Capítulo 11

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—— Finalmente alguém te amarrou as rédeas —— Marco comentou fazendo Francesco acompanhá-lo nas suas gargalhadas e Lorenzo fechou a cara voltando a saborear a sua bebida.




—— Ninguém amarrou ninguém e eu ainda penso que ele quer alguma de mim só não sei o que ainda —— Francesco tirou o seu charuto para poder fumar mas Marco o impediu.



—— Tu o conheces há quase um mês, o levaste para jantar, o levaste para a tua casa e ainda não transaram, mais provas que essas impossível —— Pontuou o seu pai.




—— Ele é…. —— Deixou uma breve pausa antes de voltar a sua atenção para Henrique que estava no bar conversando com Zara como sempre e por ser no meio da semana não tinha muita gente por isso não disse nada.



—— Complicado e quando digo complicado é no sentido literal, eu não o entendo —— Falou frustrado com as suas próprias palavras.




—— Aquilo que é raro é sempre valioso, Enzo —— Francesco percebeu pela forma como o seu filho olhava para o homem negro distraído conversando animadamente.


O seu primogénito finalmente estava experimentando a dolorosa e fantástica arte de se apaixonar e Francesco sabia quem era Henrique por isso já esperava o pior daquele romance proibido mas não tinha coragem de matar o seu filho tanto almejava.






—— O homem é extremamente sensível e inseguro, não sei se isso é ser valioso, mas sei que é trabalho de algum filho da puta infeliz —— Disse com raiva e passou os dedos entre o cabelo. Era suposto ele não sentir nada como sempre fazia quando tirava vidas mas porque Henrique estava mexendo tanto consigo.




—— E mesmo assim você não desistiu, não é? Isso só mostra que estás te apaixonando por ele —— Lorenzo olhou para o homem grisalho confuso com a sua declaração.




—— Não, é só tesão que sinto por ele, nada mais —— Declarou convicto e Marco levantou-se, apertou o seu ombro e disse.



—— Então você não se importa se outro tomar o seu lugar, se importa? —— Lorenzo ficou sem entender até olhar para a direcção que o seu tio estava olhando e a cena que viu o fez enxergar vermelho.


Guiseppe tinha o braço envolta da cintura do homem negro visivelmente desconfortável com a situação mas mostrava um sorriso enorme para o seu inimigo.


—— Oh, para que a raiva? Você não disse que era só tesão —— Provocou Francesco quando notou o cenho franzido do seu filho, quis rir mas percebeu que ele não estava com humor.



—— Você sabe melhor que ninguém que odeio quando tocam nas minhas coisas e o Henrique não será uma exceção —— Marco fingiu sentir medo diante as palavras do seu sobrinho e somente o observou indo em direção aos dois.







Henrique tentava se livrar daquele desgraçado que tinha vindo do lado do bar, onde trabalhava e se controlava para não socar aquele rostinho de um drogado.




—— O Rossi tem bom gosto, olha para isto —— Guiseppe comentou voltando novamente a apertar a cintura de Henrique que removeu a mão com força e desta vez a sua raiva era notável.




O tatuado não gostou da atitude e apertou o pescoço do homem negro mostrando o seu descontentamento porém ficou surpreso com o que viu nos olhos castanhos.




—— Isso é ainda melhor que ganhar na loteria —— Henrique empurrou o homem e deu um soco no rosto com toda a força, deixando caído no chão, sem se importar com as pessoas olhando para si assustadas ou até mesmo chocadas  caminhou a passos rápidos até o vestiário onde trancou a porta.




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