Capítulo 54

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Seattle, Washington
2008

Nós somos médicos, somos treinados para cuidar do ser humano. E termos certeza de que sabemos do que procurar.
Incisões. Infecção. Mutação genética.

Alina dormia com Cristina naquele dia, já que Owen estava bo hospital.
Já passava das três e meia da manhã quanso gritos e batidas na porta as despertou.

— Quem bate assim a essa hora? — Alina perguntou esfregando os olhos.

— Vou lá ver. — Cristina levantou com os olhos ainda fechados e caminhou para fora do quarto.

— Yang tem kit de sutura? — Mark disparou quanso Cristina abriu a porta.

— Tenho, o que foi? — Cristina perguntou, abrindo espaço pra que ele entrasse.

— Pega pra mim. Preciso de dois. Cadê a Robbins? ROBBINS! — gritos de uma voz que ela conhecia bem encheu os ouvidos de Alina.

Ela se levantou, calçando os chinelos ao lado da cama, e foi na direção dos gritos.

— Mark? — ela perguntou ao vê-lo andando de um lado para o outro. — O que houve?

— Alina, não sabia que você estava aqui...— ele disse acalmando a voz por um segundo, voltando a se desesperar no segundo seguinte. — A Sloan, ela tá em trabalho de parto.

— Você claramente tá desesperado, eu vou lá ver a Sloan, você liga pro hospital e pede uma ambulância, liga pra Arizona também. — Alina disparou, saindo do apartamento de Cristina em seguida.

— Yang! O kit. — Mark gritou.

— Tá já vou pegar. — Cristina disse, voltando ao seu quarto. — Liga logo pra ambulância.

Alina abriu a porta de seu antigo apartamento, Sloan estava deitada sobre a cama de Mark. A garota suava e gritava, com as pernas dobradas na posição de parto.
Alina estudou a situação enquanto amarrava o cabelo num rabo.

— Oi Sloan, meu nome é Alina. — ela disse, se abaixando diante das pernas abertas de Sloan. — Sou médica e vou te ajudar tá bom.

— Sei quem você é.— a garota disse balançando a cabeça positivamente. — É a garota da foto na gaveta do meu pai.

— Ah...— Alina sussurrou, enquanto assimilava que Mark ainda guardava uma foto sua. — vamos lá. O bebê já está coroando, você só tem que fazer força e empurra. Acha que consegue?

— Consigo. — Sloan disse, acenando pra Alina.

— Vamos lá, no três. — Alina se posicionou, pronta para puxar o bebê. — Um, dois, três...empurra!

—AAAAAHHHH!

— Você tá indo muito bem, estamos quase lá. Um, dois, três... Empurra! — Alina continuava a instruir, enquanto Sloan empurrava com toda força.

— Voltei. — Mark disse, parado na porta do quarto.

Sloan havia parado de gritar, e Alina tinha um bebê coberto de sangue e líquido amniótico, assim como ela.

— Ela já é mãe. — a Koracick sorriu, olhando na direção de Mark.

— Aqui o grampo e a tesoura. — Cristina disse, entregando os instrumentos a amiga. Que rapidamente fez o corte do cordão umbilical.

— Você foi maravilhosa Sloan. — Alina disse, cobrindo as pernas da garota com o lençol após ela expelir a placenta.

— Como ele tá? Ele tá bem? — ela perguntou, olhando o filho recém nascido.

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