T4 C11: Medo.

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04:56 PM.

Na 3ª marcha, a velocidade do cobalt permanece a 90km/h. João segue concentrado à estrada. À direita do motorista, Madison observa o cenário exterior ao carro. A rodovia completamente vazia - com exceção de alguns carros pelo caminho - permite que a viagem flua com tranquilidade. Passam pela placa indicando Galesburg e Bruna desvia o olhar para Samuel dormindo com a cabeça em seu colo. Ao lado, o pequeno Gustavo dorme no ombro da mãe. Molly fita o céu cinzento que denuncia o mau tempo.

— Estamos indo bem. - Madison fala.

— Sim. - João diz sem desviar os olhos da estrada. — Como vocês estão?

— Eu tô ok. - Bruna diz.

— Eu também. - Molly vai na mesma linha.

— E você? - Madison encara o motorista.

— Com as costas um pouco doloridas, mas ok também. - João responde com uma expressão de dor.

— Se quiser descansar posso assumir a direção. - ela se oferece.

— Estou bem por hora. Obrigado.

João avista a figura de um homem na pista com alguns metros de antecedência e conforme vai chegando mais perto identifica ser um zumbi pelo caminhar embriagado do morto-vivo. O policial no volante reduz a velocidade e joga o volante para a direita e o traz de volta indo para a faixa ao lado, desviando do zumbi e voltando para a que estava anteriormente. O movimento do carro sacoleja os passageiros e Samuel desperta, assustado.

— Está tudo bem. - Bruna esfrega as costas do menino.

— O que foi isso? - ele pergunta, ainda em estado de alerta.

— Nada de mais. - Bruna fala, mas os próximos obstáculos à frente a contrariam.

A ambulância tombada na pista atrai os olhares de todos no interior do veículo. Alguns metros à frente, é a vez do caminhão tanque, ou o que sobrou dele, já que a carcaça se encontra carbonizada, assim como alguns corpos em volta dele. Samuel estica o pescoço para olhar e Bruna põe a mão direita na frente.

— Não deveria olhar para isso ou terá mais pesadelos a noite. - o adverte.

— Eu quero ver. - o menino abaixa a mão da jovem e vira o pescoço para ver melhor quando passam.

— Bruna está certa, Samuel. - Molly fala.

— Não podem me esconder disso. Não aqui. Aqui não é como na escola. - Samuel resmunga e surpreende os mais velhos.

— Está certo. - João fala e fita o garoto pelo espelho. — Não pode viver com medo.

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Doger chega ao bairro onde Liptol está localizado. Estaciona o hummer entre duas casas deixando-o "escondido" aos olhos de quem visualizar a extensão da rua. A três quarteirões do condomínio, começa a pensar em como entrará. Estava disposto a realizar a missão e matar Frankie, mas diante da recusa de Lance deixou a ideia de lado para seguir o plano definido em conjunto. A proposta de Bruce foi o que mudou o cenário, pois tendo mais alguém adepto a ideia, não estaria agindo sozinho.

Dentro do condomínio, Karen e os amigos permanecem na sala após Dr. Evil ir embora. Beatrice e Billy continuam pasmos com as revelações feitas pelo médico. Karen e Mooris, que tinham suas desconfianças, também estão surpresos, porém menos.

— Eu não imaginava que ele seria capaz disso tudo. - Beatrice fala, perplexa.

— Que lugar que a gente foi se meter, hein? - Billy ri de nervoso. — Por isso ninguém pode sair.

Zumbis: O Começo do Fim (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora