Seattle, Washington
2006Um mês após a auta de Alina
O aprendizado de um cirurgião nunca termina. Cada paciente, cada sintoma, cada cirurgia, é uma prova.
Uma chance de mostrar o quanto se sabe, e o quanto ainda tem que se aprender.O último mês, que Alina passou em recuperação, foi usado para estudar, estudar e estudar. E em fim, o dia da prova prova dos internos chegou, a prova que determinará se eles se tornarão residentes, ou não. Assim como o dia em que Callie finalmente a liberaria para operar novamente.
Infelizmente a volta de Alina não foi composta apenas por boas notícias. Susan, a madrasta de Meredith, havia morrido. Aquilo deixou Alina péssima, ela a viu inúmeras vezes no último mês, Susan era como uma mãe postiça pra todos eles.
— Como se trata o pâncreas divisum? Izie! — Cristina perguntou. Eles haviam passado a noite na cozinha estudando, nenhum deles aguentava mais.
— Cristina, se não vai deixar a gente dormir, me deixa pelo menos pegar uma xícara de café. — Izie suplicou.
— Então vai, ninguém tá te impedindo. — Cristina rebateu.
— Tô cansada demais pra ir. — Izie respondeu baixando a cabeça.
— Esfincterotomia endoscópica. — Alina respondeu, deitada sobre a mesa.
— Não é a sua vez, mas acertou. Vai, pergunta pra mim. — Cristina disse, entregando o cartão para a amiga.
— Não acredito que o omala vai perder essa, como ele vai passar na prova? — Alex disse, virando um gole da sua xícara de café.
— Tá brincando né? Nós temos as fichas da Callie mas o George... — Cristina foi interrompida antes que pudesse concluir.
— Mas o George tem a Callie. — Izie completou.
— Qual a causa mais frequente de diarréia em pacientes hospitalizados? — Alina perguntou, lendo a pergunta no cartão.
— Ela vem a despedida de solteira hoje? — Izie perguntou. Mas ninguém respondeu.
— Rotavírus. É, não, não, não, não, Salmonella! — Cristina disse, respondendo a pergunta de Alina.
— Diarréia em pacientes hospitalizados, pensa bem. — Alina disse.
— A causa mais comum para diarréia pacientes hospitalizados é o CDFI que pode evoluir para megacólon tóxico, perfuração, sépse e morte. Foi o que matou a Susan. — Meredith respondeu entrando na cozinha, vestida inteiramente de preto, aquele era o dia do enterro de Susan.
— Ela tá bem? — Izie perguntou.
— Ela se vira. — Cristina disse.
— Vai ficar bem. — Alina completou.
— Ela tá arrasadona. — Alex concluiu.
— É claro, a Susan era a madrasta dela. — Izie falou, olhando por onde a Grey acabou de sair.
— É, a madrasta era melhor que a mãe biológica. — Cristina falou, ainda lendo os cartões de perguntas.
— Ela vai ao hospital primeiro? — Izie perguntou.
— Primeiro o hospital, depois o funeral e depois a prova de tarde. — Alina respondeu, finalmente levantando a cabeça da mesa. O rosto vermelho e amassado de se pressionar sobre o braço.
— Ela chegou a estudar? — Alex perguntou.
— Ela estudou, vai passar, só precisa ficar sozinha. — Cristina respondeu.
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Código Azul
FanfictionAlina Koracick sempre teve um destino claro: ser médica, seguir os passos de seu pai como neurocirurgiã. Mas quando ela deixa para trás sua vida em Baltimore e o conforto do Hospital Johns Hopkins para ingressar na residência cirúrgica do Seattle Gr...