15 | último dia

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Victor Conti — ponto de vistaCave Creek — AZ

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Victor Contiponto de vista
Cave CreekAZ

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– O que você faz aqui?

– Eu que te pergunto o que você faz aqui? – Encarava Bruce tentando controlar ao máximo a minha raiva ao vê-lo ali.

– Todos sabem que ela está com você. – Sua voz deixava transparecer o quanto ele estava preocupado. – Vocês precisam voltar.

– Não acredito que dirigiu até aqui para me fazer voltar. – Soltei um riso debochado. – Desista Bruce eu não irei fazer isso.

– Victor você precisa voltar, onde já se viu sequestrar uma garota.

– Eu não a sequestrei! – O cortei antes mesmo de ele continuar a frase. – Ela veio até mim, me pedindo para que a tirasse de lá e foi isso que eu fiz.

– Você não podia ter feito isso, entenda que essa sua atitude infantil irá lhe trazer muito mais problemas. – Bruce mantinha o tom baixo enquanto eu sentia que a qualquer momento explodiria.

– Ela é minha e eu posso fazer o que eu quiser.

– Não diga isso. – Falou negando. – Não comece com isso novamente... Não com ela.

– E por que não com ela? Porque foi exatamente assim que aconteceu com a minha mãe.

– Eu queria que alguém tivesse alertado Angélica antes.

– Se fizessem isso eu não estaria aqui, mas você nunca se importou não é mesmo vovô.

– Não fale isso! – Sua voz saiu alta fazendo com que me calasse na hora. – Eu me importo com você, mas se ela não tivesse feito aquela escolha agora estaria aqui conosco, com você. Não faça isso com essa menina.

– Eu gosto dela. – O vi balançar a cabeça. Bruce sabia que eu não iria mudar de ideia.

– Pelo menos volte, a mãe dela colocou até a polícia no meio e tudo indica que nada terminará bem.

Ele se virou entrando no carro, ligou o motor e abaixou o vidro olhando para mim novamente.

– Quando voltar saiba que estaremos lá por você independente do que aconteça.

Fiquei ali parado até o carro sumir de vista. Meu corpo comeava a reagir à raiva que eu estava sentindo. A cada segundo eu lembrava o seu olhar de repulsa em cima de mim, a voz de indiferença como se tudo que eu fizesse fosse o pior. Eu odiava isso e odiava mais ainda a forma como ele me tratava como se eu tivesse culpa dela ter ido. Como o fato da minha mãe ter morrido foi por minha causa.

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