Bônus || Fairy Tale (final)

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☝️Caso esse livro fosse uma novela brasileira, certeza que em algum momento do capítulo final, tocaria essa aqui.😁

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Se o tempo pudesse ser contado, seriam alguns anos depois...

— Mamãe, mamãe, olha o que eu fiz! — Dante entra correndo na biblioteca com algo felpudo nas mãos.

— O quê, meu amor?

— Eu fiz uma mágica!

— Uma mágica? Céus, está segurando um coelho morto? — Pergunto, me dando conta do que se trata.

— Isso, ele estava vivo, aí eu apertei o pescoço dele e ele morreu, olha...

Meu filho levanta uma pata do pobre coelhinho branco, mas ela cai sem vida. Fico desolada.

— Por que fez isso, Dante? Já disse que se matasse mais algum bichinho ficaria por dias de castigo.

— Eu precisei, mamãe... Para a minha mágica. Você tem que ver.

Respiro fundo.

— Tudo bem, pode me mostrar.

O observo colocar o coelho no chão e suas mãos fofinhas sobre a cabeça dele, apertando os próprios olhos, se concentrando como se fizesse muita força. O que parecem ser alguns poucos segundos depois, vejo, assustada, o animal dar alguns espasmos, se levantar e sair saltitando rumo ao corredor, como se nada tivesse acontecido. Ainda estou boquiaberta, quando Ezra passa pela porta, aplaudindo.

— Muito bem, pequeno mágico. Você conseguiu. Agora o papai já pode te ensinar novos truques.

— Você viu mesmo, papai, o que eu fiz?

— Vi sim, campeão, e você ainda fará muito mais no futuro. Será o maior mágico que já existiu em todos os mundos e dimensões.

— Ouviu, mamãe? Eu serei o maior mágico!

— Parece uma coisa incrível, mas não importa o que venha a se tornar, para sempre você será meu menininho. — Sorrio, beijando sua testa.

— Ah! Finalmente te achei, moleque endiabrado, olhe a imundície que está! Já passou da hora do seu banho... — Ralha a ama, entrando esbaforida no cômodo.

— Eu não quero tomar banho!

— Dante... — Ezra censura, lançando um olhar severo para ele.

— Tá bom, eu vou, eu vou. — Ele suspira, rapidamente derrotado.

Meu pequeno me dá um abraço breve, então caminha para o pai, que bagunça seu cabelo ruivo e lhe dá um beijo na cabeça. Em seguida, nos oferece um sorriso travesso e passa correndo pela ama, sem que ela consiga agarrar a sua camisa.

— Sirva o jantar do meu filho no quarto hoje, Rose, tenho uma reunião daqui a pouco.

— Sim, majestade. — A ama diz, fazendo uma curta reverência a ele e então a mim, antes de sair da biblioteca atrás de Dante. Ainda acho estranho ser reverenciada e tratada como rainha, mas Ezra gosta disso e nada me satisfaz mais que vê-lo feliz.

— Tem uma reunião? Não sabia que o conselho se juntaria essa noite... — Comento.

— Meu compromisso é com você, rainha. Já passou da hora de nossa filha nascer e preciso te ajudar com isso... Estimulação uterina, prostaglandinas presentes no sêmen, enfim, coisas que vão te auxiliar a entrar em trabalho de parto...

— Meu amor é tão bonzinho... Sempre me ajudando no que preciso... — Ironizo, rindo.

"Vivo para atender às suas necessidades, majestade. Vamos?" Sua voz soa sensual em minha mente e nem se eu tivesse perdido completamente a razão seria capaz de dizer não.

O MESTRE de marionetes Onde histórias criam vida. Descubra agora