Alina Koracick sempre teve um destino claro: ser médica, seguir os passos de seu pai como neurocirurgiã. Mas quando ela deixa para trás sua vida em Baltimore e o conforto do Hospital Johns Hopkins para ingressar na residência cirúrgica do Seattle Gr...
Pra maioria das pessoas o hospital é um ligar assustador, um lugar hostil, um lugar onde acontecem coisas ruins. A maioria das pessoas prefere ir a igreja ou a escola ou pra casa. Mas eu fui criada num hospital. Enquanto o meu pai estava de plantão, eu aprendi a ler na bancada das cirurgias, brinquei no necrotério, fiz desenhos com giz de cera em prontuários antigos. O hospital era a minha igreja, minha escola, meu lar. O hospital era meu refúgio, meu santuário. Eu adoro isso aqui. Correção: Adorava.
— TÁ BRINCANDO! — Alina gritou, cobrindo a boca com as mãos.
— Não tô não! — Meredith respondeu.
— NÃO É POSSÍVEL! NÃO É POSSÍVEL! — Cristina gritou, tão surpresa quanto Alina.
— Não, foi acidente. — Meredith disparou, olhando entre uma amiga e outra. — Eu usei camisinha.
— Então é pra gente ficar contente ou vamos exercer nosso direito de escolha? — Cristina perguntou, olhando na direção de Alina que apenas deu de ombros.
— Ah... — Meredith suspirou, levando a mão ao coração. Alina sorriu, cutucando Cristina com o cotovelo.
— Ah! Entendi...parabéns. — Cristina disse, puxando Alina e Meredith numa abraço em grupo.
— Você e o Derek vão ter lindos bebêzinhos. — Alina sorriu, alisando o braço de Meredith com carinho.
— Caramba, você vai contar pra ele? Já contou? — Cristina perguntou.
— Não, eu acabei de descobrir. — a Grey disse, tirando o teste do bolso do jaleco.— Quis contar pra vocês primeiro.
Antes que qualquer uma pudesse falar mais alguma coisa, os pagers agitaram. Disparando juntos como numa sinfonia mágica.
— Teddy. — Cristina disse ao olhar seu pager.
— Derek. — Alina disse olhando o seu.
— Bailey. — Meredith concluiu, com o seu na mão.
— E então, você vai contar pra ele? — Alina perguntou.
— Vou! — Meredith respondeu, virando-se pra Cristina em seguida. — E como você está com o lance da Teddy e do Owen?
O "lance", é assim que Alina e Meredith vinham chamando a troca de olhares que testemunharam entre Teddy e Owen em muitas ocasiões. O que plantou uma pulga atrás da orelha de Cristina, e no fim, elas estavam certas. Owen não conseguia escolher entre a Yang e a Altman.
— Tudo bem, eu tô ótima. Superei completamente. — Cristina disse dando de ombros.
— Quer enganar quem? — Alina rebateu.
— Olha quem fala, e você que ainda não superou o gostosão? — Cristina retrucou.
— E nem vou. — Alina suspirou, guardando o pager no bolso do jaleco. — Meredith, tem muito orgulhosa de você. É um grande passo ter um filho.
— Olha...isso é um passo e tanto. — Cristina disse, apoiando a mão no ombro da Grey. — Estamos orgulhosas.
— É...eu também tô. — a Grey sorriu, franzindo as sobrancelhas.
As três se abraçaram mais uma vez, e então se separaram. Cada qual, seguindo seu próprio destino.
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