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C.A.P.I.T.U.L.O 13
Arrependimento Nunca Pagou a Dívida


Eu ando nervosa pela biblioteca, calmo de mais, cinco dias e nem uma notícia diferente nas redes sociais de Cam, nem uma nota, nada, apenas imagens dele muito calmo indo trabalhar fotografias autorizadas revelavam meu lobo, seguindo sua vida e eu queria chorar como uma louca desvairada, porque agora preciso seguir em diante, e tudo que sinto é como um vazio seguido do uivo angustiado que ouvi naquela floresta.

Não consigo dormir tranquilamente imaginado, pensando, acordo suando após pesadelos cheios de corridas pela floresta, de um lobo negro como a noite mordendo minhas mãos que uso pra me defender, e o sangue em sua pelagem é meu, ele arranca meu coração, e acordo. Em outras são reais e duras casa de minha avó sendo invadida por homens de ternos pretos, óculos escuros e armados, e estou como um coelho assustado, a cada toque do telefone, a cada carro que chega.
Vovó se ocupou com eventos de caridade e chás de senhoras nos anos que fiquei fora, ela tem uma vida social ativa, tem sempre um ir e vir constante nessa mansão, uma equipe de garçons movimenta os corredores indo e vindo para servir os convidados espalhados na propriedade. Uma senhora de quase 80 anos me obriga a sorrir e ser cordial e com cada um de seus convidados, já conversei com tantos hoje.

A avó da minha juventude parece mais ativa e mais jovem, acho que minha avó saiu do luto do marido e filho e é outra pessoa, ou sou eu que nunca reparei nela, em como meus olhos estavam voltados sempre para outro lugar, ego, eu só queria preencher aquele buraco deixado pelos meus pais, e agora eu queria preencher outro buraco... Agora sem coração, sem alma, sem proposito, aguardo a polícia me prender por sequestro.

— Ai está você! Finalmente a encontrei. — O som alegre de vovó me tira do redemoinho de pensamentos, então olho para ela sorrindo, jogando a sujeira para debaixo do tapete, respiro fundo quando ela olha para o corredor e depois voltar seu olhar para meu corpo. — Eu sabia que esse tom de verde esmeralda ficaria perfeito com seus cabelos, o tom está mais escuro do seu ruivo, ou estou velha e estou imaginando coisas.  — Caminho a seu encontro, não posso evitar de passar a mão alisando o tecido sobre meu abdômen, pego em suas mãos beijando o dorso das duas mãos, com o gesto terno a faço sorrir, as pulseiras chiques de ouro tilintar, as joias elegantes compõem seu vestuário, um vestido envelope de um tom creme, um broche no ombro com um dragão dourado com olhos de rubi combina perfeitamente com seus brincos e pingente do colar um pequeno charme de coração.

— Eu pintei meu cabelo depois de um tempo loira, Vovó!

— E por que fez isso? — Parece triste, e acaricia os fios curtos que terminam acima dos ombros. Molhados eles ficam mais longos, mas com os cachos que o cabelereiro de vovó os modelou hoje, eles mal cobrem minhas clavículas, gostei muito a mudança de visual, eu me sinto diferente, eu me sinto incompleta, como se essa Pandora e a Pandora de antes não fossem a mesma pessoa.

— Não sei vovó! —Seguro o choro ela percebe, apenas meu nome sai de seus lábios sem som. — Eu só queria ser outra pessoa. — Seus dedos delicados são rápidos em capturar uma lagrima que estava prestes a cair, tristeza aperta meu peito, medo.

— Vamos, preciso que faça par com o neto da Deodora o pobre rapaz não fazia ideia de ser companhia de sua avó iria significar passar uma tarde com pessoas muito velhas. — De braços dados caminhamos para as portas que dão para a frente da casa, muitas pessoas estão conversando próximo ao hall, e outras estão sentadas nas mesas sob as arvores frondosas, deslocada, tento a parar antes de descermos as escadas.

— Vó, a senhora não está bancando a casamenteira, está?

— Um advogado! Eu sei que não é tão fascinante como lobos, eu sei Nevoeiro sempre nos deixa exigentes... Passe um tempo com o pobre rapaz, mostre o jardim, ou o labirinto, caso se sinta a vontade o leve para ver os pessegueiros... — Vendo como respiro fundo ela segue. — Não é um compromisso, mesmo porque o tempo desses acordos passou a muito tempo, graças a Deus não somos mais vendidas, pelo menos não pretendo fazer isso.

— Acho que minha doce avó sabe algo sobre meninos e lobos? — Por fim digo quando atingimos algumas mesas e sorrindo cumprimentamos alguns convidados, já vejo o rapaz de quem ela fala, o único jovem no mar de cabelos cinzentos.

— Eu sei... Meu pai me casou com seu avô porque era um grande racista, os dois eram, eu não sabia o que me esperava, se eu soubesse tinha aceitado fugir com o jovem lobisomem por quem eu era apaixonada, crescemos próximos. — Ela aperta minhas bochechas como se eu fosse uma garotinha, talvez porque minha boca está escancarada. — Sim, em você também tem uma pequena fração de sangue de lobo como em mim, isso nos impele a percebê-los. — Uma piscadela e segue, acena antes de contar o resto. — Sua tataravó, minha avó teve um romance com um lobo, ele foi morto por membros de sua martilha quando contou que tinha uma companheira humana, naquele tempo as coisas não eram como agora, os lobos não se misturavam, meu pai me surrou e contou a história da família da minha mãe e avó, como a comprou como compra um objeto porque ser linda, a ruiva mais bela que ele a já vira e a queria, quando olho a você filha eu a vejo, minha mãe temia ao vento, mas era selvagem como as raposas... Era o que me contou certa noite, porque lobos e humanos fazem raposas espertas e belas... Não sei porque senti necessidade de lhe contar isso em meio a um evento. — Sorri se desculpando. — É como se eu não tivesse mais tempo e a hora fosse agora.

— Obrigada vovó. — Beijo sua testa e tento me recompor, uma taça de champanhe é me ofertada por um dos garçons, bebo um gole e escutamos o som inconfundível de helicópteros, bem no momento em que preciso para digerir essa informação. Sou tataraneta de um lobisomem que nem teve a chance de conhecer sua filha, que teve uma filha, que teve um filho, que me teve. Deus que loucura... Sou um diluído de sangue de lobo? Eu preciso de um ar, estando ao ar livre.

— Vamos falar com Thomas olha como ele parece deslocado. — Seguimos pelos convidados que sorriem e conversam alegremente disfrutando das sombras das arvores e das comidas e bebida... Um som distante me faz olhar ao céu azul, ainda não tínhamos chegado a mesa do homem e eu me sentia miserável, o vestido era chamativo mesmo não sendo, eu me sentia uma folha verde entre as secas, era ridículo que na arvore só tivesse a nós dois tremulando verdes ao vento entre as folhas em tom outonal, e não estou falando de arvores e folhas, ele sorri e eleva a taça, quero voltar, era tarde! 
Dois dos grandes helicópteros rasgam o céu em um angulo que fez meu coração martelar, dois pontos negros crescentes, eles iriam pousar aqui e agora, então sei a quem eles vêm prender, eu sei. —  Eu acho que... Que... A senhora vai ter que me perdoar... —  Meus olhos não saem das máquinas pousando no gramado, os convidados sorrindo e observando a chegada deles como se fosse algo comum, não que as aeronaves estivessem a metros de onde as mesas estavam a propriedade da vovó e muito grande e essa parte é onde ela joga golfe, sim minha avó tem um campo de golfe e agora heliporto. — Amo você vovó, perdão por fazer isso com a senhora... — Me despeço e começo a me afastar, ainda andando tentando manter a calma, esbarro em um dos garços fazendo ele quase derrubar sua bandeja.

— Querida o que você aprontou dessa vez? — Diz sorrindo de uma forma que a princípio não soou como surpresa, encaro minha avó por uns 40 segundos confusa.

— Melhor não saber vovó. — Digo olhando para o helicóptero e dele para minha avó, o nó em minha garganta aperta quando pousam na grama então chuto os sapatos de salto e corro. Porque estou correndo do inevitável, só não posso ficar parada e esperar eles me pegarem. Olho por cima do ombro e os vejo saindo da aeronave um deles se destaca porque está com os olhos cravados em mim, e o reconheceria no inferno a milhas de distância. De terno o vejo afrouxar a gravata e corro para o labirinto. — Merda.  — Digo quando vejo o gigante de dois metros andar entre os convidados.

— PANDORA! — Seu grito faz minha pele arrepiar, subo o vestido acima dos joelhos porque ele é malditamente justo, e corro entre a sebes, tento cortar caminho entre os arbustos, tudo que consigo e me perde nele, maldito labirinto de 500 metros quadrados, corro por um lugar diferente. — Esquece o que sou mulher? — Evito respirar, está tão perto em algum lugar entre os corredores, mesmo que mantenha uma corrida constante parece que estou andando em círculos então decido entrar entre as sebes forçando minha saída, realmente consigo e entro na floresta, floresta, o sonho do lobo arrancando meu coração do peito me faz correr mais rápido... Indo para o unido destino possível que me faria alcançar êxito, me pergunto porque não entrei no avião como me prometi que faria, dois dias com vovó então Suíça, não estupida, como fui estupida. — Eu sinto seu cheiro, mesmo sobre essa merda de perfume, ainda assim inconfundível e uma porra de rastro. — Escuto sua voz logo atras por onde vim. — Olho para trás e não vejo nada, rodo em minha volta, como uma presa sendo caçada por um predador, isso me deixa apavorada.

Não sei onde ele está por que quando ele falou estava à direita, agora, escuto barulhos a minha frente... Ando atenta a minha volta, o rio, preciso chegar no rio, por onde era o caminho? Vamos Pandora lembre onde tio Hades levou, não lembro dessa rota, não consigo encontrar o caminho. Os pássaros levantam voo das arvores, a presença de um predador os faz fugir, quero gritar e correr, mas agora estou parada tentando saber o caminho para o rio assim na pressão fica difícil pensar. As memorias escorrem entre os tijolos do muro que construí para nunca lembrar, a arvore torta, os beijos, eu não estava atenta ao caminho, estava atenta ao que estava acontecendo no percurso, e corro para ela, encontro outro ponto do nosso trajeto as pedras grandes recobertas de musgo, o cheiro úmido da floresta, fecho meus olhos para lembrar, risos se infiltram a memória, escondem o perigo, escuto o som da correnteza, estou quase na água, lobos não farejam na água.

O ar parece carregado, o cheiro de Cam parece me rodear, meu coração dispara, a primeira coisa que sinto de contato físico é sua mão se fechando em minha garganta, como se pegasse um copo de água, o calor de sua pele contra a minha, eu grito e sou presa contra a rocha cheia de musgo, seus olhos estão como brasas acesas sendo sopradas por ventos violentos.

— Oi Cam! — Me obrigo a dizer, porque como ele está me segurando, me deixa desesperada, como fecha seus olhos controlando seu temperamento, quando tento soltar sua mão do meu pescoço, eu estava pega.

— Nem – uma – palavra! — Dentes e presas expostos e pressionados, olhar duro, custou para dizer essas três palavras, o tom frio e duro, é, portanto, concluo que estou fodida. Seus dedos apertam as laterais da minha garganta, seu polegar esfrega a minha pele, respira fundo, como sem fica com o olhar nivelado com o meu. — Você não tem ideia do que fez! — Seus lábios enrolando os músculos faciais tremem, o que fiz? Quando vou responder ele nega com sua cabeça olhos em meus olhos, ele me odeia, e seu ódio gera ondas que fazem minha pele vibrar e então pressiono meus lábios para conter a torrente de desculpas que quero dizer. — Vamos ou vou ter que te carregar? — Minhas pernas não se movem, estou tremendo como vara verde, lagrimas escorrem dos meus olhos, eu estava caindo em um caos de desespero. — Mova-se. — Diz com lábios achatados, e luto pra ver seu rosto, porque se não olhar pra cima tudo que vejo é uma camisa cinza clara, na linha do seu peitoral.

Começo a me mover, sua mão em minha nuca, posso sentir como ele me olha, eu tento não olhar pra trás, não quero nem imaginar porque ele mesmo está aqui correndo no bosque da minha família, ele tem tantos a quem comandar, só se isso virou algo pessoal. Quando estamos chegando na parte gramada com flores e arvores, algo me faz querer chorar e minhas pernas quase sedem, eu não tinha visto seu tumulo, mas de onde estou vejo a lapide solitária no labirinto, respiro fundo, parando para conter.

— Cam por favor!? eu gemo e seco as lagrimas, seguimos pôr a linha de arvores, sua mão solta e sei que ele está fazendo porque as pessoas poderiam falar.

— O que foi? Seis dias de volta e não teve coragem de ir no tumulo do seu amante? — Giro e o encaro raiva, era o que me faz cegar... Minha mão se moveu e antes de lhe estapear ele segura meu pulso de forma frouxa. — Tente mais uma vez e ele não vai ficar só por muito mais tempo. — Nos aproximou ao ponto de ficarmos nariz a nariz, quando terminou de falar soltou minha mão.

Talvez as pessoas não tenham visto a cena porque alguns homens altos vestidos quase que de forma parecida com ele estão parados como uma espécie de bloqueio, um deles conversa com minha avó e a vejo sentada e sendo abanada pôr o enfermeiro esqueço de tudo e corro pra onde ela está. Me ajoelho.

— Vovó? — Ela abre os olhos e tira a mão da testa e me abraça. — Minha filha? — Tinha tantas perguntas nessas palavras, repreenção, e tudo que alguém que te ama pensa que pode fazer por o seu bem, vejo o azul céu de seus olhos mudar de claro para quase transparente. Cam fala me calando.

— Lamento que nos conheçamos dessa forma! Acredito que meu irmão explicou a situação. — Os convidados eram mantidos separadamente por quatro seguranças, estava nervosa para observar, sem armas pelo que percebo, mas sei que Cam não anda por aí desarmado.

— Sim, explicou... Eu queria um minuto a sós com minha neta, Alfa! — Vovó nem o olha apenas segue me olhando.

— Cinco minutos e então vamos embora Pandora! — Eu não o olho não dá é impossível, se afasta nos dando privacidade, sei que pode ouvir cada palavra que será dita.

— Não posso crer que de todos foi logo se envolver com um alfa, Pandora? — Repreensão, encaro minha avó em choque e meus olhos escorregam para onde sinto que Cam esta, aquela massa densa de ódio ondulando. — Não quero saber os motivos, seu marido está furioso, se queria me visitar devia ter argumentado melhor com ele, criança tempestiva.

— É... — Olho para os outros lobos querendo saber o que disseram para ela. — Eu só, desculpe eu não sei onde estava com a cabeça, devo estar ficando louca... — Minhas palavras atingem o alvo que não quero, Cam olha por cima do ombro, e nossos olhos se chocam eu desvio o meu olhar para a saia do vestido da minha avó. — Eu fiz uma coisa, foi... — Olho para o céu e respiro fundo. — Eu o amo, só que, ele é difícil. — Uso essa palavra e um rosnado faz os homens mais eretos do que antes, Cam se vira e decide vir.

— Olhe que rezei pra tantas coisas nessa vida filha, para que algo acontecesse com você, algo de bom, olhe pra mim querida, quando se ama não se foge. — Abro a boca para argumentar, e sou calada por três dedos sobre meus lábios. — O que seu pai te ensinou? Quais eram as regras criança?

— Não chame a atenção, faça seu melhor, fique longe. — Luto para me lembrar, luto pra respirar.

— O que seu pai te ensinou?

