Capítulo 22

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Seattle, Washington
2006

Lealdade.
Para uns, só uma palavra. Para outros, sinal de amor e amizade, de querer o bem.
Mas, até onde você iria por lealdade?
Arriscaria sua própria vida? Sua carreira? Seu bem mais precioso?

Nesse momento, tudo que passava na cabeça de Alina, era se valia a pena tudo que ela estava sacrificando. O seu lugar naquele hospital, seu lugar como aprendiz de Derek, o respeito de seus superiores, a confiança em suas habilidades.

Mas ao olhar, o desespero e o vazio no olhar de Izie Stevens. Ela teve certeza de que aquilo era a coisa certa.

Enquanto eles estavam todos ali, diante do chefe de cirurgia para confessar seus crimes, Alina só conseguia pensar que era melhor pagar por aquilo com eles e por eles, do que jamais tê-los encontrado.

— Eu cortei os fios do DAV. — Izie disse.

— Fui eu quem cortou os fios.— Meredith continuou.

— Não, fui eu. — George segui, batendo em Cristina com o cotovelo quando ela não falou.

— Tá bom, eu cortei os fios. — a Yang disse.

— Sinto muito, mas eu cortei os fios. — Alina completou, olhando para Alex. Indicando que ele também falasse.

— Eu não fiz nada, sou inocente. — Alex respondeu, fazendo os outros cinco irromperem em gritos e reclamações.

— Ah qual é Alex? — George disse.

— Lembra que a gente combinou? — Cristina esbravejou.

— Você é mesmo o semente do mal. — Izie completou.

— Seu idiota sem coração. — Meredith disse apontando na direção de Alex.

— Só quer salvar sua pele. — Alina disse, batendo na nuca do Karev.

— Eu nem estava aqui! — Alex disse, esfregando a nuca.

Os seis começaram a falar ao mesmo tempo, as vozes alteradas com as reclamações e brigas entre os seus internos da Dra Bailey.

— Silêncio. Eu já sei quem cortou os fios, então é melhor confessarem. Já estou sabendo. — Richard raiou, olhando entre is seis.

— Desculpa senhor, mas se o senhor soubesse mesmo, não nos perguntaria. — Alina retrucou.

— Fui eu que... — Izie começou, mas foi logo interrompida.

— O senhor tem as suas suspeitas. — Meredith disse.

— Mas não tem certeza. — Cristina continuou.

— E não pode fazer nada com nenhum de nós sem provas senhor. — George concluiu.

— Um de vocês colocou em risco a vida de um paciente, fraudou o protocolo de transplante, um de vocês pois em risco a integridade desse hospital junto a central de transplante. — Richard  parecia prestes a matá-los, a raiva transbordava em suas palavras enquanto ele apontava na direção deles. — Agora me digam, e confessem rápido.

Fui eu. — os seis responderam juntos.

— Então tá bem. Sem cirurgias, ninguém auxilia, ninguém assiste da galeria, ninguém chega nem perto do andar da cirurgia. Até alguém confessar, os seis vão dividir uma única paciente, Camille Travis. O que ela quiser, os seis idiotas vão providenciar. Agora desapareçam da minha frente. — Richard gritou, apontando a saída.

Os seis deixaram o escritório do chefe e desceram para a ala da oncologia, após uma breve discussão entre Izie e Alex, Bailey apareceu acompanhada de duas adolescentes.

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