Depois de anos abandonado, o Motel Conti volta a funcionar atraindo a atenção de todos na pequena cidade do Arizona.
Victor Conti decidi retomar os negócios dos seus pais trazendo consigo segredos que essa cidade insiste tanto em esconder.
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Bárbara Backer — ponto de vista Cave Creek — AZ
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maratona 4/10
Estava jogada na sala assistindo qualquer coisa que se passava. Finalmente acabou: escola, ensino médio, provas. Tudo havia chego ao fim esta manhã e por mais que eu estivesse feliz com isso não me sentia dessa forma. Hoje eu fiz as mesmas coisas que faço há anos pela última vez. Última vez, era engraçado como essa palavra soava tão assustadora agora. Quando dei por mim, lágrimas escorriam pelo meu rosto e um choro desesperado saiu pela minha garganta. Esse era o momento que você era obrigado a crescer, novas responsabilidades surgiam, trabalho, faculdade e relacionamentos.
Aquilo que era importante, não seria mais por algum tempo até que se tornasse irrelevante. Tudo seria diferente e eu não estava preparada para mais essa mudança. Minha vida havia virado de cabeça para baixo nos últimos meses e por mais que eu quisesse levar tudo de cabeça erguida, não estava mais suportando o peso em meus ombros. Era demais para mim, tudo aquilo era.
Levantei secando as lágrimas e tentando disfarçar o melhor possível minha cara de choro. Desci as escadas seguindo até o motel. Entrei encontrando a recepção vazia, dei meia volta saindo dali e vendo Victor sair de um dos quartos. Assim que ele me viu sorriu vindo em minha direção.
– Aconteceu alguma coisa? – Sua expressão mudou rapidamente assim que ele se aproximou.
– Nada não, só estava pensando em algumas coisas.
– Que coisas são essas que fizeram você chorar? – Passou o dedo em meu rosto secando uma lágrima que estava ali.
– Fim da escola, faculdade eu não estou preparada. – Falei sentindo o nó se formar novamente em minha garganta. Victor passou os braços em minha volta fazendo com que eu encostasse minha cabeça em seu peito.
– Você sabe que não precisa se preocupar com isso agora, mas o que você quiser fazer eu estarei aqui para te apoiar.
Assenti afastando aqueles pensamentos, eu não queria falar sobre isso agora.
– Mas e você, o que estava fazendo? – Disse me referindo ao fato dele não estar na recepção como de costume.
– Estava trocando os lençóis dos quartos. Mesmo que não venha ninguém, evita com que fiquem cheirando a mofo.
– Bem que nós podíamos testar alguns desses quartos, agora. – Falei baixo colando meu corpo no seu.
– Proposta irresistível, mas agora eu realmente não posso. – Ele falou segurando meus pulsos e me afastando delicadamente. – Volte daqui uma hora senhorita e eu vejo o que posso fazer por você.