— Que sou mulher portanto devo obedecer. — Digo respirando com dificuldade porque meu pai era cruel, ela assente, sim um alfa beirava o limiar da crueldade e estava prestes a conhecer, olhando para o labirinto e voltando para minha avó, ela sacudiu a cabeça e pega meu queixo.

— E o que eu te contei mais cedo? — Entendo ou pelo menos penso intender... Somos raposas selvagens, livres, fui pega, agora é lutar para sobreviver e cavar minha saída outra vez.

— O tempo acabou senhora Olimpiano, em outro momento prometo que vamos sentar e tomar o chá que a senhora propôs, por agora precisamos voltar para casa, estou a dias procurando sua neta.

— Claro, Alfa! Cuide bem dela! — Me levanto e sigo o alfa que caminha como um rei em um tapete vermelho pelas pessoas, muitos o olham como se fosse um deus ou algo sobrenatural, o que de fato ele é, abrem caminho para ele passar como se fossem repelidos, quando chegamos nas linhas das hélices Cam para e coloca sua mão sobre minha cabeça me obrigando a baixar, pelo menos não quer que eu perca a cabeça diante da minha avó e seus convidados.

Sou colocada no banco de frente ao Cammael, nossos joelhos quase se encostam, não me olha coloca seus óculos escuros e o fone, e segue me ignorando até que a noite cai, os fones em meus ouvidos são cheios pelas conversas entre eles. Noah e outro que está do meu lado, nem perto nem distante, a viagem é longa, até que pousamos em um aeroporto.

Do helicóptero somos levados para um jato particular, uma pequena caminhada para a troca de aeronaves, depois de ser colocada em uma poltrona por esse que não sei o nome fechar meu cinto de segurança como se eu fosse uma invalida, sou deixada sozinha... O Avião se move eles se sentam em seus assentos e começam a conversar.

— Água! — Noah entrega a garrafa e sai... uma prisioneira que todos olham menos Cam... O que devo fazer? O avião decola, eles conversam rindo e parecem descontraídos, eu tento dormir, tento imaginar que não estou encrencada de formas extremas. Falam de jogos de futebol, de bandas, e de mulheres claro, as risadas e piadas seguem.

— Não tem drogas na água! — Diz o estranho que se sentou no apoio do braço na poltrona do outro lado do corredor. — Eu sou Caleb! — Estende sua mão para cumprimentar e olho sua mão no ar e me pergunto se não vou apanhar, eu sei estou novamente com os alertas todos a flor da pele, os velhos traumas de casa estão todos me deixando alerta. Pego em sua mão em um cumprimento tenso.

— Pandora, acredito que já saiba! — Tento ser simpática.

— Pode acreditar que sabemos bastante sobre você. — Abro a garrafa de água porque tenho pra mim que se eu não beber ele não vai sair, como ele observa cada gole, eu me encho de certeza que a água não é só água. — Então sua família é uma das grandes fortunas do país? — Olho para ele um tanto confusa, tem algum dinheiro da pra perceber pôr o estilo de vida da minha avó, só que a do meu pai não era, não sou burra pôr o que minha avó tem, daí a ser uma das grandes fortunas?

— Acho que sabem mais que eu. — Eles sorriem quando digo como se fosse alguma espécie de piada, como ele se curva para mais perto de mim, e como o mundo roda. Drogas. — É tarde pra se arrepender do que fiz? — Não consigo respirar, estou ficando sem ar. — Por que está me dopando?

— Desde quando arrependimento saldou alguma dívida? — Cam diz em algum lugar mais a frente onde não posso o ver, talvez uma ou duas poltronas a frente.

— Eu não - não, eu não consigo, o que usaram? Eu...

— Noah? Pandora está muito pálida, quantos comprimidos você usou?

— Merda! Sai. — A voz de Cammael está tensa e sobre mim, acho que se parece tensa, não importa estou indo, está frio, muito frio... Eu quero respirar. — Pandora? Abre os olhos. — Eu quero, mas não consigo.

Obcecada por o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora