ponto de pagar para você sumir. Aonde isso é maravilhoso? E não podemos esquecer da lenda maluca da sua família que me obriga a estar carregando um menino. – Via seu sorriso sumir a cada palavra dita.
Estava cansada de mentiras e dessa maldita lenda. Estava cansada dele agir como se isso fosse realmente bom e fingir que se importava.
– Não faça isso... Não se afasta de mim...
– Victor só para por favor.
Sequei as lágrimas que ainda insistiam em cair. Peguei meu celular escrevendo uma mensagem para a única pessoa que poderia me ajudar agora. Victor me olhava do lugar onde estava sem dizer nada. Seu olhar demonstrava o quanto ele estava decepcionado.
– O que você está fazendo? – Falou baixo fazendo com que eu o olhasse por breves segundos.
– Eu preciso sair daqui. – Disse assim que enviei a mensagem guardando o meu celular e seguindo em direção a porta de entrada.
– Bárbara eu prometo que nada vai acontecer a vocês.
– Esse é o mesmo discurso que você faz para todas. – Falei de costas para ele sem ser capaz de olhá-lo.
– Não! – Victor falou confuso. – Para de agir como se eu fosse o vilão isso tudo não é culpa minha.
