15. sob suas digitais é impossível calar.

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Boa leitura! <3

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Giovanna

Não existe situação pior para uma pessoa ligada na tomada do que ter que ficar de repouso por vários e vários dias seguidos, sem poder sequer fazer minhas coisas sozinha. Tudo tinha que ser acompanhado por alguém, cuidado por alguém.

Já estava começando a me estressar com todo esse cuidado e atenção, principalmente em relação a Alexandre que não saía do meu pé instante algum, mas se recusava a fazer minhas vontades de verdade.

Tudo ele diz que não pode, que é muito esforço, que isso ou aquilo. Só sei revirar meus olhos cada vez que ele me impede de fazer algo que eu realmente estou com vontade.

Outra coisa que tem me tirado a paz é que a minha lidido aumentou gritantemente por conta da gravidez, me deixando em um estado precário. Ainda mais quando o meu — sei lá eu o quê— não aceita quebrar nenhuma regrinha pra me dar um alívio mínimo que fosse.

Mas hoje eu tinha me auto desafiado a conseguir o que eu queria, nem que fosse para deixá-lo maluco.

Estávamos só nós dois no apartamento de Alexandre, já que era o dia de Dominique dormir na casa dos tios babões, que queriam aproveitar cada segundo agora que tinham o menino de volta ao Rio. Tainá estava há alguns dias no apartamento que Cadu havia alugado na cidade, tentando convencê-lo de que aquela ideia era maluca demais pra ser real, que o filho deveria continuar com a mãe como tem de ser.

E eu esperava que ela fosse capaz de converter a cabeça dele, mesmo achando quase impossível.

— Vamos assistir um filminho na sala? — pedi manhosa, assistindo com muita atenção enquanto Alexandre saía do banheiro após tomar banho, cheio de gotículas de água escorrendo pelo seu corpo.

Olha... Tem hora que realmente é difícil me segurar.

— Vamos, amor. Deixa eu só ver se a nosso jantar já tá chegando. — respondeu, pegando o seu celular pra verificar o pedido. — Ih, acabou de chegar. Vou lá pegar rapidinho.

Alexandre calçou os chinelos, ameaçando sair pela porta do jeito que estava. Um abuso!

— Vai assim? Sem roupa? — não aguentei segurar a língua.

Injustiça demais que mais alguém pudesse observar aquele corpo, ainda mais enquanto eu sequer posso tê-lo da forma que eu quero, matando a minha vontade e o meu desejo.

— Só vou pegar a comida e já volto. — veio até mim, me dando um selinho rápido e saindo pela porta.

Nem sequer notou o bico emburrado que tinha nascido em meus lábios com a sua atitude, que tinha sido capaz de me deixar ainda mais irritada. Essa falta de sexo está me tirando a sanidade, a paz, a força de vontade para viver.

E Alexandre não consegue entender que é uma necessidade real do meu corpo, ele sempre diz que logo passa, que temos que cuidar do nosso bebê e manter o repouso até que minha médica me libere.

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