VINTE TRÊS

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C.A.P.I.T.U.L.O 23


Do Caos Nasce a Vida



Naquela tarde tinha cerca de 30 fêmeas me esperando, e nem uma ideia de como fazer para ativar seus cios... Descido ir como loba e corro até a entrada salto o portão acabo parando diante da pequena multidão, elas emitiram algum som de surpresa então assumo minha forma humana, nua e sem jeito.


- Não sei como ajudar vocês, não sei como fiz para ativar os cios daquelas fêmeas nem quanto tempo leva, ou se só acontece quando eu entrei.


- Luna... Ande entre nós, nós deixe a tocar.


- Acha que vai funcionar?


- Tentamos.


- Eu permito me tocarem. - E foi o que muitas fizeram tocaram me abraçaram me cheiravam, até que a noite caiu algumas estavam rindo tinha uma esperança no ar e no olhar delas, curar esse tinha sido sempre um dos meus sentimentos, cuidar, foi o motivo para querer ser médica.


- Acho que é melhor vocês voltarem pra cidade... A noite já caiu e nem todas podem passar as suas lobas sem lua cheia... - Eu era a única... Elas não relutaram, apenas se despediram e entraram em seus veículos indo embora, me tornei loba e voltei caminhando para o chalé, paz, a loba estava em paz e de certa forma uivar era agradecer... Então deixei aquele lamento sair por mim, e atingir o céu.


- Obrigada Mãe. - Era o que o uivo dizia, mais ao norte uivos em resposta ao meu quebraram o silencio da noite, uivos de lobos, meu lar, ali era meu lar, corri para as escadas e saltei para o deck ao pousar era eu em meus pé humanos, sorri por ser tão fácil trocar.


Tomei um banho demorado e vesti novamente o suéter preto de gola alta de Cam, era um vestido para mim, sentia saudades de Cam, não do Cammael que me odiava, do Cam gentil das últimas semanas, vou fazer meu jantar antes de ir pra cozinha olho para a porta embaixo da escada o cadeado grande e robusto, as memorias do dia em que abusei do lobo e roubei sua liberdade, dor e vergonha, e alerta, vou para minha porta da frente e dou dois giros na chave, estava esfriando rápido, preparo uma sopa com verduras e um pouquinho de carne, olho aos temperos quase se extinguindo.


- Uma horta é um bom modo de ocupar o dia, abro a dispensa e puxo o alçapão que dá para a adega. - Vinho é um bom acompanhante, além de aliviar esse nó no peito, conversando com ninguém.


Começo a colocar lenha na lareira, e acendo um fogo, enquanto minha sopa cozinha, o som de um helicóptero se aproximando me faz buscar onde está, ele não ia pousar no pátio? Ia? Aos poucos ele desce sobre o lago, e Cam sai dele, me sento no sofá o vendo desembarcar, ele veio, ficou feliz ao vê-lo, passadas rápidas o trazem até a porta e eu corro pra abrir.


- Quantas vezes tenho que brigar com você? - Exasperado, com ambas as mãos apoiadas nas laterais do portal, o raspar das garras, me fez sorrir.


- Também senti sua falta... Boa noite amor. - Provoco.


- Não sei o que faço com você. - Entra tirando a jaqueta jogando sobre o sofá, pega minha taça e vira bebendo tudo em um gole.


- Soube da última?


-Joane me fez um breve resumo.


- Então ela não vem?


- Não.


- Eu não podia ficar na mansão com os dois casais.


- Eles deviam ter me avisado. - Parece contrariado. - Eu me forcei a ficar longe Pan, contei cada minuto ansioso para ver se você estava bem!- Um misto de emoção me invade então decido abraçar, enlaço seu pescoço com um esforço e assim que o faço Cam me eleva e me abraça apertado. - Meu lobo estava em agonia, minha companheira estava sozinha. - Suspira contra meus cabelos.

Obcecada por o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora