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2 semanas depois…

Porra, quando ele disse que eu ia tá na mira dele, não levei muito a sério. O filho ds puta tá sempre me observando onde tô, se eu tô na quadra ele tá, nos baile sinto ele me observando de longe, quando saio pra trabalhar de manhã quando passo pela pensão ele já tá lá com alguns caras.

Maluco de hospício, tô nem querendo sair de casa achando que ele vai ficar perseguindo.

Ligo meu videogame sentando no sofá, olho pra minha mãe que tava colocando um salto maior que sei lá o que.

‐ vai pra onde mãe? -Selecionei os jogadores e ela passa olhando o celular. -

Fátima: sair, tem comida feita, suco na porta da geladeira e café na cafeteira. Não durma no sofá com o videogame ligado e se for fumar, abre as janelas pelo cheiro, feche a porta quando for dormir.

– disso eu sei, não sou pivete. -Começo a jogar, ela abre a porta e o som de buzina chama minha atenção pausando o jogo.- Digo é nada dona Fátima, quem o cara, em?

Fátima: segredo filipe, não é o momento. Tchau meu filho, não traga nenhuma mulher! -Fechou a porta.-

‐ como se eu quisesse transar. -Despauso o jogo começando a jogar.-

Esses dias estão tão tranquilos que eu tô até estranhando, dia de sexta eu dentro de casa enquanto minha mãe tá saindo pro mundo, a mulher tá saindo mais que eu.

Acendo um cigarro jogando e logo meu celular toca, ignoro e continuando a jogar, meu celular continua tocando tirando minha paciência.

–––
– alô! -Atende tirando o cigarro da boca.-

Xx: oi, filipe né? Tu é amigo do d1? -Tiro o telefone do meu ouvido olhando pro número desconhecido.-

‐ sou filipe, mas não amigo dele.

Xx: ainda bem, porra irmão, já liguei um monte de vez e era número errado, o bicho  tá chapado e ele só deu o teu número dizendo que tu é amigo dele.

– Felizmente eu não sou, mas posso falar um número que é do amigo dele.

Xx: sério? Vai ajudar. -Falo o número do metralha.- valeu!

‐ ainda.

Desligo jogando o celular no sofá, volto a jogar e logo meu celular volta a tocar.

––
Xx: ihh irmão, liguei pra esse número aí, o cara me esculhambou mano, qual foi, até de pau no cu ele chamou. -Não aguento começando a rir.- sabe onde ele mora? Posso deixar ele em casa, tenho que ir pra casa se não a mulher mata eu.

‐ eita, pior que eu sei mais ou menos.

Xx: vish, pode fazer esse favor então? Leva ele casa, nós tá aqui no vidigal, bem no começo mermo.

– queria até ajudar, mas eu não falo com ele, sacou?

Xx: fez esse favor irmão, hoje é aniversário da minha filha e eu tô aqui essas horas, mulher já ligou puta pq eu não cheguei pra bater os parabéns.

‐ Olha, tô nem querendo, mas só vou fazer isso pq tô ligado de como é completar ano e o pai não tá do lado.

Xx: valeu irmão, tô aqui esperando.

Desligo pensando se vou mesmo, nem quero nem ver a cara do d1, mas o cara tava falando tão desesperado que deu pena.

Levanto desligando a televisão e pego a minha camisa que estava no sofá, coloco meu celular na cintura botando a camisa e coloco o cigarro na boca procurando a chave da minha moto.

O fruto proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora