VINTE UM

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C.A.P.I.T.U.L.O 21
O berço dos sonhos

Contar dias por como a lua se exibe no céu, conversas divertidas com amigas, um trabalho, aprendo o sonho que sempre tive, não médica, mas ainda assim cuidar de doentes e feridos, mesmo que esses doentes fossem lobos.

Colocar ossos no lugar, ajudar em partos e tudo tinha começado quando fui visitar o orfanato da alcateia, crianças que perderam os pais de diversas formas, uma médica loba, Joane é a loba mais divertida que já encontrei, ela riu muito quando soube por minha boca como peguei o alfa.

Betany vem conosco assim como Milli, estou dando um jeito na vida, eu no antigo quarto do alfa e ele no subsolo, quando tem tempo conversamos, a verdade é que desde a cachoeira ele não tem tido muito tempo, acho que evitando mesmo, ele tinha conseguido aliviar aquele dia então seria como quando acordei, a cada um mês ele ia tentar conseguir sexo e depois sumir.
Joane não é a única médica da alcateia, mas é a que crianças e fêmeas buscam, e já vi um pouco de tudo nesse meio mês que correu tão rápido.

Mãe de três com o quarto a caminho, muitas a chamam de abençoada, os olhos de Be sempre estão marejados porque com os dias, exatamente ontem descubro que Be trava uma batalha com seu corpo todos os meses. Sonha ser mãe.

Com o passar do tempo vou entendendo por que filhotes são uma benção, algumas fêmeas não geram nem no período normal nem no de cio, e eu pensando que eram extremamente férteis.

— É o tempo, as cidades causam impacto no povo Lycan, eu ouvi muito minha mãe dizer isso. — Joane finaliza colocando mais um frasco de sangue para análise. — Quanto mais vivem em sua pele humana, mais perdem a ligação com o lycan. — Então me dou conta que posso trocar sem lua cheia eu tinha feito isso hoje mais cedo quando corria para ajudar Joane em um parto, levar oxitocina para ajudar no parto, agora que o bebê nasceu bem e a mãe está fora de perigo voltamos para o hospital. — O que você fez hoje Luna é algo que nosso povo perdeu ao longo dos anos, trocar sem ter uma lua cheia no céu.

— Eu só deixei acontecer, você disse rápido, eu não sabia como chegar rápido em duas pernas então tirei a roupa e deixei vir, e parti para te achar. — Aliso o pequeno curativo redondo sobre minha veia de onde ela tinha retirado uma amostra.

— A doutora humana quer dar uma olhada nos exames, claro que só com sua autorização. — Diz batendo no portuário e assino dando autorização a humana médica responsável por salvar minha vida.

— Só estou pensando em quem mais viu o que fiz! — Joane toca meu ombro em conforto.

— Não se preocupe, acho que você acaba de os fazer querer proteger você. Betany não estar à sua volta como sempre faz, isso te deixa mais em paz, Luna?

— Ela não me vigia é minha amiga.

— Não queria lhe contrariar mas Betany é como uma escolta e não deixa de ser um vigia.

— Acha que ela não é minha amiga? — Não sei o que sinto com essa revelação, em meu ser não consigo ver Betany não sendo amiga.

— Não Luna, acho que precisa ver as coisas como são, ela pode sim ter uma amizade com você, natural já que vivem na mesma casa, você é companheira do irmão do companheiro dela, mas todos aqui respondem ao alfa. — Eu ja tinha pensado nisso, que a usassem para me sondar, ou mesmo por ordem elas tenham se aproximado.

— Não me importo que relatem que virei lobo durante o dia e sou da cor que sou.

— Alguns alfas sonharam em ter uma Luna, você não e só branca e uma lunar.

— Andei lendo sobre. — Tinha lido desde minha troca, eu sabia que Luna era especial de uma forma que só a Pandora entenderia.

— Tem que ter cuidado Luna, o peso de ser Lunar é muito grande, ouve um tempo que roubavam uma fêmea lunar,  mesmo que já tivesse um companheiro.

Obcecada por o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora