QUINZE

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C.A.P.I.T.U.L.O 15
Estamos Bem?


Eu me ajustei na cama me escorei não cabeceira e puxei minhas mãos, e não nem que eu quisesse não me toco mais desde todo o caos que minha libido e carência causou anos atrás, e mesmo que eu quisesse a corrente não chegava, uso um travesseiro para me cobrir e observo ele se vestir, como ele é metódico, como sai do seu closet, que as portas de espelho ocultam vestido como um magnata, terno completo, usa até colete, relógio, lenço, sapatos pretos, cabelo penteado pra trás com algum tipo de produto que o deixa dessa forma, eu e meu travesseiro.

— Se você me vestisse e depois me prendesse não seria tão humilhante do que passar o dia presa a cama pelada.
— Eu passei, e pelo que me lembro não foi o fim do mundo.

— Foi sim! Você acabou acasalado com uma reles humana que foi egoísta por amor, fez um caralho de caos em sua vida. — Ajoelha e vem até onde estou me encara.

— Você não quer conversar outra vez só pra me fazer querer foder com você?

— Bla-bla estou de castigo, foda-se Cammael... Uma roupa, o mínimo.

— Não... — Ajusta as abotoadoras. — Faz parte do seu castigo. — Abre uma gaveta e tira um controle e aperta um dos botões, do teto desce uma televisão enorme que fica no angulo perfeito da cama, o canal é de programas que assistia quando eu não tinha nada pra fazer, os documentários e variedades dos lycan. O encaro ele sorri e atira um beijo.

— Que merda, querido marido, vocês xeretaram até no que eu gostava de assistir? Isso é particular. — Finjo indignação e a porta se fecha... Nada pra fazer me pego assistindo uma entrevista de uma garota lycan explicando que ela adoraria a festa de 18 anos, mas o que queria mesmo era sentir o chamado, é eu não tinha visto algo desse tema antes, Cam andou ocupado em seu castigo pelo visto... Não explica o que é ou como ocorre, mas lá estou bocejando de sono.

— Oi? — Diz uma voz na fresta que ela abriu da porta. — Podemos entrar?

— Olá! Entrem. — As duas entram Betany continua a mesma com o cabelo mais longo e o sorriso doce, a outra tem cabelo liso e preto como carvão... Mas um carvão brilhoso.

— Pan? Essa Milli não repara o quanto ela está com medo do Cam.

— Ele nos mandou ficar longe do quarto. — Disse ela apressada e olhando para o corredor.

— Eles não ficam todo o tempo aqui, Milli. — Betany parece um pouco exasperada com a outra garota.

— E tão pouco sou uma companheira como você Be! O alfa pode me correr daqui e nunca mais arrumo um emprego porque se o alfa me correu da sua casa é que devo não servir.

— Entra Milli! — Digo me ajeitando como posso, ela faz sem jeito, mas faz, já Betany se joga na cama sorrindo e rolando nos lençóis até ficar com a cabeça a apoiada nos pulsos.

— O que está fazendo? — nem um comentário que estou algemada e pelada. — Ha eu não tinha visto esse episódio ainda. — Ela fixa sua atenção na teve como se fosse comum uma mulher nua na cama e algemada.

— Milli é só se sentar, se não quiser ficar na cama que tem espaço para todas tem essa poltrona.

— Eu vi, essa Jenna fala do quanto ela sonha em ter o chamado, que ela quer por tudo que gravem ela atras do companheiro que ela jura que é o melhor amigo do irmão, pobre garoto. — Diz Milli com os olhos grudados na tela também ela deve ter 19 ou 21... Tudo de uma jovem garota e isso me dói porque eu sou culpada por uma garota ter seu coração partido.

— Vocês gostam? — Desisto do autoflagelo e decido que era hora de me entrosar elas querem estão aqui, eu nunca tive uma amiga... meu coração acelera, quase sinto vontade de chorar.

— A gente gosta... Tem uns programas humanos na mesma linha como meu vestido de noiva, só que esse é de bobagens da nossa espécie, com essas lycan que são engraçadas.

— Vocês humanos assistem? — Milli parece cética quanto a isso.

— Eu assistia muito, eu queria tanto aprender a cultura de vocês ter um pouquinho do Cammael que qualquer coisa era bom. — Elas se entre olham e sorriem, o droga elas andaram falando de mim.

— Fizeram as pazes? Digo estão se entendendo? — Betany morde a boca é claro que ela sente o cheiro dele em mim.

— Eu queria que sim, mas ainda está me punindo.

— Isso é tão coisa do Cam... Ele estava louco de raiva porque o pegou de jeito, sabia caçamos você, de qualquer jeito te achar, ele estava com sangue nos olhos... Pensando que você tinha feito tudo porque um inimigo dele tinha te mandado.

— Não, eu não fiz isso por dinheiro ou algo assim!

— Ainda bem que ela não está esperando filhote. — Milli diz ajuntando as pernas ao peito e roendo o canto da unha olhos no documentário a menina dele grita porque o vestido chegou.

— Como sabem? — Pergunto curiosa.

— Daria pra sentir o cheiro dele em você!  — Betany diz vindo sentar-se como eu estou. — Eu torcia que estivesse, seria muito mais fácil, ele não poderia te castigar, os outros não exigiram o julgamento e a execução da sua punição. — Olho para Betany todos os lobos da alcateia sabem eu quase me engasgo com minha saliva.

— E lá vamos nós pra parte do não posso te perdoar sem punir... Cam me alertou sobre! ele me deu uma punição mais cedo, eu aguento se for esse o castigo. — Milli esconde o rosto rindo suas bochechas coradas.

— Sexo sem prazer é uma punição do companheiro para a companheira! É particular. — Outra que sorri ficando corada eu devo estar um tomate, mas sigo fingindo ter costume de falar esses assuntos.

— A Be quer dizer que o crime de invasão e quebra de escolha forçando o acasalar foi levantado pelos anciões, porque ninguém pode esconder que pode acontecer uma guerra, nós sabemos que não foi um chamado... Tudo seria mais brando se ele tivesse te caçado no território dele, mas você fugiu, não tinha como explicar o alfa emparelhado e sua companheira fugindo. — A garota fica muito seria, começo a entender a gravidade.

— O que Milli quer dizer que seu ato ficou mais grave porque você fugiu Pan! Posso te chamar assim?

—Pode! — Agora sou eu quem rói o canto da unha e puxo minhas pernas pro peito.

— Ficou parecendo que você fez de má fé o prendendo a você para o rechaçar, sabe o que um rechaço faz? — Milli está determinada a ser a garota seria, ou ela seja o tipo que já fui a que segue as regras.

— Não faço ideia, acho que é um dos seus segredos.

— O macho ou fêmea rechaçado fica algo como depressivo, para ter uma comparação... — Entendo e vejo Be sorrir ela parece sorrir do jeito que diz tudo bem. — Quando são companheiros predestinados é ainda pior, se a fêmea for rejeitada ela não consegue viver normalmente definha. O macho vira um perigo para a alcateia, fica violento e agressivo, é o que o Cam estava começando a ficar.

— Eu não sabia! — Bato minha cabeça no móvel atrás, e gemo porque eu o feri de outra forma.

— As coisas vão voltar ao normal, pelo menos eu acho que ele vai ficar mais controlado agora, pelo menos não está querendo matar ninguém desde ontem.— Betany segura minha mão um leve aperto de apoio.

— O que aconteceu ontem? — Digo de olhos fechados eu só lembro deles falando e depois nada.

— Você estabilizou, anteontem a Tais descobriu que você tem gene lycan... Me diga que estava consciente quando ela estava explicando por que ela jura que sim.

— Eu estava, ela não errou. — Milli salta da poltrona, e vai pra mesa se servir de suco e pega uvas. — Eu aceito... — Digo ela vem com o copo e um prato com as uvas.

— Deusa acima como foi não poder nem abrir os olhos? — Me pergunta nervosa.

— Eu fiquei desesperada.

