O fruto proibido

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Filipe

Olho pra casa que eu morava, ou moro ainda. No sábado eu tive sorte em encontrar Yasmin, mina estava doida lá na praia com os amigos e acabei encontrando ela, dormi na casa dela e tudo.

Conversei com ela e pedi opinião, fiquei amigo até da Dona leusa, vó dela. No domingo à noite fui pra casa do Juliano e passei segunda e terça lá, hoje é quarta e eu voltei pro morro, cheguei na calada que é melhor.

Tô pensando em alugar uma casa fora do morro, Juliano disse que eu posso morar com ele, ele não é casado nem nada, não tem filho e mora sozinho. Mas eu não quero, posso até ficar uns dias lá.

Abro a porta vendo a casa silenciosa, provavelmente ela não tá em casa, vou direto pro meu quarto pegando a minha bolsa, ajeito minha bolsa pra trabalhar amanhã e vou tomar um banho.

Nem comi e fui direto pro trabalho.

[...]

Juliano: vai lá pra casa hoje? -Pergunto colocando a mochila nas costas, nego ligando minha moto, tô sem capacete nessa porra.- tá bom, qualquer coisa vai pra lá.

– beleza, tchau aí. -Ele deu tchau e foi embora, fui pra “casa” na maior tranquilidade, até pq a pessoa sem capacete é foda, tenho que comprar outro.-

passei por um bar e de longe percebi o d1 que olhou pra moto na hora, fiquei de cabeça erguida e só fui pra aquela casa.

Quando chegou as luzes estavam acessam, deixei a moto na calçada e desliguei tirando a chave da ignição, tirei a bota do pé e abri a porta vendo ela na sala, fiquei calado e entrei pegando a bota na mão, deixei no canto e passei pro meu quarto.

Tomei um banho e fiquei na cama, como de se esperar tinha um monte de mensagem do d1, ele já ligou mil vez, mandou mais de quarenta mensagens de domingo pra hoje, não respondi e nem vou.

Não tô sendo infantil, só que acho ele errado por tá nisso e acobertados essa safadeza toda, se eles tivessem chegando em mim antes, as coisas ia ser melhor e a briga ia ter sido evitado, ficar puto eu ia, mas ia aceitar

Levanto da cama e vou pra cozinha vendo o café já pronto, coloco a macarronada que ela fez no prato e abro a geladeira encontrando coca, coloco também e vou pra sala encontrando ela sentada no sofá, sento e começo a comer no silencioso.

Fátima: onde estava esse tempo todo? -Falou, continuei Calado comendo na tranquilidade.-

Meu celular tocou e logo o nome do Diego fica escrito na tela, sei que eu não devia fazer isso, mas sinto que a partir de hoje não iremos ter mais nada.

Termino de comer e vou pra quarto deitando na cama, mando uma mensagem pra ele o mandando vir pra minha casa.

Não demorou nem 10 minutos e ele entrou no meu quarto com uma cara de preocupado, sentou na Ponta da cama olhando pro meu rosto, sei na cama e olhei bem pra cara dele.

D1: Tá bem? E o seu braço? -No dia eu ralei ele todinho, mas tô de boa.-

– melhor o possível. -Ele balançou a cabeça, suspiro e começo a falar.- não chamei você aqui pra você me olhar, e sim pq quero terminar o que temo. Acho que é melhor assim, nenhum vai se machucar com as coisas que estão por vir.

D1: peraí, tá terminar comigo pelo fato que eu não contei o negócio da sua mãe?  -Fico calado.- qualé felipe, eu tenho culpa se eles não falarem pra você? Eu não tenho nada haver com eles pra falar dos bagulhos deles.

– você não tinha, mas se envolveu e ficou calado, ficou calado enquanto ouvia eu falar aquilo, ficou calado em de vez falar e mandar eu ficar na minha esperando eles falarem. Se você tivesse falado pra mim a verdade, eu ia ficar quieto até eles falarem, mas você preferiu ficar calado sabendo que esse b.o ia pra suas costas. Você se fez de cego e agora essa é a sua consequência, a partir de hoje não temos nada, fique de boa que raiva de você eu não tenho.

D1: porra, como eu ia saber cara? Tenho bola de cristal pra saber se rua reação ia ser boa? Mas querer terminar comigo por causa disso, na moral mermo. -Olhou pro chão.- eu não tenho culpa não, tô ligado que fui errado, mas terminar nosso negócio assim.

– tô fazendo o que acho certo, espero que entenda. -Falei sério, ele balançou a cabeça e se levantou.- espero que encontre uma pessoa melhor, e não faça a mesma burrice em esconder algo dela ou dele.

Ele ficou olhando pra minha cara e logo se virou fechando a porta com força