Seattle, Washington
2007No exercício da medicina, mudanças são inevitáveis, novas técnicas cirúrgicas são criadas, procedimentos são revistos, níveis de especialização aumentados, inovação é tudo.
Nada fica igual por muito tempo, nos adaptamos a mudança, ou somos deixados pra trás.Após o fatídico dia do casamento, Cristina viajou para lua de mel, acompanhada de Alina e Meredith. E graças aos quinze dias de férias que os internos ganharam antes de finalmente começar a sua residência, as três não fizeram nada além de dançar, beber e conhecer novos lugares por quinze dias. Sem celular e sem qualquer tipo de contato com qualquer outra pessoa que não fossem as três.
Mas o dia de voltar a realidade chegou, o dia de encarar o primeiro dia de residência, o dia de Cristina encarar Burke todos os dias nos corredores, o dia de Meredith encarar Derek após usar o anuncia do casamento se Cristina para subliminarmente dizer que as coisas entre eles não daria e certo, e o dia de Alina encarar os corredores onde ela não se encontraria mais com Mark, pois ele havia ido embora de Seattle junto de Addison.
Alina preenchia seu primeiro prontuário como residente, agora ela nao precisaria mais da assinatura de Bailey, e aquilo a fez sorrir. Um arranhar de garganta fez ela se virar, vestindo a expressão mais séria que conseguiu.
— É a Dra Koracick? — uma garota perguntou. Alina apenas olhou entre seus quatro internos em silêncio, antes de começar a falar.
– Tenho cinco regras decorem logo. — Alina lançou rapidamente encarando seu conjunto de internos novos mais uma vez. — Regra número um, não adianta me bajular eu já odeio vocês e nada vai mudar isso. Prontuários, listas de telefones, pagers. As enfermeiras vão ligar e vocês vão atender os chamados voando. Voar, essa é a regra número dois. Seu primeiro plantão começa agora e dura 48 horas. Vocês são internos, a ralé, ninguém, a base da cadeia alimentar da cirurgia. Fazem exames, anotam pedidos, trabalham na segunda noite até cair e não reclamam. — a residente listava enquanto caminhava rapidamente pela grande passarela com seu grupo a seguindo de perto. — Sala dos plantonistas. — Alina disse acendendo a luz que revelava uma sala cheia de camas beliches. — Durmam quando puder e onde puder, mas não durmam com ninguém. O que me leva a regra número três. Se eu estiver dormindo não me acordem a menos que o paciente esteja morrendo. Regra número quatro, é melhor o moribundo não estar morto quando eu chegar, porque além de ter matado alguém vão ter me acordado sem motivo, entenderam? — um dos internos levantou a mão com certa relutância, ganhando uma encarada da Koracick, exatamente como Bailey fazia.
— Você disse que tinha cinco regras... — como um passe de mágica, antes que o interno pudesse concluir, o pager de Alina disparou com um chamado.
— Regra número cinco, quando eu andar vocês me seguem. — Alina começou a correr, na direção da emergência, seus internos correndo atrás desajeitados.
Assim que entrou na sala de trauma junto de seus internos, Alina já encontrou Derek lá, acompanhado de Cristina e uma outra garota que ela não conhecia.
— Me chamou Derek? — ela disse, assim que os olhos do Shepherd encontraram os dela.
— Quem é vivo sempre aparece. — ele sorriu, olhando a amiga.
— Longa história, o que tem pra mim? — Alina disse, se aproximando do paciente.
— Espera aí, o caso é meu, eu peguei ele na ambulância. — a Yang disse, apontando pra si mesma.
— Desculpa Cristina mas você já declarou que sua especialidade é cardio, Alina é neuro. Então eu prefiro ela pra esse caso. — Derek disparou sem rodeios.
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Código Azul
FanfictionAlina Koracick sempre teve um destino claro: ser médica, seguir os passos de seu pai como neurocirurgiã. Mas quando ela deixa para trás sua vida em Baltimore e o conforto do Hospital Johns Hopkins para ingressar na residência cirúrgica do Seattle Gr...