14 de dezembro, 2012:
Aquilo só poderia ser uma maldita brincadeira.
Os olhos desesperados de Nate se encontraram com os meus em lágrimas, sem esperar uma resposta ou uma explicação eu sair dali fazendo o possível para não vacila dando a oportunidade de todos da escola me verem daquele jeito.
Sentir mãos agarrando meus braços me mantendo presa no lugar, risadas e sussurros começaram a ecoarem em meu ouvido, sentia olhares de todos os lados em mim.
Jake: Destiny, você está bem? -os olhos de Jake procuravam os meus.
Me escondendo de todos a minha volta, com minha cabeça baixa tentando não vacila na voz eu disse:
Destiny: Eu preciso ir
Essas palavras foram o suficiente para que Jake me soltasse e me deixasse ir, não esperei mais um minuto se quer sair dali correndo.
A brisa gélida fazia todo o meu corpo se arrepiar, o mar a minha frente fazia minha vontade de ficar sem ar aumenta. Descruzei os braços e com um passo pra frente eu cair sobre a água, meu corpo todo parecia despertar com a água gelada percorrendo por cada órgão meu.
A escuridão dos meus olhos fechados fez uma visão de meu pai na minha frente.
"Esse não é o fim." saiu de sua voz em sussurro, quase inaudível, meu corpo pesado foi levado pra mais baixo, pro fundo do mar, o ar começou a me faltar, mas eu não estava desesperada, aquilo estava no meu controle, diferente da situação com Nate que estava completamente fora do meu controle.
Porque, pela primeira vez eu percebi o que ele me faz sentir, ele tira o controle de minha mão, e sem o controle em minha mão eu não tenho que me preocupar com mais nada a não ser as aventuras que me fazem viver.
O controle sempre foi melhor em minhas mãos, mas eu amava perde-lo quando Nate estava ao meu lado.
O ar voltando pros meus pulmões fez eu cuspi toda a água que antes tomava conta do meu corpo, pra fora, respirei fundo excessivas vezes e abrir os olhos.
Olhei pra cima, seus olhos agora escuros por conta da noite pairavam em cima de mim me observando.
Nathan: Você não ia -parou de falar.
Destiny: Não, eu não ia
Me levantei e quando Nate tentou se aproximar, dei dois passos atrás. Recuar as vezes é a melhor opção, porque os toques dizem coisas que os lábios nunca conseguirá dizer.
Destiny: É real? Aquele vídeo -minha voz vacilou, meus lábios começaram a tremer, talvez pelo frio, talvez pela imensa vontade de me desabar.
Os olhos de Nate vasculharam meu rosto, procurando por algum sinal de que eu entenderia, mas dessa vez ele estava errado. Ele suspirou e por segundos eu vi seus lábios tremerem antes de ele dizer:
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𝖠𝗆𝖺𝖽𝗈𝗋𝖾𝗌
FanfictionUma história que conta três versões. Onde Destiny, uma menina de dezesseis anos volta para sua cidade natal depois de alguns anos longe. Ou Onde Nathan, o menino perfeito cheio de problemas em sua família procura se encontra longe de seus pais. Ou O...