Capítulo 17

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Capítulo 17 ― Dezessete.

Anastácia tries to enjoy life.

Anastácia respirou fundo enquanto apertava seus fios para que o excesso de água saísse de seu cabelo enquanto se observava no lago. Via as tatuagens na região de seu peito e quase riu quando se lembrou do surto de sua mãe e de Diana quando a viram tatuada, havia botado em sua pele símbolos de força e calma também com Devlon a levando escondida para conseguir fazer aquilo.

Eram pequenas e eram uma passagem para o início de seu treinamento entre os adultos, mas ela queria mais, mesmo sendo esnobada por aqueles homens machistas e idiotas. Enquanto o sol tocava sua pele, ela observou a montanha illyriana mais alta e pensou no Rito de Sangue, ainda passaria por ele e mostraria para aqueles idiotas que uma fêmea podia chegar onde ela quisesse sem depender deles.

Decidiu voltar a andar enquanto observava a ilha, não havia som algum ao redor e era perfeito para conseguir pensar.

Um lugar só dela sem ninguém para atrapalhar.

A ilha das pedras preciosas havia sido por muito tempo uma fonte de riqueza para a corte Noturna e quando as joias sumiram na superfície todos decidiram que ela era inútil e assim ela foi abandonada deixando que os animais pudessem retornar e as antigas casas fossem aos poucos começando a ser destruída pelo tempo, ela era coberta por uma névoa durante toda as estações do ano e era ainda mais denso no inverno tornando o acesso quase inacessível até mesmo pelo ar já que as rajadas de vento dificilmente colaboraram par isso, porém Ana conseguiu passar por elas.

Algumas bruxas passavam por si, mas Ana apenas acenava na direção das mesmas, não sentindo medo de suas aparências nem nada do tipo. Elas também não se interessavam pela riqueza que estava abaixo, Ana pulou algumas pedras e começou a descer pela terra após empurrar um enorme pedregulho para longe cuidando para ver se não era observada.

As pedras brilhantes não lhe assustavam mais e gostava de lembrar seu conhecimento ao ver tantas jóias por perto, seguiu andando reparando que os pratos que havia trazido antes estavam limpos sem nem lembrar antes o conteúdo.

Após conversar com o entalhador de ossos e ele falar daquele seu poder sem conter a própria animação, Ana ficou extremamente chateada por ver que podia adquirir para si a dor de qualquer um e enquanto a pessoa ficasse apenas cansada em seu físico, ela sofria com dores horríveis. Levou dois dias para se recuperar após tocar aquela mulher e ficou desconfortável somente ao pensar no que tinha sentido, jamais queria tocar em alguém novamente se tivesse chance daquilo acontecer.

― Querem mais comida? ― Ana ainda se mantinha distante, não sabia se queriam aproximação.

Fazia dois dias que havia percebido que não estava sozinha na ilha, notou durante a noite ao perceber que uma sombra densa não fazia parte do clima, mas em momento algum pensou em atacar. Porém, manteve sua posição de ataque quando ela se desfez e notou que era uma moça segurando outra ferida e pelo olhar ela parecia lhe implorar por ajuda.

Ajudou conseguindo cuidar de seu ferimento mesmo não tendo tantos materiais e as alimentou com o que tinha, além de conseguir frutas e também pegou peixes no lago para alimentar as duas.

Notou que as moças não eram de muitas palavras e preferiu não insistir.

― Irá nos entregar para seu pai? ― A que parecia ser mais velha indagou, podia notar a proteção que tinha com a outra mesmo que fossem gêmeas.

― Pai? ― Demorou a entender que falavam do grão senhor. ― Oh não, nem pensar, eu quero que ele se foda para um caralho, que tome na porra do cu e se foda cada vez mais e... ― Se calou ao ver quantos palavrões havia falado. ― Não, não irei entregá-las, nem nada do tipo, só estou ajudando vocês.

A Court Of Loss And Love (Helion)Onde histórias criam vida. Descubra agora