O MESTRE de marionetes

Capítulo II || Nightmare

— Eu quero te mostrar uma coisa. Acho que vai gostar. — Jackson sorri.

Ele vai até o banco de carro em que estava sentado e pega algo numa bolsa ali perto. De onde me encontro não consigo ver o que é. Logo, retorna com uma embalagem retangular do tamanho de seu antebraço. Quando se aproxima, ele desliza o cartucho externo para me mostrar o que tem dentro. Acomodada num suporte almofadado está uma faca. A lâmina é toda desenhada e tem uma inscrição em japonês.

— A faca mais afiada do mundo... Comprei especialmente para você... Custou uma fortuna, mas para onde vamos não precisaremos mais de dinheiro. — Ele amplia o sorriso, me deixando completamente apavorada. — Não é linda? Corta a pele como manteiga, ainda mais uma pele tenra como a sua. Você vai adorar.

— J-Ja-Jack, por favor... — Começo a chorar e soluçar desesperadamente.

— Não precisa chorar, vou garantir que seja bom para nós dois, eu prometo. Vamos testar essa belezinha? Uma lâmina virgem para cortar uma... Certamente não uma virgem. Acho que você não tem sequer uma célula do corpo virgem, sua safadinha. Não podemos negar que soube aproveitar a vida, talvez até melhor que eu, mas disso nunca teremos certeza.

Ele chega mais próximo e começo a me debater nas correntes, tentando fugir inutilmente.

— Shhhh, shhhh, potrinha arisca. Você é quem sabe, pode me deixar cortar sua calça quietinha, ou pode se mexer e ver onde a lâmina vai parar. Escolhas, minha querida.

Estou hiperventilando, mas tento me manter parada para ganhar alguns minutos. Para quê? Não sei.

— Boa decisão.

Ele encosta a faca por dentro da minha calça jeans, perto das correntes no tornozelo e ela a abre como tesoura cortando papel. O que isso pode fazer na pele? Não quero imaginar.

Jackson corta sem pressa um lado e depois o outro, e puxa o que sobrou da peça de roupa de mim.

— Olha só... Por essa eu não esperava... Sem calcinha. Você é mesmo uma puta, Cissy. — Ele gargalha. — Abre, deixa eu ver.

Aterrorizada, não me mexo.

— Você pode abrir por bem ou por mal... Escolhas, se lembra? — Ele ameaça, colocando a faca reluzente bem em frente ao meu rosto.

Tremendo, separo as pernas enquanto ele acompanha olhando fixamente o movimento.

— Tanta luta, tantas guerras por coisinhas assim... Devo concordar que algumas, como a sua, talvez valham a pena.

Ele chega com a faca muito próximo do meu sexo e eu tento me afastar.

— O que aconteceria se eu te livrasse disso aqui? — Pergunta, colocando perigosamente a ponta da lâmina perto do meu clitóris.

— Você sabia que em certas culturas os homens extirpam o clitóris das meninas antes que entrem na puberdade? Aparentemente isso as torna mais dóceis e fiéis aos maridos. Será que eu deveria ter feito isso com você antes, para te transformar numa boa esposinha? Quando estávamos juntos eu era muito burro, um bobo apaixonado e sonhador, acho que não teria coragem... Mas agora tenho.

— J-Jack...

Ele se aproxima do meu rosto e passa a lâmina, a parte de cima, sem corte do meu queixo até junto ao olho esquerdo, colhendo minhas lágrimas, então lambe a faca, engolindo-as.

— Muitos já chuparam sua boceta, mas quantos beberam suas lágrimas de desespero? São deliciosas, a propósito. O que você não faria agora se eu te desse esperanças de te libertar? Tenho certeza de que me deixaria foder seu ouvido e gozar no seu cérebro. — Ele ri histericamente. — Taí uma coisa que tenho certeza que você ainda não fez... Está muito viva para isso. Mas talvez eu faça em algum momento. Enfim... Já está excitada? Imagino que está morrendo de vontade, pensando em dar uma última vez antes de morrer. É só isso o que se passa na cabeça de vocês, putas. Sexo, sexo, sexo... Deveriam experimentar matar alguém. Você não sabe o tesão que dá. — Ele morde a minha boca de leve, como um predador brincando com sua caça.