— Quando falei pro Noah mais tarde naquela noite quando você estava voltando a ter cor depois do Cam dar quase todo o sangue dele e ter que ser trazido desmaiado pela perda excessiva de sangue pra cama... — Betany sorri e segura minha mão, deus ele fez isso. — Eu não sei como era possível ficar preso dentro do próprio corpo, mas que acontece quando somos envenenados com acônito, a pergunta era como você sobreviveu mais de três dias.

— Alfa estava perdendo a cabeça cada vez que você convulsionava, eu nunca tinha assistido um casal se despedindo, e não sei se quero outra vez. — Milli limpa a lagrima e funga, Be também fica emocionada.

— Ele estava sofrendo?

— Cam estava sem controle, ele te colocava no colo dele e não deixava que a tocassem até que a convulsão parasse, não sei como vai ser se você for parir, vai ser o caos.

— Ele ficava repetindo no seu ouvido, eu nunca ouvi um alfa implorar, ele dizia, não fuja de mim assim, não é justo, não pode me deixar, por favor fica mais um pouco, eu não suporto ver você sofrendo. — Milli deixou suas garras de fora quando seguiu seu diálogo. — Tudo culpa do Tobias que não sei onde estava com a cabeça de pingar gotas de acônito na sua água ele só queria que se você estivesse gravida perdesse o bebê. — Ela parecia realmente brava com o tal Tobias, e o choque de querer a morte de um inocente dói em mim com o quanto eles me rejeitavam.

— Por que ele não queria o bebê? — Respiro fundo, o medo agora me faz querer ir embora, se tem alguém disposto a matar um bebezinho inocente, eu não sei onde estou.

— Ele seria tio, e seria um ótimo tio, mas a raiva as vezes cega, Toby não é mau, ele só ama o irmão acima de tudo, ele é um dos mais devotos do irmão, Cam teve sua parcela de culpa, porque estava muito bravo, como disse o rechaço causa agressividade, e Cam disse com todas as palavras que gostaria de te punir por tudo... Mas nunca disse que preferia que você estivesse levando seu filhote porque ele seria menos cruel.

— Só veio dizer isso quando você estava entre a vida e a morte e Noah estava arrasado pelo que ele tinha feito, ele quem colocou o sedativo na água, então Toby confessou o que fez, ele pingou óleo de acônito no comprimido 3 gotas.

— Toby só contou por que viu os dois irmãos quase se despedaçando. — Betany parecia muito brava agora. — Meu companheiro estava se sentindo o pior monstro porque matava a companheira do irmão e o irmão iria morrer então ele tinha duas mortes nas costas. — Dessa vez sou eu que aperto sua mão em apoio.

— Eu sou a culpada por tudo isso, eu causei tantos problemas a família de vocês! — Abraço o travesseiro querendo chorar. — E ainda tem uma menina que vai ter o coração partido quando descobrir que o companheiro acabou acasalado com outra. — As lagrimas vem.

— Ela vai superar, vamos dizer que você sentiu o chamado e o pegou, vamos dizer que ambos sentiram o chamado e foi algo inevitável. — Parece que Betany achou a solução, mas ainda estou chorando porque posso ter dado início a uma guerra.

— Como vamos mentir algo tão grande se nem ao menos sei o que é esse chamado. —Milli me alcança um lenço e pega o copo pela metade, Milli mesmo ali convidada não deixa de ser uma funcionária da casa pelo visto.

— Vou falar por minha experiencia. — Diz Betany. — Eu conheço Noah a vida toda... Mas em nossas maiores idades não estávamos no mesmo país... Eu tenho 40 anos e Noah 97, quando ele teve sua primeira transformação eu não era nascida, a grande lua azul brilha todos os anos, mas ele não me encontraria ainda. Quando eu fiz meus 18 anos eu estava na Europa e lá eles fazem o mesmo que aqui se reúnem em uma grande festividade para assistir os jovens atingirem sua maior idade, vamos dizer que como Lunara completa aniversario e ela é da casta superior de alfas os lobos inferiores vão comungar no evento dela isso pode ter de 02 até 30 lobos aniversariando junto, não importa, fazer aniversario no mesmo dia é algo comum, até mesmo para vocês humanos.

— Não esqueça que outros lobos sem companheira vão ao evento para acharem seus companheiros. — Milli pega um sanduíche e morde.

