Capítulo 17

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Duas inteiras passaram desde o dia que a sua mãe havia chegado na sua casa e as coisas com Henrique estavam melhorando bastante.

Ele estava comendo, Lorenzo ainda considerava a quantidade pouca mas com a sua mãe ajudando, pelo menos comia o suficiente para mantê-lo em forma e ganhou três quilos, a sua aparência também estava mais saudável.



—— A carga chegou —— Lorenzo despertou do seu estupor quando um dos seus homens veio chamá-lo e seguiu caminho para a parte traseira do Paradiso, a verdadeira fonte do dinheiro que fazia ali.

As vendas no lugar davam lucro porém nada parecido com o negócio da sua família, armas e drogas.

Entrou no local onde descarregam o material ilícito para depois ser organizado, Lorenzo tirou a sua arma quando percebeu um dos seus colaboradores desviando o pó branco.

Atirou nele sem pensar duas vezes e nenhum dos homens dele ficou surpreso ou disse alguma coisa, eles estavam cientes do desprezo que o moreno tinha com quem o roubava ou traía.

—— Limpem essa merda! —— Ordenou continuando a averiguar o local. Todos perceberam o mau humor que Lorenzo tinha ultimamente e tudo isso se devia a sua única e pura frustração sexual, o homem estava se contendo há dois meses.



Nem mesmo se masturbar estava ajudando pelo menos Henrique já mostrava estar mais confortável na sua presença e nem sentia vergonha de mostrar o peito quando trocava de roupa.

Já eram quase dez da noite mas ele não queria ir para casa e passar pela tortura de dormir na mesma cama com Henrique porém não poder tocá-lo, eles ficavam aos beijos sempre que se viam mas não conseguia ir além quando lembrava da última vez que tentou avançar.

O barulho do seu telemóvel tocando aumentava a sua dor de cabeça mas atendeu sem ver quem era.

—— O que é? —— Perguntou irritado porém logo relaxou quando escutou a voz de Henrique do outro lado da linha, parecia estar conversando com outra pessoa.


—— Ai! Isso doeu! —— Lorenzo enxergou vermelho quando escutou aquilo e quando a chamada foi encerrada logo em seguida piorou ainda mais a situação.

Não pensou duas vezes e pegou a chave do seu carro indo em direção a casa do mais velho, Henrique que rezasse para ele não estar fazendo o que ele estava pensando ou mataria o desgraçado que estivesse com ele.




Enquanto isso, do outro lado, Henrique massageou a pele do seu ombro que Zara havia beliscado de propósito.


—— O que você fez? —— Apavorado tirou o seu telefone que a sua melhor amiga estava segurando e assim que viu a ligação de Lorenzo sentiu um arrepio na espinha.


—— Dando ao seu traseiro encubado um macho, estou cansada de você reclamando que quer sexo com ele mas não faz —— Deixou o telefone o mais longe possível de si e ele não parava de chamar.




—— E você acabou de conseguir uma semana na cadeira de rodas para mim —— Puxou a orelha da mulher negra com os fios brancos que desatou a rir quando a campainha começou a tocar sem parar.




—— É ele —— Disse Zara indo atender a porta porém o homem negro a impediu indo em direção a porta, respirou profundamente antes de abrir e Lorenzo entrou em disparada.



—— Cadê o filho da puta? —— Questionou procurando pela sala inteira, Henrique riu dos ciúmes exagerados de Lorenzo que voltou a sua atenção para si.

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