Esse capítulo é TOTALMENTE dedicado a minha deusa, maravilhosa, mamãe mais linda do mundo!!! Carol, obrigada por ter emprestado sua filha rsrsrs amo você e amo a tonton DEMAISSSSS! Espero que você goste <3
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Alexandre
Eu devia estar mais desesperado do que a própria mãe que está prestes a parir a criança, de tanto nervoso, desespero e sentimentos que eu ainda não consigo assimilar nesse instante.
Minha filha está prestes a nascer enquanto a minha mulher passa mal de tanta dor, tudo isso após nós sairmos correndo da audiência de guarda do nosso outro filho.
Dá pra assimilar tudo isso de uma vez?
— Você é o pai? — uma enfermeira apareceu na minha frente, me tirando dos meus devaneios.
Eu já deveria estar acostumado à essa altura do campeonato, de que as coisas entre nós dois nunca seriam mamão com açúcar. Tudo é sempre um caos completo.
Mas eu gosto.
— Sim, sou o marido da Giovanna. — me apresentei ainda meio perdido, querendo saber pra onde tinham levado ela.
Queria tê-la em minhas mãos pra ter certeza que está tudo bem, queria a confiança dos médicos em me dizer que aquela dor toda que ela estava sentindo era normal.
Pra mim, nada daquilo é normal. Mas eu não sou médico, não sou parâmetro pra nada.
— Essa é a sua roupa cirúrgica, você pode usar a última sala do corredor pra se vestir. Assim que terminar, eu vou te levar para a sala onde irá ocorrer a cesária da sua esposa.
Saí dali o mais rápido possível, querendo adiantar ainda mais os próximos procedimentos só pra poder ficar com o coração em paz.
Deveria ser pecado tirar o marido de perto da esposa e da filha prestes a nascer, porque já já eu é que vou parar na UTI com um infarto fulminante.
— Vou te levar até a sala, senhor Alexandre. — ela foi simpática, enquanto eu devia estar parecendo um robô, paralisado.
Só ia seguindo-a pelos corredores sem assimilar por onde andávamos, minha cabeça parecia ter saído dos eixos de tanta preocupação. Tinha certeza que só me acalmaria quando ela estivesse sob meu olhar cuidadoso, sabendo que tudo está realmente bem.
— Você já está liberado pra entrar, senhor. Só seguir as orientações dos enfermeiros e médicos lá dentro e aproveitar o momento.
Acenei positivamente, já sentindo meu coração acelerar no peito.
Quando meus olhos encontraram os olhinhos fracos dela, mas ainda abertos, me senti aliviar completamente. Giovanna tentou sorrir pra mim, porém seus lábios apenas se mexiam levemente.
Nunca tinha a visto tão cansada... Será que com Dominique foi assim também?
Não gosto nem de pensar em tudo que ela passou sozinha, tudo que teve que lidar e todas as dores que sofreu sem um ombro amigo, sem o apoio da família.
