nos vemos de novo quarta-feira, dia dos namorados às 21h.
feliz aniversário atrasado, vicky! <3
boa leitura!
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Giovanna
Já faz alguns dias que nós chegamos na Espanha para cumprir nossa parte do acordo com Cadu, mesmo que a contragosto.
Minha sogra tem sido um anjo enviado dos céus para mim, em especial nos momentos em que se faz necessário a interação com o pai do meu filho. Essa era uma das coisas que eu me recusava a fazer, pelo meu bem e pelo bem de Aurora.
Não quero que minha filha tenha nenhum tipo de contato com esse homem, não me sinto confortável em tê-lo por perto, então não me obriguei a viver esse estresse.
Iracema tomou a frente dessa parte, sendo a responsável por levar Dominique em todos os eventos que Cadu o convidou, assim como ficar de olho para garantir que o traste não fizesse nada de errado com o menino.
A situação era quase insuportável, mas eu me apegava ao fato de que logo tudo passaria, que tudo é apenas questão de tempo.
Por aqui já é finalzinho de tarde, mas no Brasil é bem o horário de almoço de Alexandre no Centro Cultural, também o momento em que ele sempre nos liga para conversar com Aurora, já que a noite ela sempre está dormindo.
O fuso horário de 5 horas de diferença acaba atrapalhando um pouco a nossa comunicação, e tem me deixado mais estressada do que qualquer coisa. Como se já não bastasse ter que passar um mês longe dele, ainda tinha que me contentar com ligações rápidas pelo telefone.
— Que foi que tu tá com esse bico, filha? — me aproximei da bebê, que formava um biquinho fofo no rosto, indicando que talvez fosse iniciar um chororô sem fim. — Ai que coisa feia ficar chorando desse jeito, meu amor.
Desde que Aurora chegou, minha voz nunca mais voltou a ser a mesma de antes. Era impossível conversar com aquela criança sem fazer essas vozinhas fofas que ela ama, até mesmo Dominique tem sido contemplado com esse meu novo traço de personalidade.
E é claro que ele odeia.
— Ih, alá. Teu pai tá ligando pra gente. — fui correndo até o sofá, pegando o meu telefone que estava recebendo uma chamada de Alexandre.
Os nossos dias tem sido assim, conversando enquanto assistimos ele almoçar e contando um pouco como está a vida por aqui.
— Oi, amor. Como você tá?
Sua aparência parecia bem cansada, os cabelos desgrenhados do jeito que eu sabia que ele mesmo bagunçava quando ficava estressado com alguma coisa. O lado bom de conhecer alguém por toda a vida é que ele não precisava nem abrir a boca para que eu soubesse tudo que vinha acontecendo por lá.
