𝖠𝗆𝖺𝖽𝗈𝗋𝖾𝗌

| disaster

19 de dezembro, 2012:

Lucas: Eu te amo, Peyton. Olha, é... eu não sei se você percebeu, mas eu te amo e eu estou cansado de tentar esconder isso

Peyton: Luke, eu não...

Seus olhos não conseguiam focar nos meus, a todo momento olhando pra todos os lados menos pra mim.

Segurei nos ombros de Peyton a fazendo olhar para mim.

Lucas: Eu não sei o que você está fazendo, não sei o que está acontecendo mais eu estou aqui para te ouvir -suspirei.

Lágrimas rolaram por seu rosto, ela enterrou o rosto nas mãos, a puxei para um abraço, os soluços de Peyton soaram baixinho em meu ouvido.

Lucas: Está tudo bem -sussurrei.

Passei as mãos pelo cabelo de Peyton na tentativa de acalma-la.

Peyton: Eu te amo -sussurrou contra meu pescoço entre soluços.

Lucas: É, eu sei, eu também te amo e estou aqui -afirmei.

Peyton se sentou na cama e eu fui na cozinha, logo voltando com um copo de água com açúcar, dei a ela e ela bebeu alguns goles.

Lucas: Está mais calma?

Me sentei ao lado de Peyton e a puxei, ela deitou sua cabeça em meu ombro.

Destiny: Seja qual for a escolha que você fizer hoje vai afetar o resto da sua vida -apontei.- Eu juro por tudo Nathan se você me afastar mais uma vez, eu não vou ir atrás de você

Nathan: Liz -sussurrou meu nome.

Destiny: Não me chame assim. Talvez você seja um errante mesmo, ou talvez você só goste de errar comigo. Sabe uma vez seu pai me disse que você é igual a ele e nunca irá mudar, estou começando a achar que ele está certo -soltei.

Pus as mãos no cabelo, Nate deu um passo a frente e eu dei dois atrás.

Nathan: Bom, vejo que você realmente percebeu isso -rosnou.

Destiny: Por que? Só me diz por que você está fazendo isso? Por que está me afastando de novo depois de tudo, eu realmente achei que já tínhamos passado disso

Nathan: Isso nunca acabará, eu não irei mudar, permanecerei te machucando por que eu gosto de causar dor em você

As lágrimas rolavam pelo meu rosto, a raiva correndo por todo o meu corpo.

Eu preciso tanto sentir essa dor? Eu gosto tanto de sentir essa dor? Por que essa dor que ele me causa ainda sim é essa dor que me faz justificar o que eu realmente sou, o que eu realmente quero.

Balancei a cabeça em negativa excessivas vezes, deslizei minha mão de meu cabelo pro meu rosto.

Prendendo o fôlego quando ultrapassei por Nathan esbarrando forte em seu ombro, passei a mão no nariz e funguei.

Ouvi passos atrás de mim e comecei a correr em direção a rua, meus ouvidos chiaram com a buzina de um carro bem do meu lado.

A visão de Nathan acima de mim estava turva, mas ainda sim eu conseguia distingui, minha respiração entrecortada, a dificuldade de respirar se instalou por todo meu corpo.

Minha última visão foi de eu no colo de Nathan antes da escuridão me puxar pro completo nada.

Não podia deixar que ela me visse ali, não depois do que eu causei, o acidente foi minha culpa, se eu simplesmente fosse sincero e dissesse que eu a amo, mas não, eu tenho que magoa-la e manter ela longe de mim porque eu não a mereço.

No final de tudo ela está certa, eu sou como o meu pai, um merda como um Scott.

Passei minhas mãos pelo meu rosto, todos os sentimentos misturados dentro de mim fazendo meu estomago embrulhar.

Peguei meu celular no bolso e apertei pela decima vez a mensagem que ela me deixou na caixa postal.

Destiny: Não volte pra cá, Nathan. Seja lá aonde você estiver -ela fungou, pela sua voz e as pausas buscando por ar, eu presumo que ela esteja chorando.- PORQUE EU NÃO TE QUERO, NÃO QUERO TE VER NUNCA MAIS, NATHAN, OUVIU? NUNCA MAIS -gritou, a mensagem foi encerrada.

Senti meu corpo queimar, joguei com força para longe de mim, um barulho alto ecoou quando o aparelho acertou a parede e se espatifou caindo o chão.

Dan: Eu sempre disse que vocês não podem ficar juntos -disse calmo, meu corpo todo se esquentou pela raiva.- Sabe, vocês são como duas coisas ruins que no final não dará certo juntos mais são jovens demais e teimosos demais para perceber

Nathan: Quer saber uma coisa engraçada? -bufei uma risada.- Isso não está no seu controle e você fica puto, porque ainda sim no final disso tudo Liz ainda vai está na minha frente enquanto eu estiver pondo uma aliança na mão dela

Existe algo muito maior entre eu apenas a querer, ela é minha maior motivação pra mudança, pra eu continuar na carreira. Eu acho que pela primeira vez as respostas veio em minha mente, precisamos nos sentar e conversa, como adultos agora, não apenas como duas crianças que adoram machucar um ao outro por que se gostam.

É uma sensação estranha e inédita para mim querer ficar com alguém mas se impedido por mim mesmo e é isso que me frusta tanto, o fato das barreiras dentro de mim que me impende de ser feliz com a menina que eu mais amo na vida.

Dan: Você é como eu filho, essas mulheres não servem para nós, apenas para nossas brincadeiras -gargalhou.

Dei dois passos a frente e fechei as duas mãos em punho, minhas veias saltando pra fora, sentindo a ardência percorrer todo o meu corpo.

Nathan:  Eu até posso ser como você, mas Destiny não é como minha mãe, ela não é como uma menina para brincar -vociferei.- No final disso tudo eu vou me casar com ela, você querendo ou não

Ultrapassei meu pai e desci as escadas indo direto pra praia.