* Deixe-me ir *

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                               Arthur

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                               Arthur.                                                         

    Estaciono em frente a minha casa e entro.

- Cheguei, pai.

      Ele não me responde e percebo que ele está no trabalho ainda.

     Não sei quantas horas são, mas já é de madrugada, o que significa que ele provavelmente dobrou de novo e não volta para casa hoje.

     Ele anda trabalhando muito, mas ainda sim não consegue pagar os remédios da mamãe.

     Ela vem piorando, e tenho medo de acontecer como aconteceu com o meu avô, de que ela não resista.

     E tenho medo de que essa doença de família chegue até mim também.


     Tiro os meus tênis e vou até a cozinha beber um copo d'água antes de ir vê-la.


    O meu pai já não me bate mais. Depois que a mamãe piorou, ele parou de beber, e consequentemente, parou de me bater também. 

  Sinto uma vergonha tremenda de lembrar que Esther viu essas cicatrizes.

    Bato na porta antes de entrar.

    Mamãe está com uma aparência terrível, está pálida, cansada e já deve estar cozinhando em cima da cama.


     Como eu tenho que estudar e o meu pai trabalha boa parte do dia, vindo em casa apenas para alimentar a mamãe e dormir, a única solução que achamos foi fazê-la usar fraudas, já que ela não tem mais forças para se cuidar sozinha.

- Posso entrar? - Pergunto com o sorriso mais natural que consigo, sem muito sucesso.

    Ela afirma com a cabeça.

    Eu me sento do lado dela.

- O pai já lhe deu o jantar? Ele não volta hoje?

     Ela aponta para o guarda-roupa.

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