17. somos o que há de melhor.

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Giovanna

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Giovanna

30 dias passam rápido demais, principalmente quando a gente torce para que demore tempo o suficiente para que possamos aprender a lidar com certas situações.

Mas a verdade é que nem sempre nosso corpo e nossa mente estão prontos pra lidar com tudo, independente de quanto tempo passe.

Hoje é o dia da tão esperada audiência de conciliação, e eu já vinha me preparando psicologicamente pra lidar com isso da melhor forma possível. Por mim, por Dominique e pela minha filhotinha que cresce a cada dia dentro de mim.

Estar tendo o apoio de toda a minha família, deixa tudo um pouco mais fácil de lidar do que se eu estivesse só. Principalmente quando eu tenho o homem mais atencioso do mundo que não desgruda de mim nem por um segundo, ficando a tiracolo pra qualquer passo que eu dou.

Uma grávida comum se irritaria com esse cuidado excessivo e essa marcação direta que Alexandre vem fazendo, mas vale lembrar que eu passei toda uma gravidez sozinha e solitária, e o que eu mais queria na época era alguém pra cuidar de mim.

E agora que eu tenho, me deixo aproveitar dos luxos de se ter o melhor namorado do mundo.

— Filhote, você promete que vai se comportar direitinho? — abaixei na direção da criança que está sentada no sofá mexendo no vídeo-game.

Dominique ficaria em casa junto de Tainá, enquanto Alexandre e eu vamos para a audiência. Essa é a primeira vez que minha amiga volta pra casa depois de tudo, e eu ainda não tinha tido coragem de dizer que queria ir morar com o pai da minha filha.

Mas como dizem, um passo de cada vez.

— Já prometi, mãe. A tia Tainá deixou eu ficar no vídeo-game. — resmungou todo irritadinho por eu estar atrapalhando seu jogo.

Meu coração se apertou ao pensar na mera possibilidade de ter que viver a minha vida, construir uma família com o homem que eu amo, sem ter ele do meu lado todos os dias.

Só uma mãe vai conseguir entender a angústia que cresce no meu peito só com essa possibilidade, quem dirá se um dia se tornar real.

Nós decidimos que a melhor coisa a ser feita é manter essa situação escondida de Dom até que essa primeira audiência passasse, para caso Cadu tomasse jeito e decidisse por deixar a guarda comigo. Assim, não precisaríamos estressar a criança com um assunto que só o deixaria desgastado.

Se tudo caminhar para uma briga na justiça pela sua guarda, aí sim não conseguiremos mantê-lo isento dessa história.

— Mais tarde quando a gente voltar, eu jogo uma partida de futebol com você se você, se comportar. — ouvi a voz de Alexandre atrás de mim, passando a mão pelos fios loiros do menino e bagunçando-os.

— Oba! — Dom comemorou, trocando o soquinho que já tinha virado característico dos dois.

Fui até a cozinha enquanto os dois conversavam sobre o tal jogo, para poder me despedir de Tainá.

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