Seattle, Washington
2008Pra se obter um diagnóstico preciso, constantemente os médicos têm que mudar de ponto de vista. Começando pelo ponto de vista do paciente. Embora eles geralmente não tenham ideia do que está acontecendo. Analisamos o paciente sob todos os ângulos. Descartanos possibilidades e descobrimos informações novas. Na tentativa de chegar ao cerne da questão. Eles querem de nós uma segunda opinião, esperam que a gente encontre algo que passou despercebido por outros.
Para o paciente, uma perspectiva nova pode significar a diferença entre viver e morrer.
Para o médico, isso pode significar comprar uma briga com todos os colegas que vieram antes.
Os residentes estavam sentados do lado de fora da sala de reuniões, os do Seattle Grace de um lado e os do Mercy West do outro.
Derek, Owen, Mark e Callie os observavam parados no fim do corredor.
De uma forma ou de outra, alguém seria demitido naquela noite.— Qual deles fez isso? — Callie questionou.
— Tenho certeza que não foi a Koracick. — Derek disse.
— Ela é esperta demais pra pular algo tão simples. — Mark completou.
— A Cristina também não foi. — Callie disse— Um deles vai ser demitido. — Owen disse, olhando entre os colegas.
A medida que o tempo passava sem que eles fossem chamados só aumentava a tensão natural entre os dois grupos.
Era apenas a primeira semana da fusão, e um problema como aquele já havia acontecido.— Alguém vai ser demitido. — Reed disse.
— Para com isso. — April repreendeu.
— Ela nem era minha paciente. — Charles resmungou.
— Que? — Cristina disse incrédula. Aquela mulher havia sido paciente de todos eles.
— Se o Mercy West ensinasse seus residentes a fazer um simples exame físico descente, nós não estaríamos aqui. — Alina rebateu.
— O que foi que disse? — Reed perguntou arqueando a sobrancelha.
— Foi o que você ouviu. — Alina rebateu, encarando a outra médica.
— Quanto tempo isso vai durar? — Alex resmungou, olhando o celular.
Após ser demitida no terceiro corte de funcionários, Izie havia apenas desaparecido. Deixando Alex com apenas um bilhete de despedida.
— Por que? Tem que dar um telefonema? — Jackson zombou. E bastou só aquilo pra desencadear a briga que se seguiu.
Alex partiu pra cima de Jackson. E o resto dos residentes, foram uns pra cima dos outros. Gritando, brigando, batendo. Era um verdadeiro pandemônio.
Derek, Mark e Owen se enfiaram entre eles, tentando separar a briga. Alina sentiu alguém segurar seu braços quando ela partiu pra cima de Reed Adansom, que a olhava com ironia.
Desde o dia em que a Adansom ocupou o armário de George, mesmo eles pedindo pra não fazer, Alina quis enfiar a mão na cara dela.
E aquela parecia a oportunidade perfeita pra descer o nível.
Charles segurou Reed, Alina sacudiu o braço tentando se soltar, e quando olhou pra trás, viu quem a segurava.— Me solta. — ela raiou com raiva, olhando nos olhos de Mark.
— Você é cirurgiã, não pode machucar a mão. — ele disse, ainda segurando o braço dela.
— Parem! — Derek disse, puxando Alex.
— Para com isso! — Owen disse, segurando Jackson.
— Já chega! EU DISSE CHEGA! — Richard gritou, olhando entre seus médicos. — O que houve aqui está noite, o que houve com essa paciente, foi imperdoável. E vamos ficar aqui até descobrir quem foi o responsável, então até lá todos sentados e de boca fechada esperando sua vez! Hunt, sua vez.
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Código Azul
FanfictionAlina Koracick sempre teve um destino claro: ser médica, seguir os passos de seu pai como neurocirurgiã. Mas quando ela deixa para trás sua vida em Baltimore e o conforto do Hospital Johns Hopkins para ingressar na residência cirúrgica do Seattle Gr...