10

8K 585 52
                                    

D1

Encaro o metralha que tava do meu lado com o celular no ouvido, tô ligado que ele tá falando com o Filipe já que ele atendeu todo sorridente.

Cá tava nos de plantão na boca já que o patrão tava fazendo uns bagulhos lá dentro.

Metralha: to ligado, eu sei que viela é essa… agora? Tô de plantão…o louro vai adorar o pacote? Como assim?...explica direito porra! -Fico sem entender porra nenhuma.- tá, vou lá…é só pegar e deixar ele aqui até você chegar?... tá, tô indo e tu vem logo.

Ele desligou e eu olhei pra ele com a cara confusa, ele coloca o fuzil versado nas e me olha.

Metralha: olha, fica de olho aqui que eu já colo, filipe mandou um papo que tem um bagulho que vai deixar o chefe puto! -Ele falou rápido e eu só balancei a cabeça, vejo ele andar rápido e eu foco nos becos.-

Demorou uns 30 minutos e ele voltou puxando um cara pela pernas, tendi nada só que o cara tava acabado com a cara toda suja de sangue e suponho que o nariz é o braço dele tinha quebrado pelo jeito que tava.

Metralha: porra pesado, tive que chamar um mano pra trazer comigo.

‐ porra é essa? -Ergo uma sobrancelha ficando agachado do lado do corpo.-

Metralha: não sei, cheguei no beco que o filipe mandou e esse bicho tá a lá, de quebra com o pau pra fora! -Falou eufórico, logo uma silhueta aparece com algumas manchas de sangue, punhos com sangue seco e sem camisa.-

Filipe: alguém chama o chefe de vocês lá, é assunto delicado que se trata dele também. -Me levanto ficando perto dele analisando ele, o metralha sai indo chamar o louro e eu toco no rosto dele que parecia bravo e com uma sujeira de sangue.- que foi? -Perguntou sério com uma voz no entanto grossa que ele nunca tinha falado comigo -

Escuto a voz do louro logo atrás e eu saio de perto dele, o louro fica na nossa frente com o braço cruzado sem expressão alguma olhando pro corpo do doido no chão.

Louro: que porra é essa?- Apontou pro corpo e o filipe tomou um passo na frente fazendo o louro olhar pra ele.-

Filipe: isso é que deveria perguntar, o senhor devia ter mais atividade nas vielas perto da boca 5. Esse…nojento do caralho acabou de estrupar uma pessoa lá! -Falou grossa e o louro continuou na postura sem expressão.- não só estuprou como agrediu ela que perdeu o bebê! -Falou firme e eu o Encaro supresso, por isso a raiva e o sangue.-

Louro: aí tu pegou e espancou ele, deixando ele nesse estado? -Se agachou do lado do corpo fazendo careta.- vamos dar uma boa lição pra ele, na minha favela não tem isso de estrupo! Pode botar ele na salinha e depois no micro-ondas!

O filipe ficou tenso ao meu lado querendo falar algo a mais.

Louro: só pra saber mermo, qual foi a mina que ele fez isso? Pra dar uma assistência. -Vejo o filipe engolir seco.-

Filipe: é nessa parte que você se envolve. -Vejo o louro o encarar confuso e se aproxima dele ficando cara a cara, o filipe olha pros lugar, mas logo abre a boca.- a pessoa que ele fez isso…eu só vou falar pq ela me autorizou a falar isso para você, e quer que você na vá atrás dela dando o espaço pra ela quando você souber.

Lorou: fala logo, porra! Deixa de demorar! -Pegou no ombro desnudo do filipe fazendo eu encarar a mão dele.-

Filipe: A pessoa que ele, com quem ele fez isso, foi a layane. -Vejo a cara do louro mudar de água pro vinho.- ela tava grávida de 1 mês de tu, mas teve um aborto espontâneo por causa da agressão, estrupo e o medo. -Vejo o louro ergue o corpo pra frente com o rosto totalmente sem expressão, ele olha pra cara do filipe de novo apertando a bochecha dele.-

Louro: eu vou torturar esse filho da puta, dos pés a cabeça, diga a ela que eu nunca vou deixar ela nesse momento sozinha, não depois que perdemos um filho! -Falou firme com os olhos lacrimejando.-  chama os mulekes d1, manda levar esse arrombado pra salinha que ele mexeu com a minha mulher.

Balanço a cabeça e falo no radinho pra alguns caras vir pegar o cara é levar pra salinha.

Louro: onde ela tá? -Perguntou baixo e o Filipe falou tão baixo que eu nem escutei, o louro sai colocando a camisa e nem olha nós, mas o metralha vai atrás.-

Logo os caras vem e sai com o corpo, olho eles sai pelo beco e me viro pro Filipe que tinha a expressão sem brilho algum, ele tava totalmente apagado.

‐ bora, eu te dou uma carona. -Ele não fala nada mas me segui, vejo a moto dele afastada mas não falo nada, entro no meu carro e logo ele entra encostando a cabeça na janela.-

Chegamos bem rápido na casa dele, viro pra ele que estava com a postura reta.

‐ acho melhor você entrar e tomar um… -paro de falar quando ele simplesmente pega no pescoço com tudo colocado as nossas bocas, fico estético no lugar tentando entender a situação, mas quando eu caio na real eu empurro ele com tudo levantando o punho pra dar um murro.

Filipe: pode dar, desculpa  eu não devia ter feito isso…eu só quero tirar essa notícia da minha cabeça que tá me matando, foi muito coisa pra só um dia. -Suspirou com a voz baixa e rouca, aos pouco ele vai voltando a me olhar, ele levanta o braço mas eu recuo para trás pegando o meu fuzil.- deixa eu fazer isso pela última vez, eu não vou fazer isso mais, e nem vou querer ficar com você, só quero experimentá-lo uma única vez.

Fico parado no lugar vendo ele se aproxima, eu não sou viado, pq eu tô deixando essa porra acontecer? Mas olhando pros olhos dele assim, com lágrimas e uma tristeza faz o meu coração disparar e acelerar, e eu nem posso culpar a porra da droga, eu tô limpo.

Sinto o nariz dele encostando no meu devagar fazendo um certo carinho, ele com os olhos fechados se aproxima dos meus lábios dando um selinho demorado, tento criar coragem para empurrar ele é da um murro bem grande na cara dele, sinto a mão dele no meu pescoço dando um aperto.

Me afasto pra falar algo mas ele aproveita colocando a boca na minha de volta mas dessa vez enfia a língua dentro dela, arregalo os Olhos Tentando empurrá-lo  mas é perda de tempo já que esse filha ds puta criou força não sei da onde.

A mão dele vai subindo pegando na minha bochecha mantendo a minha boca aberta e eu olho pra ele apavorado, meu corpo estremece com a sensação de nojo, curiosidade, estranhamento pela aproximação de outro homem assim.

Empurro ele quando o sinto sugando a minha língua, a costas dele bate na porta fazendo assim, a cabeça dele bater na janela o fazendo grunhir de dor. Coloco a mão na boca limpando e ele me olha com um brilho meio apagado, ele vira e sai do carro andando com pressa para dentro de casa.

Me ajeito no pegar pesando no que porra tinha acontecendo, eu tinha acabado de deixar outro cara me beijar e pra piorar sinto a porra do meu pau duro feito pedra! Não! Eu não tô excitado por causa do beijo dele, eu tenho certeza, não sou viado pra ficar duro por causa dele!

Ponho a mão no meu pau que latejava querendo atenção e eu suspiro negando que eu não fique duro por causa de um beijo de outro homem, me nego aceitar.

O fruto proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora