Capítulo 68

168 33 4
                                    

Capítulo 68 ― Sessenta e oito.

Anastácia has the chance to see her sister one last time.

Anastácia preferiu sair antes do amanhecer ou então acabaria ficando presa nos braços de Helion sem se importar com seu sumiço na corte Noturna, seus braços tão fortes que lhe apertavam com cuidado por conta de suas asas tão sensíveis.

Mesmo sendo uma illyriana jamais imaginou que poderia chegar ao orgasmo tantas vezes apenas sentindo os dedos do parceiro achando cada terminação nervosa em suas asas, parecia atingir diretamente seu clitóris e ele não precisava de muito para lhe fazer gritar seu nome enquanto continuava atingindo o próprio ápice múltiplas vezes lhe deixando exausta enquanto ele estava realizado.

Preferiu sair ignorando o cansaço de seus músculos, podendo ter a chance de acompanhar o nascimento do dia e foi para o fundo do jardim no palácio logo encontrando o portal que ele ainda mantinha ligando sua ilha a Diurna.

A illyriana ficou confusa quando passou por ele e pensou no parceiro a curando no dia anterior e cuidando de sua torção, acabou pensando em Lucien lembrando que ele também tinha poder curativo.

― Que merda eu estou pensando? ― Indagou para si mesma enquanto voava e balançou a cabeça passando pela ilha e indo direto para Velaris.

Precisava tomar um banho e infelizmente tirar o cheiro do parceiro de si e assim o fez quando chegou a casa do Vento podendo sentir que Rhysand não estava ali e aproveitou a banheira de seu quarto.

Talvez pudesse ter tido seu melhor aniversário em anos, um único dia do ano que conseguiu lhe encher de felicidade e ver como estava tendo uma boa vida naquele momento.

Esperava que Anelise de alguma forma pudesse ver que ela estava bem e tinha conseguido seguir em frente, apesar de ter sido difícil e dolorido no início não negava que o apoio que teve de todos ao seu redor foi crucial para que não afundasse contra sua própria mente enlutada.

Ela desistiu de dormir naquele dia e após o banho decidiu que iria ir para a biblioteca conversar com seu amigo causador de medo em todos e especialmente em Cassian o que fez Anastácia deixar gargalhadas escapar quando ouviu do próprio illyriano que ele tinha medo do que vivia no fundo da biblioteca cercado pela escuridão.

― Então... ― Anastácia levitou ao redor dele enquanto as sombras dançavam por seu corpo e por Bryaxis. ― Ele tem um presente e quer que eu o veja o mais rápido possível?

― Sim, creio que gostará dele. ― Bryaxis foi sincero. ― Uma surpresa boa.

― Eu achava impossível vocês conseguirem manter contato, mas vejo que estou enganada então... ― Ela girou seu corpo para ficar de frente para ele e encarar seus olhos brilhantes e medonhos. ― Você conseguiu ver o que é mesmo estando aqui?

― Sim, aquele idiota gostou tanto da surpresa que fez para você que também recebi seus comentários se gabando do quão incrível seu poder podia ser. ― Bryaxis dizia com sua voz grave e a moça riu.

― Certo, eu irei vê-lo e vamos ver se também terei essa opinião. ― Anastácia assentiu. ― Vamos ver se esse presente de aniversário é o único que ele pode me dar seja o que for.

― Posso assustar o illyriano? ― Bryaxis indagou a moça quando os dois ouviram por Cassian chamando seu nome.

― Pode, eu vou ficar observando daqui. ― A moça prontamente concordou com ele. ― Mas, não o assuste tanto.

Anastácia não escondeu a leve ansiedade que sentiu ao pensar no presente que o Entalhador de Ossos podia ter feito para si e temeu que fosse algo ligado a seu nome mais conhecido, quase riu ao imaginar o que faria ao ir embora com seu presente e surgir com ele na casa do Vento caso Rhysand a visse.

Ela gargalhou quando ouviu o grito de Cassian e decidiu voar para fora daquela escuridão ou o illyriano poderia ter um infarto sem vê-la após levar um susto causado pelo pesadelo que vivia ali.

― Você é muito medroso, general. ― Anastácia surgiu atrás dele o assustando e reparou que Azriel estava junto dele. ― Olá.

― Olá, senhora. ― Azriel se curvou de leve para ela.

― Ele é assustador! Eu não tenho medo de coisa alguma, exceto dele! ― Cassian disse quase entre dentes e a moça assentiu fingindo acreditar no que ele dizia.

― Os dois estão me procurando? ― A moça cruzou os braços os analisando.

Se estavam ali ao mesmo tempo e não junto de Rhysand, era muito provável que o irmão estivesse fazendo algo que ela desaprovasse e os dois illyrianos estavam servindo de distrações para que ela não fosse atrás dele e quando reparou que Morrigan não estava por perto quase ligou os dois a corte dos Pesadelos e disfarçou a irritação que sentia.

― Sim, eu preciso dos seus relatórios, aqueles que você manda para Rhysand semanalmente. ― Cassian resmungou. ― Ele disse que preciso fazer o mesmo e não sei como.

― Oh, que lamentável. ― Anastácia balançou a cabeça. ― Venham até o meu escritório.

― Você tem um escritório aqui? ― O illyriano de sifões vermelhos ficou quase em choque.

― Claro, eu preciso fingir que sou uma pessoa séria e não uso meu cérebro somente para lutar e essas coisas. ― Ana deu de ombros. ― Você sabe como é. ― Apontou para ele.

― Azriel está aqui também. ― Cassian apontou para o outro enquanto andavam, fingindo não gostar daquela indireta dela.

― Ele é um espião, usa seu cérebro muito melhor do que nós que lutamos. ― Anastácia afirmou deixando o homem de sifões azuis envergonhado.

― Por isso que eu sempre ganho dele, agora entendi.

― Cale a boca. ― Azriel revirou os olhos para ele.

~~~~~~~~~~~~~~~~

Quando Anastácia entrou na cela do entalhador, ela deixou um suspiro escapar. Havia conseguido quase escapar dos illyrianos e ficou preocupada ao ver como os dois estavam querendo passar um tempo consigo naquele momento enquanto queria fugir deles, a casa conseguiu lhe ajudar e após passar a tarde toda conversando com eles, agora estava conseguindo ver seu grande amigo.

― Desculpe pela demora, eu realmente tentei vir mais cedo e... ― Anastácia se calou quando viu uma fêmea illyriana de costas para si. ― Oh, você conseguiu criar as asas e... ― A voz subitamente sumiu de sua garganta e ela apertou os lábios quando a pessoa se virou e encarou seus olhos.

Os olhos violetas também salpicados com prata assim como os dela.

― Os ventos sussurraram que ela ficaria dessa forma quando adulta e pensei em lhe mostrar como um presente, uma doce memória sabendo que ela está bem e descansando junto dos pais. ― A voz não era parecida com a dela, era muito mais suave e doce do que jamais havia imaginado e combinava perfeitamente com sua irmãzinha.

Sua irmã, o entalhador de ossos tinha conseguido se transformar na pessoa que ela seria quando atingisse a maturidade.

― Oh, pelo Caldeirão. ― Anastácia não controlou suas lágrimas ao mesmo tempo que um sorriso crescia em seus lábios. ― Caramba, puta merda! É uma adulta já e parece comigo, céus ela é quase a minha cara. ― Não escondeu sua felicidade enquanto se aproximava lentamente.

― Foi o que os ventos sussurraram, ela ficaria mais parecida com você do que com o irmão das duas. ― Ele concordou ainda mantendo sua forma feminina. ― Não tão apaixonada por lutas como você, mas treinaria o bastante para que sentisse orgulho dela todos os dias.

― Que estupidez, eu sentiria orgulho dela todos os dias independente do que ela fizesse. ― Anastácia tentou secar seus olhos. ― Eu... Posso lhe abraçar? Somente um abraço, por favor.

― Claro, isso também faz parte do seu presente.

Ana quase correu para se aproximar daquela figura e a abraçou vendo que elas tinham a mesma altura e as asas também eram quase idênticas. Anastácia acariciou seu cabelo tentando controlar seu choro o agradecendo em sua mente por poder estar tendo aquela visão que conseguia trazer alento para seu coração ao mesmo tempo que uma leve dor aparecia.

― Com certeza é o melhor presente que eu poderia ter ganhado, muito obrigada. ― Anastácia se afastou para encarar seu rosto. ― Estou muito feliz por ele.

― Um dia, eu tenho certeza que vocês vão se reencontrar. ― O olhar dele passado por sua irmã demonstrou tristeza e Ana não reparou enquanto voltava a lhe abraçar.

O entalhador de ossos jamais interferiria no destino, não importava quem fosse. Mas, lhe doeu quando ouviu os comentários dos ventos sobre o destino de Anastácia e sobre a forma que ele tinha sido selado, não podia fazer nada para impedir ou tentar atrasar aquilo.

Era simplesmente inevitável e necessário que aquilo acontecesse não importasse da forma como ocorresse, tinha que acontecer.

A linha tinha sido escrita pelo destino e ele apenas havia escutado sobre, escutado o que já tinha sido decidido para ela e viu que era melhor começar a aceitar desde o primeiro instante.

Temeu que aquele fosse um dos últimos encontros que tivesse com sua amiga e por isso a abraçou mais forte quando ela se aproximou mais uma vez e Anastácia riu sem fazer ideia do que ele estava pensando naquele momento.

Temeu que aquele fosse um dos últimos encontros que tivesse com sua amiga e por isso a abraçou mais forte quando ela se aproximou mais uma vez e Anastácia riu sem fazer ideia do que ele estava pensando naquele momento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

A Court Of Loss And Love (Helion)Onde histórias criam vida. Descubra agora