Seattle, Washington
2005E há quem diga que se exercitar as 5:00 da manhã é bom, deixa as pessoas de bom humor, o dia começa mais lindo.
Não era isso que Alina achava no momento.
Ela nunca foi a maior fã de exercícios físicos, ainda mais quando eram feitos as 5:00 da manhã do único dia da semana em que elas iniciavam o plantão às 9:00 horas.
Alina, Cristina e Meredith corriam pelo parque enquanto tentavam conversar entre respirações pesadas e dores musculares.
Alina parou, chamando a atenção das amigas, desde que se mudou pra Seattle ela não praticou nenhum tipo de exercício, estava exausta, respirando fundo dobrada sobre os joelhos.
Meredith e Cristina pararam, se jogando no chão de grama verde. Alina as acompanhou, as três deitadas em forma de círculo, encarando o céu.
— Me lembrem de não aceitar quando me chamarem pra correr as cinco da manhã. —Alina reclamou, com a mão sobre a barriga.
— A Meredith me obrigou, eu só queria dormir. — Cristina reclamou, jogando o braço pro lado.
— Você é louca! Uma sádica louca do mal. — Alina listou, chutando levemente a perna de Meredith.
— Eu vou matar você. — Cristina concluiu, empurrando o braço da Grey para o lado.
— Endorfina faz bem. — Meredith se defendeu, rindo da situação das amigas. — Eleva o humor, correr deixa a gente melhor.
— Você se sente melhor? — Cristina perguntou a Alina, que sacudiu a cabeça de forma negativa. — Nem eu.
— Vocês já choraram? — Meredith perguntou, olhando de um lado para o outro para as amigas a sua volta.
— É claro. — as duas responderam juntas.
— Tão querendo chorar agora? — Alina perguntou.
— Não. — Meredith respondeu.
— Então vamos correr maus um pouco. — Cristina falou se pondo de pé, estendeu um braço na direção de cada uma delas e as puxou pra cima.
Cirurgiões são controladores, com um bisturi nas mãos, eles se sentem imbatíveis. Não existe medo, não existe dor, sentem como se tivessem três metros de altura e a prova de balas.
Mas quando saem da sala de cirurgia... toda aquela perfeição e controle, vão por água abaixo.
Alina saiu do banheiro do vestiário e encontrou George e Cristina de pé ao lado de Meredith que calçava seu tênis, os três observavam Izie e Alex rindo, próximos demais, num canto da sala.— O que é que tá acontecendo ali? — ela perguntou, parando ao lado do O'malley.
— Ela tá... dando bola... pro Alex? — Geroge disse pausadamente, como se aquilo fosse difícil de acreditar. E de fato, Alina pensou que era.
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Código Azul
FanfictionAlina Koracick sempre teve um destino claro: ser médica, seguir os passos de seu pai como neurocirurgiã. Mas quando ela deixa para trás sua vida em Baltimore e o conforto do Hospital Johns Hopkins para ingressar na residência cirúrgica do Seattle Gr...