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D1

doeu quando ele disse que tudo acabou, fiquei puto não posso negar, minha vontade era de dar uma pisa nele pra parar com essa merda, mas só fui embora de cabeça baixa.

Desde aquele dia nós não vimos um ao outro, até sem vontade eu tô de sair, ontem foi sábado e teve baile, não fui ficando em casa largado memo.

Hoje vai ter um pagode e eu só vou pra refrescar a mente um pouco, coloquei uma roupa simples e fui.

Chegando lá já tava os mano tudinho com as mulheres, sentei perto do pequeno e do leto que conversava, louro tava na minha frente e do lado dele o metralha.

Letô: saiu da toca, pensei que tinha morrido. -Riu fumando um baseado.-

Lec: esse daí tá sumido mermo em, tá privado dos parceiros.

– tô nada, só de boa em casa. -Coloquei cerveja no copo e dei um gole generoso.- essa tá boa!

Louro: Bom vai ficar é o seu coração. -Olhou pro celular, o encaro sem entender e volto a beber.-

O pagode Tava gostosinho, esse calor tava foda então uma braza geladinha ficou legal.

Olhei pra uma mina dançando com outra mina enquanto colocava a mão no coração chorando.

Alá, essa daí tá sofrendo. Por incrível que pareça os caras tava se saindo, provavelmente já estavam caçando alguém pra comer.

esses pagode ta pegando no coração em, é cada que parece que é indireta Pro cara.

Lec: bora cheira um ali. -Tocou no meu braço, levanto e mais três levantou também.-

Nos ficou de canto e ele fez uns carreirinhas, cherei umas duas sentido que era as novas, essa porra é mais forte! Tirei um Beck do bolso e o acendo, volto pra mesa e fico fumando tomando a minha gelada.

[...]

Papo reto, hoje os pagodes não tão pra brincadeira, tô sentindo no coração as músicas, o vagabundo aqui tá sentindo hoje.

Doeu
Como eu nunca pensei
De chorar por amor
Chorei…
Quantas vezes sozinho
Seu nome no quarto eu gritei?
E não está sendo fácil
A dura missão
De tentar te esquecer
Te esquecer…

Inclinei meu corpo pra frente colocando a mão no rosto, escutei os caras tudo resenhado da minha cara falando que eu tava chorando.

Pepo: essa tá calejada! -Riu batendo na mesa.-

Jumbo: tá tanto que tu chorou escutando ela. -Os dois começou a discutir.-

A música tá pegando pesado com o coração aqui.

Não sei
Onde foi que eu errei
Mas se um dia eu errei
Diz que eu quero acertar
Volta logo pra mim
Porque o meu coração
Tá querendo parar
Eu te quero pra sempre
E jamais vou deixar
De te amar
De te amar…

Foi a facada no meu peito, saio porra de lágrimas do meus olhos fazendo os caras ficar tudo gritando, senti braços e os caras mandando eu parar de chorar.

Louro: agora ele chora de vez. -Falou olhando pra trás de mim e logo escutei a voz da pessoa que fez eu chorar no meio desse povo.-

Olhei pra trás e vi ele vindo com as minas e a ruiva, pra minha surpresa ele tava diferente, cabelo baixinho mermo, todo preto, o cavanhaque do mesmo jeito, preto. Até tinha uma nova tatuagem no outro braço dele.

Metralha levantou e saiu da mesa, filipe parou na mesa falando com os caras, a ruiva segurou na mão dele fazendo eu ficar de cara feia na hora.

Lec: senta aí, os caras tão tudo aqui. -Ele olhou meio assim mas balançou a cabeça.-

Engulo seco baixando a cabeça, não quero que ele me veja com nessa situação, sorte que meu olho tá vermelho pro causa da maconha.

Layane: eu não vou demorar muito, amarro tenho que sair cedo.

Louro: onde? -Ela falou no ouvido dele.-

rafaela: aqui tá babado em, hoje tão botando pros corno chorar. -Bruna riu batendo na cabeça dela.-

Filipe:  vai querer algo? -Falou pra ruiva que negou, gostoso pra caralho esse bicho, tô comendo a sentir ciúmes por essa ruiva tá tão próxima.- volto já.

Ele saiu e entrou no bar, levanto e entro no bar também, fico um pouco afastado e ele pede uma carteira de cigarro.

Filipe: disfarça essa cara sua, não quero deixá-la desconfortável agora que ela sabe que vocês são traficantes. -Falou sério sem me olhar, não sei se é tá pegando ela, mas nem faz uma semana que ele terminou comigo, ele tem que seguir a regra dos três meses.-

– o que posso fazer, se ela tá próximo da pessoa que até cinco dias atrás era meu? Era não, ainda é. -Ele negou trincando o maxilar.- só no seu mundo você terminou comigo, espero muito que você não esteja pegando ela, lá no topo ia ficar maneiro com uma fogueira na madrugada.

Filipe: não começa, Vou seguir a regra dos três meses, passou disso, não quero tu de blabla igual agora! -Falou sem me olhar.-  tô querendo ficar de boa, não faça eu ficar com raiva da sua cara.

– claro, fique de boa, mas saiba que eu tô na tua reta.

Sair do bar, não era isso que eu ia falar, mas meu instinto falou primeiro, desse jeito só vou fazer ele ficar mais longe.

O fruto proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora