Recadinhos rápidos hoje:
O capítulo ficou maior do que normalmente fica, peço desculpas por isso porque sei que nem todo mundo gosta. Os próximos vou tentar ser mais sucinta e menos faladeira.
Volto com mais capítulo depois do carnaval porque sei que vocês vão tá tudo na farra e nem vão ler, então nos vemos pós quarta-feira de cinzas.
Boa leitura :) <3
Giovanna
Passado todo o choque do primeiro encontro, da primeira troca de olhar, da primeira conversa em anos, consegui me sentir mais tranquila na presença dele.
Isso não significa que eu não estou enlouquecendo aos poucos, porque é fato que eu estou a ponto de ter um colapso. Mas a culpa é toda minha.
Consegui sentir de longe todo o desconforto que ele estava sentindo enquanto assistimos Babi entrar pelo altar e também durante toda a cerimônia, mesmo anos se passando, ele ainda era claro como água pra mim. Assim como seus sentimentos.
Não vou mentir e dizer que não fiquei abalada com toda aquela essência graciosa de casamentos, de como ainda era o meu sonho entrar na igreja vestida de noiva e encontrar o amor da minha vida no altar. Mas minha realidade na Espanha tinha sido tenebrosa, pra dizer o mínimo.
Um casamento de papel passado no cartório em um dia aleatório, só nós dois, um compromisso selado por um bem maior. Mas nunca amor, amor sequer fez parte dos sentimentos que envolveram nosso casamento. Pelo menos não com ele.
O que eu sentia por Cadu era gratidão, da forma mais pura que poderia existir. E só.
Pensei que quando me casasse, poderia viver o sonho de toda noiva, de entrar na igreja de branco, com um monte de pessoas olhando em minha direção abismados pela minha beleza, rios de lágrimas de alegria e todos que eu amo no altar, torcendo por mim.
Uma pena que não tenha sido assim, pena mesmo. Quem sabe em outra vida...
— A festa vai ser onde mesmo? — me aproximei de Alessandra que estava parada no lado de fora da pequena cerimônia na praia.
— Parece que no salão de festas da Sollaris, que fica à beira-mar. Babi disse que o lugar é lindo. — sorriu pra mim, me puxando pelo braço até um canto mais afastado, onde só ficássemos nós duas. — Como foi?
— Como foi o quê?
Me fazer de desentendida estava sendo minha maior arma contra danos nesses últimos dias, mas nem sempre funcionava.
— Com o Alexandre, né? Como foi? — ela sussurrava como se estivéssemos falando o segredo do século, e não apenas sobre um ex namorado que continuava tão lindo, gostoso e cheiroso como eu me lembrava anos atrás.
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Mulher De Fases
FanfictionDez anos depois e um reencontro em terras baianas. Continuação da fanfic Menina Veneno, disponível aqui nesse perfil.