10:25 AM.
Praticamente todos estão no salão. A decisão de deixarem Hilleska já fora anunciada há alguns minutos e não houve qualquer sinal de discordância, embora todos lamentem o fato de perder um porto seguro como o colégio.
— Precisamos ir embora o mais rápido possível. A data limite é amanhã, quando termina o prazo dado por Frankie. Madison, Molly, o bebê, Bruna, Samuel e eu iremos na frente para mapear possíveis lugares. Levaremos o máximo de suprimentos que pudermos também. - João fala.
— Será fundamental encontrar logo algum lugar que possa nos abrigar pelo menos por uns dias enquanto procuramos por outro como esse. - Lance acrescenta.
— Como estão os veículos? Podemos rodar bem neles? - Cesar questiona.
— Os três carros pelo que parece estão ok. - Bruce informa e olha para Mike, que pôde confirmar devido as vistorias que fez nos motores. — Já o hummer pede um pouco de cautela.
— Dezoito pessoas em quatro carros será espremido. - Isaac diz.
— Por isso devemos priorizar apenas coisas essenciais. Comida, roupas, água. - João reforça.
— Quando pretendem partir? - Luciane pergunta.
— Antes do fim do dia. - João informa.
— Eu não quero ir embora! - Samuel se recusa com a voz embargada.
— Vai ficar tudo bem. - Bruna diz mantendo o menino abraçado a ela.
— Eu gosto daqui... - ele resmunga.
— Vamos encontrar outro lugar. - Bruna tenta argumentar, mas Samuel se desvencilha de seus braços e deixa o salão correndo e vai em direção a ala dos quartos. — Vou falar com ele. Com licença.
Bruna deixa o salão e segue os mesmos passos do menino. Ao chegar no corredor dos quartos vê a porta do seu aberto e ao entrar encontra Samuel deitado na cama, com a cabeça enterrada no travesseiro e chorando, como tem o costume de fazer quando algo o chateia.
Bruna entende o sentimento de Samuel. Afinal, é uma criança e nessa fase tudo é mais intenso, inclusive o medo. Todos ainda tentam processar a situação na qual estão, quem dirá uma criança de sete anos.
— Samuel, vamos continuar juntos. Não precisa ter medo. - Bruna se senta na cama e esfrega as costas dele. — Não podemos mais ficar aqui porque tem pessoas ruins atrás de nós. As mesmas as pessoas que queriam nos manter presas naquele condomínio.
— Por que não podem fazer as pazes? Ninguém precisa ficar de mal. Minha mãe dizia que isso não é bom. - o garoto questiona ao levantar, deixando Bruna sem reação. — Todos podemos ficar bem.
Bruna suspira. Admira a inocência da criança e queria que a vida fosse fácil como é aos seus olhos, mas a realidade se impõe.
— Olhe pra mim. - Bruna pede com o tom de voz acolhedor e seus olhos marejados se fixam aos dela. — Eu estava errada. Você pode ter medo, é normal. Eu estou com medo, João está e os outros também. Iremos continuar todos juntos independentemente de onde estivermos. Seja aqui ou em qualquer outro lugar, protegeremos uns aos outros. Eu nunca vou deixá-lo sozinho, Samuel.
Samuel absorve as palavras de Bruna com atenção e abaixa a guarda se permitindo ser abraçado por ela. Os olhos de Bruna também se enchem e ela o aperta com força.
LIPTOL
Logan e Max não tardam a chegar ao apartamento de Frankie e logo os três vão para o escritório onde acertarão o plano para encurralar o pessoal no colégio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Zumbis: O Começo do Fim (HIATUS)
TerrorA Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito bélico da história, responsável por promover uma avalanche de mortes e unir países com interesses até então distintos em prol de um objetivo comum: derrotar os regimes ditatoriais propagadores de ideolog...