T3 C9: Regras do Jogo.

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04:14 AM.

O clima no interior do depósito permanece agitado com todos ainda surpresos pela descoberta de que estão com o filho de Frankie nas mãos. Fator que certamente facilitará a cooperação do líder de Liptol, é o que todos pensam. Enquanto Lance dialoga com o grupo, João está nos fundos terminando o torniquete na perna de Mevin, que não para de ameaçá-lo. Sentado ao lado do paramilitar, Liam está calado. Observa seu sogro a distância.

— Mexeram com as pessoas erradas. Vão se arrepender. - Mevin segue com a tentativa de intimidação.

— É mesmo? - João para o que está fazendo para encará-lo e aperta o nó feito com o pano no local do tiro. Mevin cerra os dentes, mas mesmo assim o gemido escapa. — Pelo que parece a bala só pegou a musculatura e bem superficialmente. Você vai ficar bem, embora não consiga correr por um bom tempo.

— Canalha. - Mevin vocifera.

— Ainda estamos sendo bem razoáveis. - João diz, sério.

— Chama aquele ataque covarde de razoável? - Liam rompe o silêncio e fuzila João com os olhos.

— De covardia vocês entendem bem, né? - João questiona com um sorriso debochado e transita o olhar entre os dois. Fica de pé e limpa as mãos numa toalha velha.  — Sem qualquer tipo de gracinha.

Os dois sentados no chão nada falam e João marcha em direção ao centro do depósito onde os demais estão. Para ao lado de Lance e o policial mais experiente pigarreia atraindo a atenção de todos e provocando silêncio.

— Como conseguiram isso? - Lance questiona olhando dos dois prisioneiros nos fundos para o grupo que saiu (mais especificamente João, Cesar, Isaac e Ketlen).

— Estávamos a caminho do campo de trabalho e cruzamos com uma picape estacionada. - João começa a explicação sob os olhares concentrados de todo o grupo. — Ketlen reconheceu como sendo um dos veículos deles e sugeriu que tentássemos capturar algum deles.

— E deu certo. - ela diz.

— Mas a que custo? - Lance faz a retórica. — Estávamos tentando não arrumar problemas e agora praticamente sequestramos dois deles, inclusive um foi baleado.

— Com tudo que Gustavo nos contou, mais o que Ketlen havia dito antes, já sabíamos que tentar um contato seria inútil, por isso decidimos invadir. Não vejo muita diferença entre o que estava posto antes e agora. - Isaac opina.

— E como abordaram eles? Não foi com flores e caixas de bombom, não é? - Lance franze a testa ao questionar e mantém o olhar fixo sobre os responsáveis pelo feito. — Temos dois deles agora, ok, mas acham que Frankie vai aceitar tranquilamente o fato de terem atacado?

— Ele deu ordens para seus homens matarem Gustavo, interceptou Bruna e Fred na estrada e já sabemos que não é confiável. Concordamos em entrar em Liptol na surdina porque não havia outra alternativa, mas agora temos uma. Estamos com o filho dele, ele fará o que for preciso para tê-lo de volta em segurança e então teremos nosso pessoal de volta, além de negociar a saída da família do Gusatvo também. - João argumenta.

— João tem razão. Estaremos correndo menos perigo desse jeito do que se tivéssemos que entrar lá. - Cesar fala.

— Vamos bater na porta dele e simplesmente dizer: "oi, Frankie, estamos com seu filho e um de seus homens, então é melhor liberar meus amigos que estão aí e a família do homem que você tentou matar se não...". Se não o quê, pessoal? - Lance encara um a um e respira fundo. — Ou ele aceita esse acordo, ou estaremos em maus lençóis.

— Quantos paramilitares estavam lá? - Gustavo questiona.

— Três. Um era Logan, o outro esse que capturamos e o terceiro mais um comum. - Ketlen informa.

Zumbis: O Começo do Fim (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora