Capítulo 25

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—— E mesmo sabendo disso você o mandou embora? —— Anaya gritou indignada depois que o seu filho contou tudo que o médico havia contado.


Lorenzo andava de um lado para o outro esperando notícias dos seus homens. Naquela hora estava com os sentimentos a flor da pele que não pensou no estado que Henrique se encontrava.




—— Ele me traiu! Posso tolerar muita coisa mas não perdoou traição, a senhora me conhece muito bem —— Disse levando a arma que estava em cima da mesa.




—— O Henrique pode ter errado mas é uma pessoa muito sensível e você sabe disso. Espero que nada aconteça a eles ou nunca irei te perdoar, Lorenzo, nunca —— Anaya deixando o seu filho com um remorso enorme.








Enquanto isso, Henrique despertou sentindo dores abaixo do ventre, era uma dor que muito bem conhecia por isso ficou apavorado.



—— Eu amo essa expressão —— Sentiu alguém erguendo o seu rosto para encontrar os olhos azuis que o fizeram sentir repulsa.


Henrique empurrou o homem mesmo sentindo dor e o loiro gargalhou alto com a resistência do agente policial que apertou a barriga quando a dor veio mais intensa.




—— Perfeito! —— Guiseppe bateu palmas gostando da cena que via porém sentiu inveja por não ser o provedor do sofrimento do outro.





O homem loiro ajoelhou-se diante de Henrique que tentava suportar a dor, tudo doía, o seu coração despedaçado pelas palavras de Lorenzo que ecoavam dentro da sua cabeça. O medo tomou conta de si quando sentiu algo molhando as suas calças.





—— Lombardi! —— O loiro revirou os olhos entediado quando escutou a irritante voz do seu sócio.

Lorenzo ficou aliviado ao ver Henrique, porém logo correu para ajudá-lo quando percebeu a faceta agoniada e pálida.

O moreno empurrou Guiseppe que estava parado em frente a Henrique e ajoelhou-se fazendo menção de o carregá-lo.

—— Não toca em mim! —— Henrique gritou se afastando do toque do seu ex-parceiro e as lágrimas voltaram a brotar quando a dor ficou mais intensa.


Lorenzo entrou em desespero quando notou as calças brancas manchadas de sangue e mesmo contra a vontade de Henrique o carregou nos braços.

—— Tratamos disso depois, Guiseppe e agradeça ao meu pai ou teria te matado assim que entrei nessa pocilga —— O loiro riu do tom ameaçador do moreno. Fazia tanto tempo que não via Lorenzo reagindo às suas provocações que sentiu uma enorme satisfação quando Henrique despertou a sua fúria.


—— O meu bebê —— O polícia choramingou apertando a sua camisa em total desespero, aquilo não podia acontecer de novo, não iria aguentar perder mais um.




O caminho para o hospital levou quinze minutos e os dois foram recebidos. Lorenzo ficou esperando por notícias na sala de espera enquanto a sua mãe e Zara não chegavam.




—— O que você fez? —— Zara perguntou furiosa assim que chegou à sala de espera e Lorenzo estava tão nervoso que mal conseguia falar.

Anaya estendeu a mão para a mulher negra que olhava para Lorenzo como se o quisesse enterrar vivo.

—— Eu sou a Anaya, a mãe dele —— Zara olhou para Lorenzo antes de apertar a mão da mulher e respirar fundo para se acalmar.



—— O Henrique é a minha única família, não surportaria a ideia de acontecesse alguma coisa —— Disse sentando na cadeira enquanto Lorenzo continuava perdido nos seus pensamentos.

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