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1 mês se passou, um mês cheio de renovação, voltei a trabalhar na oficina, o chefe lá pediu pra eu voltar, tava até ficando agoniado em casa.

E o Diego que eu já tô pegando ar, cara tá usando pra cacete, não falei nada e só tô observando o proceder dele, mas tô ficando de saco cheio disso.

Bateu o horário pra ir, fui logo pra casa morto de forma, parei na praça vendo o metralha em pé.

– fazendo o que seu fedido?- Ele me olhou dando um sorriso. -

Metralha: falando com a tua mãe, mulher bateu neurose, dizendo que eu tô pegando novinha. -Guardou o celular no bolso. - mulher surtada.

– viu nada…cadê Diego? -Ele apontou pras uma caras que tava sentando perto.- usando?

Metralha: pow, ele tava de boa, mas acho que fumou antes que eu cheguei. -Balancei a cabeça e tirei o celular do bolso, liguei pra ele que atendeu.- 

‐tô onde o metralha tá, vem cá.

Ele só falou um “tô indo” e desligou, fiquei falando com o Maicon quando ele apareceu do lado com um volume na cintura, metralha saio dando tchau.

D1: chegou agora? -concordei desligando a moto, fico sério de braço cruzado.- o que eu fiz agora?

– tava usando? -Ele fez não com a mão me fazendo ri, mente que nem sente esse filho da puta.- tá ligado que eu sei né, não fica mentindo na minha cara não.

D1: Fumei, mas parei. -Ficou mais perto da moto se escorando nela.- tá puto?

‐ não tô gostando disso, tá ligado? -Olhei pras crianças brincando.- tu devia dar umas paradas, tô começando achar que tu é viciado, usando pra caralho, eu não gosto disso.

D1: nem tô usando muito vida.

– não tá d1? Porra, quero ver um dia que tu não ta com os olho vermelho, não importa a hora, tu só fica assim agora! Antes tu não era assim, vício do nada?

D1: porra, para que eu tô normal, sempre usei do meu jeito, mas se isso tá incomodando tu, manda a bomba que eu paro. -Cruzou os braços. -

– então dá uma tranquilizada aí, para de usar essas porra todo dia mano, tô ficando puto com isso já. E quando tiver baile, não ficar usando pra cacete.

D1: mordeu falar? Não. Manda o papo antes, tu nunca falou que isso incomodava. -Falou bolado.-

– então pare, não tô gostando disso. 

D1: tá…oia, tenho que falar um bagulho pra tu. -Coçou a ponta do nariz olhando pro chão.- depois eu falo. Bora descer pra praia amanhã? Louro liberou, amanhã vai tá chuchu.

– trabalho amanhã, esqueceu? -Ele estalou a língua virando o rosto.- deixa pra sábado, nos vai.

D1: beleza, passa lá em cada mais tarde, bater um papo entendeu? É um bagulho que eu não sei se tu vai gostar. -Semicerro os olhos já não gostando.- tu não foi corno, vou logo dizendo.

- só você dizendo isso eu já começo achar que eu sou. -Ele negou rapidamente. -

D1: nem sou doido, vai pra casa que umas oito tu brota lá em casa.

Liguei a moto de volta e ele me olhou nervoso, não tô gostando disso.

[...]

Bati no portão mexendo no celular, já era oito e vinte três, tô agoniado pra saber o que é. 

Ele abriu o portão todo cheiroso e me olhou puxando minha mão, só deixo ele me levar pra sala que me senta no sofá colocando a cadeira na minha frente.

O fruto proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora