T2 C8: Causa.

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07:08 AM.

No topo da pequena colina, João observa a rodovia com o binóculo. Os fracos raios solares de uma manhã de clima ameno  atrapalham sua visão, mas ele consegue concluir que não há nada lá embaixo.

– Limpo. - abaixa o binóculo e olha para Lance.

– Bom. Nenhum sinal dos cretinos. - Lance fala.

– É questão de tempo até eles nos encontrarem. O hotel não fica muito distante da rodovia.

– E nós não teremos como impedir o que eles quiserem fazer. - Lance comenta preocupado.

– Minha mãe sugeriu que fôssemos embora. - João comenta e recebe o olhar surpreso do parceiro. – Sei que isso é apenas por causa da saída do Yago, mas passei a noite pensando e talvez seja mesmo a melhor alternativa. Derek tem mais gente, mais armas.

– Irão nos massacrar se ficarmos. Ir embora é uma alternativa a se pensar.

João concorda e volta o foco para a rodovia, momento em que avista o veículo a quase dois quilômetros. Ergue o binóculo novamente já ampliando o zoom para visualizar o hummer do Exército. Mais três surgem atrás do primeiro, sendo seguidos por cinco carros comuns e dois ônibus. Fechando o comboio, mais dois hummers. João passa o binóculo para Lance.

– O que acha que é? - ele pergunta depois de olhar rapidamente.

– Parece uma comitiva. - João se abaixa e Lance faz o mesmo.

O comboio cruza a pista abaixo deles e Lance observa os passageiros. Nos hummers, são de fato militares, já nos demais automóveis e nos dois ônibus aparentemente são apenas civis.

– Estão vindo de Chicago. - João comenta.

– E seguindo em direção a Rockford. - Lance completa.

– Acha que tem alguma coisa lá? - João fita o parceiro.

– Pode ser que sim, mas um comboio como esse atrai atenção de qualquer um, inclusive dos infectados. Ou tem um local seguro lá, ou estarão apenas de passagem. - Lance fala.

– Essa porcaria está muito estranha. - João levanta quando o comboio termina de passar. – Os militares tentaram nos matar há poucos dias e agora estão escoltando civis?

– De fato é estranho. - Lance concorda.

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Sentados à mesa na sala de jantar, Nataly e Cesar discutem a permanência no hotel. O tema parece ter virado a bola da vez e com o casal não é diferente.

– Acredito sim que seja a hora de voltarmos para casa, amor. - Nataly fala decidida.

– Eu também quero muito voltar, mas não é simples. - Cesar diz com cautela.

– Eu sei. - Nataly concorda monstrando-se paciente. – Mas acho que já ficamos tempo de mais esperando por ajuda e nada aconteceu.

– Com certeza todos os voos foram cancelados e sequer temos um carro para pegar a estrada, sem contar com os perigos que podemos encontrar pelo caminho. - Cesar pondera sob o olhar ansioso da esposa.

– Só quero que esse inferno acabe logo para que possamos voltar para casa. Para nossa família. - Nataly diz e deixa a xícara com o café sobre a mesa.

Zumbis: O Começo do Fim (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora