Capítulo 12

2.2K 248 48
                                    

Seattle, Washington
2005

Gratidão, apreço, agradecimento. Não importa a palavra que a gente use, significa a mesma coisa: felicidade.

Esperam que sejamos felizes e gratos a família, aos amigos, que sejamos felizes por estarmos vivos.

Mas existem aqueles dias, que não queremos ser grátis a nada.

Apenas...viver.

— Onde pensam que vão? — Izie perguntou  parando atrás de Alina e Meredith que  tentavam escapar de fininho do jantar que Izie queria preparar.

— Abrir a porta. — Alina disse quando a campanhinha tocou.

— Estão indo pro hospital? Era pra todo mundo estar na cozinha as nove pra me ajudar a preparar o jantar. É ação de graças, jantar em família. — Izie disse, agarrando o livro de culinária.

— Não tô no clima Izie. — Meredith disse, a campanhinha soou mais uma vez.

— E você? — Izie disse indicando Alina.

— Saudade dos meus pais. — Alina disse, encolhendo os ombros.

— A porta. — Meredith indicou a porta quando a campanhinha tocou mais uma vez.

— O Joejoe mora aqui? — um homem idoso acompanhado de dois homens mais novos perguntou quando Meredith abriu a porta.

— Joejoe? — Meredith perguntou franzindo as sobrancelhas.

— O'malley. Cadê ele? Tá lá em cima? — o homem mais velho perguntou.

— O George? Tá. — Alina disse apontando o segundo andar.

— Eu chamo a polícia? — Izie perguntou ao ver os três homens correndo e gritando escada a cima.

Enquanto Izie e Alina olhavam para onde os homens correram, Meredith saiu de casa correndo.

Quando percebeu, Alina tentou correr também, e se livrar daquele jantar, mas Izie a puxou pela bolsa.

— Você não vai a lugar nenhum. Estamos de folga e eu preciso de ajuda. — Izie suplicou, segurando o braço da amiga. — Por favor Ali.

— Tá legal. — ela disse jogando a bolsa sobre o sofá. — Mas você sabe que eu não sei cozinhar.

— Não tem problema, só preciso que me ajude. — a Stevens sorriu soltando o braço de Alina.

George saiu pra caçar com o pai e os irmãos, Izie lia os livros de culinária enquanto Alina cortava os legumes.

— Tem certeza que sabe fazer isso? — Alina perguntou, parando de cortar os legumes, ela observava Izie lendo com as sobrancelhas franzidas. —Ainda dá tempo da gente pedir comida Izie.

— Não, nós vamos fazer. — a Stevens disse, virando-se pra amiga. — É pra ser um jantar em família, a gente tem que cozinhar.

— Tudo bem, vamos cozinhar então. — Alina sorriu, voltando a cortar as cenouras.

A campanhinha soou mais uma vez, as duas se olharam e foram em direção a porta.  Assim que Izie abriu, as duas puderam ver Cristina, que não estava com uma cara muito boa.

— Tá atrasada! Já são dez e meia. — Izie repreendeu ao abrir a porta.

— Eu acabei tendo que cortar os legumes sozinha. Ah, Dr Burke... — Alina disse, sorrindo de forma estranha.

— Que... que bom que veio. — Izie completou ao ver a amiga com um sorriso travado no rosto.

— Cristina... — Alina disse entre os dentes, segurando o braço da amiga enquanto Burke olhava pela sala.

Código Azul Onde histórias criam vida. Descubra agora