vou nem falar nada aqui, pq vcs só me atacam kkkkkkkkkkk
boa leitura gatinhas <3
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Giovanna
— Como você quer que eu confie em você depois de tudo que eu descobri hoje?
— Não sei, Alexandre.
E eu realmente não sabia, aliás, não fazia ideia de como as coisas seriam entre nós dois dali em diante, se é que haveria algo entre nós dois além de termos conhecidos no mesmo ciclo de convívio.
O bom de ser uma mulher realista é que na minha cabeça, nunca existiu a possibilidade de Alexandre entender o meu lado da história. Eu sempre soube que quando ele descobrisse tudo, ficaria chateado ao ponto de não me querer nem pintada de ouro por perto.
Mas nossa conexão é tão coisa de outro mundo, que mesmo tentando me afastar nós ainda estamos aqui, sentados em uma praia debaixo da chuva juntos. E sinceramente? Não queria estar em nenhum outro lugar.
— Eu quero te contar tudo que aconteceu, quero de verdade. Mas eu ainda não tô pronta pra revisitar algumas situações que nem mesmo minha família sabe. — desabafei sem ter coragem de olhar em sua direção, fraca demais pra enfrentar aqueles olhos que sempre me tiveram na palma da mão. — Vou entender totalmente se você não quiser esperar, se quiser realmente ir em frente com essa ideia de DNA. Mas eu te juro, Alexandre... Por tudo que a gente viveu junto, que eu não teria coragem de mentir uma coisa dessas pra você.
— Por que você não me contou, Giovanna? Por que não me mandou uma mísera mensagem?
Alexandre já estava mais calmo, menos rude e prestava atenção atentamente em cada reação minha. Abaixei meu olhar pro chão, achando qualquer coisa mais interessante do que olhar pra ele.
Sou fraca demais pra isso.
— Quando eu te contar... — respirei fundo, apertando meus dedos com minha própria mão. — Você vai entender.
Continuei em silêncio com o olhar vidrado na areia, como se fosse a coisa mais interessante do universo. Mas era melhor do que ter que enxergar a mágoa no olhar do único homem que eu não poderia ter magoado.
— Olha pra mim, Gio. — ele segurou meu queixo com o dedo indicador, levantando meu rosto até o dele. Olho no olho. — Você tá me deixando preocupado com você.
Pela primeira vez naquele dia o meu coração se preencheu de um sentimento que eu sequer conseguia ter noção da dimensão, da intensidade. Mas era algo muito parecido com esperança, uma esperança de que talvez fosse possível ajeitar a bagunça que eu deixei.
— Alguém fez alguma coisa com você? Te machucaram? — aquele olhar dele em mim era tão forte, tão presente que eu sequer conseguia desviar, completamente presa nele e ele em mim.
