T2 C2: O Que Teremos Que Fazer.

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01:02 AM.

– Ela já estava morta. - Yago repete para todos no saguão do hotel.

– Nós sabemos disso. O velho, não. - Claudio fala. – Se ele tivesse visto o que nós vimos não estaria dando esse chilique.

– Precisamos manter a calma ou pioraremos as coisas. - Lucio aconselha. – Para nós é fato que a esposa dele estava morta, mas ele não acredita nisso e não sabe o que essas coisas realmente podem fazer. Vamos esperar os ânimos se acalmarem e deixar João e Lance resolverem isso.

– Felipe pareceu bem decido. Ele nos quer fora. - Isaac lembra.

– Não podemos sair. Pelo menos não agora. Chicago foi bombardeada e não sabemos até que ponto a cidade foi destruída. - disse Bruna.

– Felipe demonstrou ser um homem instável quando pressionado. - Cesar comenta abraçado à Nataly. – Foi assim quando o filho saiu para buscar ajuda sem avisá-lo e com a situação da esposa também.

– Acredito que você não matou ela. - Nataly diz olhando na direção de Yago. – Afinal, por que faria isso?

– Todos os fatos são nulos agora. Felipe está ferido pela morte de sua esposa e assustado, assim como nós. Quando amanhecer saberemos o que acontecerá. - Luciane diz.

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Felipe permanece no chão do corredor ao lado do corpo de Sara. Eduardo continua junto ao pai, ambos devastados pela perda. De uma certa distância, Lance e João observam.

– Que situação. - Lance suspira.

– Não sei como vamos resolver essa. - João coça a nuca demonstrando preocupação.

– Tentamos avisar que isso poderia acontecer, mas ele não deu ouvidos. - Lance diz.

– E essas bombas? - João cruza os braços.

– Mais um motivo para nos preocuparmos. Chicago já era, pelo menos por enquanto. Se já estava um caos antes, agora com certeza está pior. - Lance fala. – Não dá para voltar para sua casa e o trajeto até Rockford ficou mais perigoso.

– Se ele realmente quiser que a gente vá embora, não temos outra alternativa. - João encara o amigo. – Vamos ter que pegar a estrada.

Interrompem a conversa quando notam Fred se aproximar com um lençol. O motorista passa pelos dois e vai até o patrão.

– Senhor Felipe, trouxe isso para...

– Não. Não quero que toquem nela. - Felipe diz fixo ao corpo.

– É para cobri-la. - Fred completa o que diria antes de ser interrompido.

– Pai, vamos tirar ela do chão. - Eduardo pede.

– Nos deixe aqui, por favor. - Felipe choraminga com a voz pesada por conta do choro preso na garganta. – Respeite nossa dor.

– Felipe. - João se aproxima acompanhado por Lance. – Precisamos conversar.

– Já mandei vocês irem embora! - brada em tom agressivo.

– Acredita que alguém assassinou sua esposa, certo? Nós estamos aqui como agentes da lei. - Lance diz.

– Um dos "agentes da lei" é irmão do assassino. - Felipe solta um sorriso sarcástico. – Onde está a impessoalidade?

– Eu sinto muitíssimo pela sua perda, mas precisa entender que meu irmão não matou sua esposa simplesmente porque deu na telha. Ela atacou, e ele se defendeu. Simples assim. - João argumenta tendo êxito em se manter calmo.

Zumbis: O Começo do Fim (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora