Capítulo 53

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Capítulo 53 ― Cinquenta e três.

Anastácia moves on with her life.

― De novo. ― Anastácia murmurou para uma moça quando ela caiu no chão. ― Seu inimigo não terá tempo para lhe esperar levantar, vamos. ― Ergueu sua espada e avançou quase sem deixar que a outra conseguisse se defender, porém ela conseguiu usando sua arma como apoio e se afastou dando uma cambalhota contra o chão.

Porém, a moça mal teve tempo para conseguir se reerguer e levar a espada para frente de seu corpo fazendo a lâmina tremer contra seus pulsos quando Ana bateu a sua contra a dela provocando um forte tilintar.

― Hm, merda... ― Madeleine murmurou enquanto via aquela cena, já havia parado com as caretas e preferiu seguir olhando sem fazer alardes tentando não atrapalhar.

Uma illyriana acabou sendo derrubada pela terceira vez quando tentou atacá-la por trás e Anastácia quase não fez esforço para fazer o mesmo com outras duas dando uma rasteira na moça de pele negra e usando as pernas ao redor do pescoço de uma loira para conseguir levá-la ao chão.

― Oh, céus... ― Ela seguiu divagando enquanto via Anastácia atingir uma moça com um potente soco a levando para o chão antes de continuar lutando contra outra quase ao mesmo tempo.

― Ela vai ficar acabando com todas tão fácil assim? ― Madison a indagou, não gostando daqueles exercícios.

― Eu não sei, ela está bem empenhada em fortalecer todas e mostrando no que estão errando para se protege. ― Sua gêmea respondeu e deixou um suspiro escapar.

Quando Anastácia retornou para a ilha após os enterros de sua família e a coroação de Rhysand, ela estava diferente de alguma forma. Não havia derramado uma lágrima sequer em todos aqueles meses nem mesmo em conversas com suas amigas em que elas choraram ao ouvir seu relato, mas a expressão havia mudado e tinham certeza que Ana não tinha sorrido mais desde sua volta.

O cenho estava quase sempre franzido e os lábios fechados em uma linha reta e Madeleine sabia que podia contar com os dedos somente de uma mão as vezes que havia visto a boca de Ana repuxar os lados de forma leve em um sorriso durante todo aquele tempo.

As crianças que antes passavam a treinar por opção própria aos doze anos agora estavam sendo iniciadas aos oito e mesmo que não quisessem, Anastácia tinha imposto aquilo como uma regra para que ao mínimo todas tivessem ao menos como saberem se defender mesmo que fosse de forma básica e conseguissem se proteger.

Ao voltar para ver o Entalhador de Ossos semanas depois do acontecimento, ela pediu para que ele lhe contasse com riqueza de detalhes tudo que havia acontecido com sua mãe e sua irmã. Ela não chorou, mas sentiu uma vontade extrema de deixar suas lágrimas escaparem quando ele disse que Anelise tentou lutar, lutou dando chutes e socos em qualquer um que tentasse se aproximar da mãe e assim ela os irritou e não desistiu até o final.

Continuou lutando como sua irmã havia ensinado.

Apesar de preferir ficar somente junto de flores e planejar se tornar uma florista, Anelise tinha uma alma lutadora e corajosa sem esconder aquilo até o último instante de sua vida.

O Deus da Morte a aconselhou dizendo que ela precisava botar aquilo para fora e ela apenas concordou com ele, mas não queria chorar mais. Sentia-se tão cheia que presumia que todos poderiam ser atingidos por sua dor e também por seu choro, precisava ter cautela e pensar no que poderia fazer.

Ela apenas resolveu treinar dividindo seus dias com treinamentos intensos para as illyrianas de sua ilha e para aqueles que continuavam nas estepes illyrianas, até mesmo os homens começavam a reclamar da intensidade deles, mas se continham apenas ao ver que Anastácia os aguentava da mesma forma junto deles sem alterar a expressão nenhuma vez sequer.

Devlon já estava preocupado ao ouvir suas recusas para jantar na casa de quem fosse preferindo se afastar para treinar mesmo que fosse um horário para todos descansarem e Anastácia comia muito pouco as marmitas que Elena fazia para si, nada lhe fazia ter vontade de comer..

A Court Of Loss And Love (Helion)Onde histórias criam vida. Descubra agora