Anaya balançou a cabeça preocupada com Lorenzo que estava há horas batendo no saco preto, ela sabia que era a única maneira que conhecia de extravasar todo o seu estresse.
Lorenzo tinha os seus dedos doendo por causa da força que aplicava ao bater no saco de areia mas não se importou. A sua mente estava perdida em Henrique.
Desde aquele dia no hospital, o homem negro evitava manter contacto consigo porém Lorenzo insistia em ir visitá-lo todos os dias.
Lorenzo segurou o saco de areia ofegante pela intensidade do exercício que havia feito, encostou a cabeça e de olhos fechados respirou fundo sentindo o seu corpo ficando cada vez mais tenso.
—— Enzo, pára! —— Anaya pediu desesperada quando notou os dedos inchados do seu filho. Lorenzo desviou-se do toque da sua mãe e saiu do ginásio indo a casa de banho frio e vestiu-se pronto para ir visitar Henrique.
Grunhiu de dor quando o álcool começou a arder nas partes machucadas da sua mão, colocou ligaduras antes de sair do seu quarto.
Anaya viu as ligaduras nas mãos do filho entretanto decidiu não falar sobre o assunto no momento e com um sorriso no rosto estendeu uma marmita para o moreno.
—— Diga a ele que irei ligar e mandar mensagens todos os dias e que o amo —— Lorenzo inclinou-se para abraçar a mulher negra que retribuiu massageando as costas do seu filho.
Anaya estaria voltando para a Itália naquela noite porém ainda estava angustiada por ver o filho tão abatido mas tinha esperanças que Henrique quisesse voltar a namorar o seu filho.
O moreno seguiu caminho para casa de Henrique esperançoso que o mais velho não fosse tão indiferente com ele.
—— Já vou —— Escutou Henrique falar do outro lado da porta assim que ele tocou a campainha. O seu coração começou a bater forte em antecipação pairando no ar.
O brilho que Henrique tinha no rosto morreu assim que se deparou com o moreno que murchou com a reacção do mais velho.
—— Entra —— Disse dando espaço para Lorenzo entrar que entregou o bolo antes de sentar-se. O moreno segurou Henrique quando este fez menção de ir para a cozinha onde iria deixar o bolo que havia recebido.
—— Lorenzo, por favor —— Pediu num sussurro quando o italiano abraçou a sua cintura, o fazendo sentar nas suas coxas musculosas e escondeu o rosto pescoço do homem negro que apoiou as suas mãos no peito de Lorenzo.
—— Mio prezioso… —— Declarou aumentando o aperto ao redor da sua cintura quando Henrique tentou se livrar dos braços fortes de Lorenzo, engoliu seco olhando para a boca vermelha do moreno.
—— Nós já conversamos sobre isso —— Disse num murmúrio ao sentir a sua pele arrepiar em contacto com o hálito quente próximo a si.
O moreno trancou a cara quando notou a presença de Ezequiel saindo da cozinha com um copo de água na mão. Lorenzo apertou o traseiro do mais alto que suspirou com o toque e aproveitou para tomar a boca carnuda.
Lorenzo tomou os lábios carnudos com fome enquanto mantinha o olhar fixo no homem alto que observava a cena com uma expressão neutra principalmente ao perceber que Henrique estava cedendo ao beijo sem dar luta.
O italiano passou o braço envolta da cintura forte mostrando que Henrique era seu e não gostava de partilhar. O homem de meia idade apertou o copo quando Henrique gemeu durante o beijo intenso e os olhos cinzentos o encarando em desafio.
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Pecados Do Coração
Roman d'amourNuma cidade onde a linha entre o certo e o errado é tênue, Henrique Costa, um policial determinado a provar seu valor, se vê envolvido em um jogo perigoso ao ser designado para se infiltrar na boate do criminoso mais procurado do mundo. O que era pa...