— E se tem companheira? — Pergunto deixando de lado a minha parte problemática.

— Então como o Cam agora é acasalado, Lunara não vai mais sentir ele como dela, porque o lobo cheira diferente, os dois cheiros se mesclam, então se ele for seu companheiro ela não vai ficar com o predestinado, vai ter que escolher como os humanos fazem, namorando e se apaixonando. Isso acontece muito não é só de predestinados que os acasalamentos são feitos.

— Ela ainda pode saber se ele é dela?

— Só sabem se são companheiros quando algo íntimo acontece...

— O que acontece BE? — Não sou só eu quem está curiosa a outra também. — Odeio que vocês não contam.

— Só não me diz que é o nó peniano pergunto? — E Be fica vermelha como tomate.

— Isso ocorre quando o lobo aceita a companheira. — Ela fala rapidamente... Foca na teve me olha de canto e fica olhando a televisão.

— Todas as vezes que faz sexo com Noah ficam enganchados?

— Miiiiiii!? — bate os punhos na cama e eu tento não cair no riso... Era engraçado porém vergonhoso.

— Desculpa...  — Milli vermelha como tomate diz.

— Sentimos o cheiro do companheiro, parece um vento de perfume, cada vez mais intenso, seguimos, fica difícil resistir, bate o instinto possessivo, meu, eu ficava ouvindo minha loba dizer meu todo o tempo, e saímos as duas procurando meu companheiro, Noah estava numa loja em Bucareste passeando e eu fui até lá também para passear eu sempre o vi aqui na mesma cidade, crescemos vendo eles, e quando a lua estava azul no céu eu segui seu cheiro ele também tinha me farejado, anos um de baixo do nariz do outro... Mas desde meus 18 anos eu não ficava aqui porque pensava que não era onde meu companheiro estava.

— Anos?

— Sim, eu o achava gostoso, eu sei, ele é, eu o cobiçava, eu e sei lá mais 500 fêmeas... Quando fizemos sexo naquela noite aconteceu o nó, aconteceu um sentir a mente do outro, eu podia ouvir os pensamentos de Noah... Não era preciso falar, eu os ouvia e ele me ouvia... Tem coisa mais intima que isso?

— Eu não sei se quero alguém na minha mente. — Acabo pensando alto para Betany meio que falar dos benefícios.

— Acho que o vínculo de acasalamento fixa depois do sexo, da marcação. — Be mostra seu ombro, sim eu também estou marcada do mesmo lado esquerdo deve ser uma espécie de aliança... — E ouvir Noah em minha mente é muito bom, as vezes ele surgi rindo, ou provocando, vocês me entendem? Um oi amor, ou estou sentindo falta, essas coisas... Pra mim é perfeito. Não é que ele fique dentro da minha cabeça todo o tempo, mas sabemos como se sentem, eu mesmo compartilhei de toda a sua dor quando viu o que estava acontecendo ele reviveu todo o trauma do assassinato dos pais.

— A mordida é como uma aliança que os humanos usam os lycan mordem como não tem divórcio uma marca?

— É isso... pensando bem não sei se quero alguém na minha mente, e mordendo, uma vez meu irmão me mordeu na coxa. — Milli solta e sua mão acaba sobre onde deve ser a calça jeans não deixa que vejamos. — Foi muito doloroso.

— Como vou fingir o que Cam vai pensar pra que acreditem?

— É!? É ela boa mesmo.

— Você não pensou nisso não é Milli? — Betany bate no ombro da garota que ficou rindo baixo, as duas me olham.

— Do que vocês duas estão falando.

— Assim, foi um plano muito bom o que você montou, o único erro foi ficar no país... E claro mexer com lycans somos muito bons em descobrir coisas.

— Olha a troca de identidade foi uma boa ideia, mas você devia ter ficado como Candy Borbom por mais tempo ido pro exterior e daí voltado como Pandora Olimpiano, minha humilde opinião.

— Toby ia descobrir.

— Eu não pensei muito bem na fuga como um todo, eu não sei eu fiquei mole no fim e só queria correr pra casa.

—  As meninas tem o coração partido e querem colo de alguém que as ame de verdade. — Betany sorri e geme ao ver Noah entrar. — A sorte das duas é que sou eu a voltar pra casa antes.

— Noahrel! — Betany diz como se o repreendendo, mas Milli salta como se fosse uma pipoca e olha para Betany com medo. — Como ousa entrar sorrateiramente em casa?

— Benzinho... Eu parecia um touro dentro de uma loja de porcelana vocês é que estavam tão entretidas com a Luna que não viram nada.

— Pan, sinto muito, o alfa ordenou que ninguém exceto ele entrava aqui... E como meu companheiro me conhece e antes de você Cam era um amorzinho comigo me mimando, agora temos que ir.

— Foi um prazer as conhecer.

— Ele vai saber que estivemos aqui! — Diz Milli pegando os copos.

— Ele sabe que vocês iam desobedecer, em especial a Be, mas você dona Milli ele vai ficar surpreso.

— Eu- e-u, só... Hum eu vou ser demitida não vou?

— Não vai não, você é minha dama de companhia... Eu te protejo. — Betany a abraçar e puxa pra fora, e Noahel fecha a porta me deixando sozinha no quarto.

Não era que eu me arrependesse de ter feito o que fiz, eu ainda não conseguia diminuir o quanto eu me sentia satisfeita quando me lembrava dos momentos na cabana, mesmo que tenham sido apenas sexuais, mesmo que o sonho que acabo tendo com Cam uivando dolorosamente me perturbe, mesmo que no sonho sigo fugindo pela floresta com uma lua muito grande clareando tudo e a noite  não parece a mesma de como eu via antes, parece muito com essa madrugada, apenas corro por entre as árvores, fugindo de alguma coisa, o uivo me guia como um farol.

— Pandora? Dormir desse jeito não deve ser muito confortável.  — Acordo com Cam parado me olhando, eu sei que estou encolhida contra a cabeceira com o travesseiro na frente e um nas costas, minhas mãos estão soltas das algemas pelo visto deu por satisfeito em me manter presa a cama, ou talvez fosse apenas algo que e elas estão ainda sobre os lençóis. A verdade que dormir assim é muito mais confortável do que dormir dentro de um armário.

— Já chegou querido? — Consigo tirar os cabelos dos olhos e me levanto, eu queria mesmo usar o banheiro.

— Não, sou aparição dos sonhos! — Ríspido de uma forma que me causa dor respiro fundo, não é fácil segurar o choro e sorrir ao mesmo tempo, anos de treinamento, então é o que faço.

Cam só me observa já está sem o blazer, abrindo os botões da camisa, dobrando as mangas compridas, vou pro banheiro uso o sanitário e vou tomar banho, eu realmente precisava me lavar depois de tudo pela manhã, chorar sem me importar, me enrolo na toalha cinza e saio, tem umas cinco mulheres correndo pelo quarto limpando arrumando, uma delas que está perto de onde estou abaixa a cabeça ainda mais, como se fosse proibido me olhar, e não me olha mesmo que eu esteja parada em sua frente, Cam fica completamente ereto e seus olhos ficam meio que brilhando porque entre tudo ele tem toda essa aura de comando, sem uma palavra a mulher caminha para o banheiro e deve começar a limpar o vejo se levantar da poltrona.

Abro uma das porta espelhadas e entro é praticamente outro quarto, vários armários revestem a parede com portas de vidro dentro deles roupas masculinas dispostas como uma vitrine de loja chique, há uma bancada no centro dessa parte onde tem muitos cintos, relógios e gravatas, entro para a segunda parte um espelho enorme na parede divide para outra secção de armários e gavetas com meias, cuecas, e calça como as que ele dormia, decido pegar uma camiseta dele e visto pelo menos elas cobrem até as coxas, acho uma gaveta com elásticos para cabelo e prendo meu cabelo que está em sua forma natural, ondas ruivas e devido aos produtos que não são o tipo certo para meu cabelo estão uma bagunça.
Tento arrumar, talvez presilhas como eu fazia quando estava apressada, mas não existem itens femininos nesse quarto, fico abismada com tanta roupa e itens masculinos, caminho para fora, Cam está na sacada do lado de fora recostado sobre seus cotovelos sorrindo e por um instante ele a imagem mais bonita que já vi dele, um vislumbre de que ele realmente é, mas comigo é estranho, tem risos vindo de baixo pelo menos três masculinos e um feminino.

