14

7.5K 547 78
                                    

D1…

A água cai na minha ferida fazendo arder, aperto os punhos tentando não gemer pelo suor que tava por cima e a guarda gelada que percorria.

Tô desacreditado, como porra eu transei com outro homem? Mas o cuzinho dele é tão apertado que quase me fez gozar quando coloquei.

Tenho que me afastar, esse bagulho não é pra mim, se a tropa ficar sabendo disso vai ficar feio pro meu lado.

Enrolo a toalha na cintura saindo do banheiro, entro no quadro dele que já tava com o lençol mudado e ele tava na janela fumando, olho bem pro Corpo nu dele que não dava tesão nenhum.

Como porra transei com ele?

Ele virá com o cigarro na boca e o pau balançando no meio das pernas, Engulo a saliva desviando meu olhar de lá.

Filipe: pega essas roupas que tá aí na cama, acho que você tem que ir, seu radinho não parava então respondi por você, metralha tá vindo aí.  -Ele enrola a toalha na cintura se aproximando.- peguei uma blusa de gola alta por causa do seu pescoço. -Apontou e eu olho pro pescoço dele que tava todo marcado.-

‐ esquece esse bagulho que rolou aqui. -Peguei a bermuda e ele arqueou a sobrancelha, coloco a bermuda e pego a camisa.- esse…esse negócio foi um erro e curiosidade, então não vai repetir e nem fique de marcação pra cima. -Ele cruzou os braços dando um sorriso debochado.-

Filipe: ahh, agora foi erro? Na hora que você tava me fodendo não parecia nem um pouco, acordou pra realidade e lembrou que você não gosta de comer “homem”! 

‐ só esquece esse caralho! Eu não sou viado pra gostar disso, acha que ia acontecer o que? Não quer dizer que eu te comi hoje que nois ia ter algo, foi um erro e eu não curto essa parada!

Filipe: em qual momento eu falei que íamos ter algo? -Riu colocando a mão na testa.- ahh d1, não fode porra! Eu só queria transar com você, tirar a vontade que tava dando, já transei e agora rala, não é isso que você faz com as minas que tu come? Pós faz igual elas agora, pega teu fuzil, e some! Viado? Você é tão idiota que não enxerga, quem tava gemendo no meu ouvido e me comendo? Então não fode, porra!

‐ vai se foder mano, só te comi pq vc tem buraco, ou não acha que eu tava com nojo te comendo? Quem porra gosta de comer outro homem? -Falei alto apontando o dedo na cara dele que baixou a cabeça com os punhos apertando.-

Ele levantou o rosto me encarando com raiva, em um movimento rápido ele puxou meu braço que tava machucado me jogando na cama, gemo de dor e ele sentou em cima de mim colocando o dedo no machucado que começou a sangrar mais ainda.

‐ tá doendo! -Dei um murro de mão fechada no meio do peito dele que abriu a boca inclinando o corpo pra frente, ele mordeu o lábio desferindo um murro na minha cara.-

Filipe: minha vontade é de te comer bem forte pra você aprender a nunca me insultar assim, você ia pedir perdão e iria implorar pra eu parar de comer esse teu cuzinho que nunca recebeu algo. -Ele enfiou mais o dedo no corte inclinando o corpo.- só não faço isso pq não sou abusador por fazer algo sem consentimento de alguém.

Ele saiu de cima enquanto a ferida saia sangue, ele me olhou com raiva e desprezo saindo do quarto, sento na cama querendo chorar por causa da ferida que esse filho da puta só arrombou mais.

Saio do quarto com o braço pingando, pego meu fuzil e o meu radinho colocando no lado que não tava machucado, abro a porta e saiu o fechando e logo vejo o metralha vindo com o louro que olhava pros lados desconfiado.

Sento na calçada respirando fundo, o que ele tem calmo tem de bravo junto.

Metralha: caralho irmão, bagulho tá sério em? Tá cheio de sangue.- Levanto colocando a camisa no ombro que tava machucado.- bora pro postinho, esse bagulho tá feio. ‐ claro, uma pessoa piorou mais.-

Ele sai na frente olhando os becos fazendo eu ficar do lado do louro que estava calado mas parou no canto me olhando.

Louro: pq tá pior? Vi muito bem quando pegou a bala, sem caô nenhum. -Fico calado ele aponta o dedo pro meu pescoço.- e esse chupão aí? Tava comendo alguém enquanto tá com a ferida aberta? Quem tu pegou? Não diga que é a mãe do filipe, não quero b.o no meu morro depois, aquele ali é cabeça quente.

‐ sei muito bem…tô comendo ninguém não, coé patrão! -Ele semicerrou os olhos mas logo voltou a andar.-

Louro: Tomara que não seja o que eu tô pensando. -Ajeitou o fuzil nas costas colocando o chapéu pra trás, Engulo seco seguindo ele.-

O fruto proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora