Capítulo 33

96 14 4
                                    

—— Que merda foi essa? —— Exclamou apontando para a porta quando escutaram um grande estrondo e o pedaço de madeira foi para o chão.

Lorenzo segurou o namorado inconsciente nos braços. Enxergou vermelho quando viu a pequena agulha presa no seu pescoço do gestante, era um anestésico, pelo menos não faria mal ao seu filho.

O Rossi mais novo fuzilou o homem que desejava matar nos últimos meses. Ezequiel sorriu cínico ao perceber que Lorenzo apertou o corpo inconsciente enquanto olhava para si com tanta fúria.



—— Abaixa a arma! —— Francesco ergueu os braços tranquilamente se ajoelhando. Marco olhou para o seu irmão confiso porém obedeceu jogando para os polícias que apontavam armas para eles.



—— Prendam todos e procurem qualquer coisa que possamos usar contra eles —— Ordenou olhando friamente para Henrique inconsciente. Lorenzo não fez luta e estendeu as mãos, o metal frio contra os seus pulsos, não desejava criar tumultos que poderiam ferir a sua família.






—— Há quanto tempo eu não te vejo assim? —— Comentou cutucando a barriga com a ponta do seu dedo indicador e o moreno mais novo fez menção de partir para cima dele porém foi impedido pelos dois polícias ao seu lado.

—— Levem todos! —— O homem de meia idade carregou Henrique nos braços enquanto saíam da casa do Rossi mais novo.



—— Não caia nas provocações dele —— Francesco disse calmo ao perceber a faceta avermelhada do seu filho enquanto entravam no carro da polícia, a sirene soou quando deram partida.


Lorenzo levou as mãos a cabeça quando foram encarcerados desesperado por lembrar de Henrique sendo levado para o lado oposto a eles.

O seu pai caminhou até o filho que apertava o cabelo com tanta força que a ponta dos seus dedos ficaram brancos.


—— Ele não pode machuca-los —— Lorenzo ergueu os olhos para o seu pai que sorria tranquilo para si. O tio do Rossi mais novo veio até eles.




—— Não imaginam o quanto eu sonhei com isto —— Ezequiel disse parando na frente dos Rossi. Lorenzo caminhou e segurou o homem de meia idade pela cola.




—— Onde ele está? —— O polícia sorriu arrogante limpando o seu nariz ensanguentado. Estendeu o braço para a mulher loira que apontava a arma para Lorenzo.


—— Ele quebrou o seu nariz, Cross —— Retrucou guardando a abaixando a arma. Marco segurou o ombro do seu sobrinho que não mostrava nenhum sinal de soltar o polícia.




—— Tua famiglia è la priorità, controllati, Enzo  —— Lorenzo soltou o homem de meia idade que usou o lenço que Christine havia o dado para limpar o sangue saindo do seu nariz quebrado.





—— Agredir uma entidade policial é um crime, Rossi, não que você não soubesse disso —— Disse após limpar o líquido vermelho do seu nariz. Lorenzo ficou o encarando Ezequiel sem dizer uma palavra.

—— O Costa tem bom gosto, ele é um deus grego completo —— Christine debochou fazendo o seu chefe balançar a cabeça.


—— É uma pena ele ter que apodrecer atrás das grades  —— Comentou no exacto momento que um homem com a pele negra mais clara, um pouco mais velho que Ezequiel, um crachá em volta do pescoço.





—— Abram a cela —— Ezequiel olhou indignado para o seu superior quando um dos polícias abriu a porta da cela deixando os três saírem.


Pecados Do Coração Onde histórias criam vida. Descubra agora