— Como está a água? — Segue conversando com alguém, eu não sei o que fazer, ficar ali parada vendo as arrumando o quarto, o ir para onde ele está, eu não sei, estou um pouco magoada pela forma que me tratou a pouco.

— Ótima, pode chamar Pan pra piscina.

— Pan, vai almoçar conosco não vai pra piscina... Boa tentativa Be.

— Vou almoçar com quem? — Cam se vira pra mim, e faz um bico porque estou com sua camiseta branca. — Ali tem roupas para muitos homens e não tem nenhuma para uma mulher.

— Be?

— Oi?

— As malas da Pandora que vocês ficaram responsáveis? — Me aproximo do parapeito e vejo Betany nadando sobre uma boia vestida de biquíni amarelo mostarda do tipo muito pequeno, seu cabelo loiro está molhado nas pontas, e usa óculos de sol de armação branca.

— Oi, Betany? — Aceno para ela que sorri tirando os óculos dos olhos e o colando no cabelo.

— Oi Pan... Vem eu te encontro nas escadas. — Betany rema para borda onde vejo apenas dorsos masculinos parados perto, um é Noah, ele ainda esta com a mesma roupa, vou saindo, quando estou pertinho das janelas para passar para dentro do quarto a mão de Cam segura meu pulso.

— Não! — O olho confusa.

— O que foi?

— Minha mulher não vai andar pela casa só de camiseta. — Ciúmes? Ciúmes de mim, a mão no pulso vai para a minha cintura, e sua outra também, me puxa contra seu corpo. — E não finja que não se viram mais cedo.

— Como? —  Gaguejo nervosa, porque ele parece muito bravo comigo, sendo que não fiz nada. — Eu só...

— Eu sei de tudo que acontece nessa casa.

— Sim, estou percebendo, só quem não sabe sou eu.

— Gosto disso... — Aproxima seu nariz cheira meu cabelo. — Ainda está com cheiro da porcaria que fez com seu cabelo.

— Você é chato. — Tento o afastar empurrando seu peito Cam crava sua unhas na minha bunda. — Ai, chato e vingativo.

— Como foi que você disse, mais cedo? Acho que foi, cada vez gosto menos de você. Você está decepcionada? — O encaro seus olhos ficam mais claros no sol, e tento conter, mas as palavras saem, algo no fundo do meu ser diz perigo, mas também diz provoque, desafie, se rebele.

— Fora a parte de você sendo grosseiro, tentando me matar, me punindo, e usando toda a forma de me fazer sentir mal, meio que esperava um pouco mais, talvez a cadeia fosse mais gentil.

— O Cam que as mídias exibem não condiz com a que você fantasiou? — Era um som metálico e raivoso, engulo nervosa.

— O Cam que eu fantasiei era um cara mais cavalheiro.

— Mas eu sou um cavalheiro, polido e educado, o fator agressivo e cruel, só é pra você amor... O lado cruel e vingativo porque eu não consigo perdoar o fato de você ter me caçado, me usado, e eu ter permitido e desejado como nunca desejei antes. — Colou sua boca a minha orelha. — Esse lado meu que esta sendo brando com você, por que se eu souber que minha companheira é mandada de um inimigo meu, aí vou te tratar como inimiga... Então você vai ter certeza que não gosta de mim.

Se afasta e sai pra fora do quarto deixa a porta aberta as mulheres estão arrumando, não sei se devo o seguir, porque ele disse que mulher dele não anda pela casa de camiseta, uma das mulheres tem um robe de seda nas mãos um azul Royal ela não diz nada, mas fica parada como se esperasse que eu o vestisse. Todas estão agitadas da pra sentir o zumbido de medo delas, como a aura dele de alfa elas emanam algo tímido e nervoso.

Eu fico parada em choque o vendo sair, meu coração martelando no peito devido ao medo, eu estava com medo agora.

E não estamos bem, isso estava claro.

Obcecada por o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora