Alina Koracick sempre teve um destino claro: ser médica, seguir os passos de seu pai como neurocirurgiã. Mas quando ela deixa para trás sua vida em Baltimore e o conforto do Hospital Johns Hopkins para ingressar na residência cirúrgica do Seattle Gr...
Renegados, infratores, mafiosos com um bisturi. É isso isso que os cirurgiões gostam de pensar que são. A gente se sente durão, sexy. O problema é que isso não é exatamente verdade, no fundo a gente segue as regras direitinho. A gente não quebra o protocolo, a gente segue tudo ao pé da letra. Porque se não seguirmos o protocolo, nossos pacientes morrem. E aí deixamos de ser durões, pra sermos vilões.
A sala de exame estava cheia, mas não tensa. Callie estava deitada, o gel frio espalhado sobre sua barriga, enquanto Alina, Mark e Arizona a acompanhavam atentamente.
O monitor exibia a imagem em preto e branco do bebê que crescia dentro de Callie, cada detalhe observável. A Doutora Lucy Fields ajustava o ultrassom, analisando cada aspecto com precisão.
— Ok, tá tudo normal. O tamanho está ideal para seis meses. Não tem com o que se preocuparem. — Lucy anunciou, com um sorriso tranquilizador.
— Qual o tamanho dele? — Mark perguntou, não contendo a curiosidade.
— Mark. — Arizona repreendeu, sua voz ligeiramente irritada.
— Tudo bem, já estou acostumada com a saia justa. Tá tudo normal, como eu disse. — Lucy respondeu, com um tom de diversão.
— Para amor, a gente quer a surpresa. — Alina lembrou a Mark, pegando sua mão.
— Ah vai, sei que vocês querem saber. — Mark insistiu, tentando quebrar a tensão com humor.
— A gente votou e foi três a um. — Callie disse, olhando para ele com um sorriso de vitória.
— Vocês nem me deram chance. — Mark retrucou, fingindo estar ofendido.
— Que bom que vocês são quatro. — Lucy ironizou. —Então, a sua pressão tá um pouco alta e isso me preocupa.
— Ah, é só a animação com o chá de bebê. Eu fiz tanto chá de bebê e brincadeira pra todas as enfermeiras grávidas desse hospital, agora que é a minha vez quero ver o que vão fazer. — Callie disse, o entusiasmo em sua voz inconfundível.
— Vai ser legal, não se preocupe. — Alina assegurou, sua voz suave e confortante.
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Alina estava a caminho de encontrar Derek. O trabalho clínico sobre Alzheimer estava ocupando grande parte de seu tempo, e eles não tinham se visto muito ultimamente. Quando ela o encontrou preenchendo formulários, sentiu a distância que havia se instalado entre eles. Derek, que sempre fora uma constante em sua vida, agora parecia absorvido em sua pesquisa.
— Oi. — Derek a cumprimentou sem levantar os olhos dos papéis.
— Oi, eu soube da mulher do chefe. — Alina começou, se referindo a Adele, a esposa do chefe Webber, que estava lutando contra o Alzheimer precoce.
